domingo, 24 de junho de 2012

SEÇÃO SERIAL KILLER: "CHICO PICADINHO" #4

Até agora, um dos capítulos mais extensos que li, porém não muito chato a chegar ao ponto de não se interessar pela leitura.

Francisco Costa Rocha, o nome dele.

Pobre menino, antes mesmo de nascer já era rejeitado. Antes dele, seus "irmãos" foram abortados. Ele foi tido por sua mãe contra a vontade do pai. Falando nisso, teve o azar de receber o mesmo nome de seu pai, sem ao mesmo ter acrescido "Filho" ou "Junior" no final. Era maluco na infância, tinha problemas na escola e tentava responder na realidade às perguntas que para ele não tinha resposta, como por exemplo comprovar se um gato realmente tinha sete vida. Às vezes matava o pobre animal enforcado, afogado dentro de vaso sanitário, ou mesmo o cortando.

Ao ganhar dinheiro com o trabalho, começou a querer a vida fácil, aquela que hoje em dia podemos dizer que é de sexo, drogas e ronk'n'roll. Procurava as mais respeitadas prostitutas e adorava sadomasoquismo. Matou prostitutas e as retalhava, mutilava, após o sexo. Acabou dando muito trabalho ao ocultar o cadáver de sua primeira vítima, pois passou horas raspando usando uma faca e um canivete, e lavando em baixo do chuveiro todos os restos ali cortados por ele. A matou porque ela lembrava sua mãe. Tentou ocultar de verdade, pois sabia que a polícia não dava muito valor ao desaparecimento, mas o seu amigo, que tinha o abrigado na casa dele, um conhecido médico, acabou descobrido por acaso os pedaços de carne humano dentro de uma sacola e acionou logo a polícia. Por incrível que pareça, no momento em que o carro que transporta cadáveres estava em frente ao apartamento onde estava abrigado, fugiu para outro lugar onde acharia que ninguém fosse o encontrar, mesmo sua foto estando estampado nos jornais da cidade.

Matou também uma prostituta negra, sua segunda vítima, onde, também, lembrava sua mãe pela "cor e feiura". Com ela, as mutilações foram mais intensas e o seu rosto ficou muito feio.

Durante o capítulo sobre ele, há uma entrevista super bacana onde ele conta o que a autora e outros membros perguntam. Há revelações, conturbações e muita sinceridade. No mais, há também partes que posso dizer que não tem a ver com o crime, mas na sua convivência na prisão. A forma que ele relata como é ser torturado e alisado é bem interessante.

Foto tirada após os anos 90, ao lado de um quadro de sua autoria.

No final do capítulo, a autora mostra uma carta onde ele escreve pra ela, agradecendo, pois sentiu que ela já é um ente querido e que o ajudou a viver. Ele já tinha costume de fazer essas cartas para pessoas que gostava, no entanto, ainda na carta, ao lado esquerdo, desenhou um pássaro em cima de um galho nascido de um tronco de  árvore cortado. Ao fundo, há uma casa e acima está o céu e a lua. Não sei o que ele quis dizer com isso, mas acredito que queria explicar alguma coisa.

Por fim, apesar do extenso capítulo, muito bem detalhado, por sinal, gostei.

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SSK #5: Mostro do Morumbi

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