domingo, 12 de dezembro de 2021

NÃO EXISTO

É diário, é caderno preto, é um rascunho qualquer, é instagram privado... Hoje resolvi voltar a escrever aqui. Como sempre, as minhas vindas pra cá não têm sido de alegria.

Pode ser que alguma vez eu já tenha dito isso aqui, que peço sempre pro final de semana chegar, mas quando ele chega... A minha cabeça fica pensando em mil coisas, em mil planos e no fim eu vejo que não sou nada do que penso que sou. Mil ideias na minha cabeça, só que a pressão que me faço pra ela sair de dentro de mim é bem maior.

Hoje, como em quase todos os finais de semanas dos últimos anos, tenho uma tal de crise existencial. Na verdade, nem sei se é assim que se chama, vou até pesquisar aqui sobre. Pronto, pesquisei, e é isso mesmo. Acabei de ler que isso é bem normal entre os adultos, porém é normal que isso fique martelando por muito tempo?

Como em quase todos os dias, hoje pensei que não tenho propósito algum aqui na Terra, sério mesmo. Eu, definitivamente, sou sozinho. E quando não estou sozinho não sei como lidar. Em todos os dias que saio percebo algo que me faz ter certeza que minha presença ali está sendo só pra "preencher tabela". Ninguém se importa, ninguém me conta nada e no momento em que eu quero e até falo alguma coisa, me dá uma angustia tão grande que gaguejo, que as ideias não se encontram ou até mesmo falo algo que sai errado ou mal interpretado. Nunca imaginei passar por isso.

Quem não era eu, hein!? Aquele que todos faziam questão de conversar, de compartilhar as ideias, que sempre era escolhido como líder ou que queriam sempre minha opinião sobre algo. É estranho tudo mudar, muito estranho mesmo. Nunca imaginei que no meio de algum lugar a minha cabeça soasse um "o que eu tô fazendo aqui?". Parece que as pessoas têm pena de mim, sabe, e isso me dói tanto porque as coisas quando são pra mim parecem forçadas. Ninguém faz mais questão da minha presença ou de me falar algo, repito. Tudo, até mesmo na minha frente, é segredo. É tão constrangedor!

Antes da pandemia as coisas estavam dando errado, mas depois dela tudo desandou. Penso que o surto veio, mas só no meu interior. Eu não sei mais conversar com as pessoas, não sei mais chegar nelas como antes eu chegava e tudo é motivo de ter medo. Diariamente sinto medo de ver uma pessoa. Por isso, quando saio na rua, é olhando pro chão, é evitando ver os carros e imaginando mil coisas. Festas? Jamais vou! O medo de encontrar alguém que, mesmo sem fazer nada, possa me machucar, é bem grande. E é sofrer com isso até ter uma cura de verdade, porque o tempo nem é mais esse remédio que eu imaginei que fosse.

Não sei por que estou vivo, não sei o que faço por aqui ainda... Fico louco pensando se é melhor perdoar o passado e dar uma nova chance a ele, se enfrento o presente e digo tudo que me aflige de uma vez ou se me permito pro futuro - o que está sendo quase impossível de acontecer.

Cansei de ter que tentar responder os porquês das pessoas, sendo que a vida é minha e que mesmo elas querendo tentar me ajudar, a decisão no final vai ser mesmo minha.

Eu continuo com minhas crises escondidas de choro - inclusive agora mesmo enquanto digito isso aqui - e não tenho mais ninguém pra poder contar o que se passa comigo. Já pensei tantas vezes em desistir, tanto mesmo, só me falta um pouco mais de coragem e um empurrão.

Não sei se as coisas melhorarão nos próximos dias, e eu nem tenho mais esperança de que melhore. Como sempre, vou deixar acontecer.

😥💔

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

FORMADO, AMÉM!

Ninguém nem imagina o peso que tirei das minhas costas na última sexta-feira (10/09). Sério, eu não aguentava mais!!! 🤯😥

Tudo começou aquiaqui, e durante esses 4, ou melhor, 5 anos de dificuldades que seriam compensadas, acabou sendo de dificuldades que me adoeceram a cada mês. Eu não aguentava mais ter que me humilhar, cobrar, mostrar e provar alguns erros que não foram meus. Bate um arrependimento de não ter pulado do barco e nadado em busca de outro, mas tudo Deus sabe o que faz. Uma pena eu ter tido certeza de certas coisas quando já estava com 70% do curso em andamento. Desistir? Jamais! Até porque, né, o bol$o gritava. Eu tinha que engolir toda a desorganização, a falta de respeito, de profissionalismo e humilhação. Eu odeio me sentir humilhado!

Por meses chorei, guardei uma raiva tão grande e até, no ápice da minha impaciência, disse o que não deveria. Tem horas que tudo chega, né? Paciência tem mesmo limite e a minha já estava transbordando há muito tempo. Tive que ser o mais (es)forçado possível pra não correr o risco de levarem para o lado pessoal e, por conta disso, ser O Chato, evitando mais humilhação.

A-c-a-b-o-u!

Na sexta-feira, em meio a um clima estranho, a desorganização vista agora pelos meus próprios olhos, a falta de respeito, ao constrangimento, me formei. Nunca imaginei que fosse passar por isso na minha vida e o que poderia ser um suspiro de momento feliz, me deixou imensamente triste. Eu sei de tudo que passei e naquele instante eu estava batalhando pra limpar tudo, infelizmente a cada passo que eu dava naquele ambiente desde quando estacionamos o carro, me sentia ainda mais sujo. Segurei o choro por todas aquelas horas em cada situação. Tudo estava contra mim. Respirei, mudei minha cara e segui.

A formação foi mal apresentada, rápida e forçada. Eu, sinceramente, achei algo tipo "vamos logo fazer isso pra nos livramos". Confesso que esse era meu mesmo sentimento também.

Não sei exatamente como Carlos e Fátima se sentiram naquele momento, não lembro de nenhum olhar feliz que viria mesmo com o sorriso escondido pelas máscaras. Eu mesmo fiquei em choque com tudo aquilo; os meus aplausos eram totalmente sem empolgação, meu olhar era de desprezo e um sorriso totalmente amarelo. Todas as minhas fotos ficaram forçadas, eu sei. Meu pensamento era: "Meu Deus, por que eu tive que chegar até aqui assim?", sabendo que essa resposta chegará no futuro.


Foi tudo muito rápido, porém, pra mim, estava durando a eternidade. Eu queria fugir dali o mais rápido possível. Tentei transformar alguns simples momentos em felizes, corri atrás, fiz, aconteceu, mas eu fui forçado ao extremo pra conseguir aquilo. Ou seja, eu não estava sendo exatamente eu.

Eu sei que nunca podemos dizer "nunca", que não podemos cuspir pra cima, maaaaas... Não quero mais NUNCA voltar ali! Não quero contato com aquelas pessoas! Não sinto um pingo de orgulho de ter sido formado por lá. Não indicarei e ponto final. Pode parecer ingratidão da minha parte, mas por que vou ser grato por passar por coisas ruins? A gente tem que ser grato pelo bem, pela ajuda, pelas coisas boas...

Sem egoísmo, o mérito foi todo meu! As notas foram minhas, os pagamentos foram meus... Nesse lado, sinto orgulho de mais uma vez ter sido firme, ser pontual e acreditar que quando eu quero, eu consigo. 

No geral, a viagem em si foi estranha. Mesmo eu talvez demonstrando que estava tudo bem, não estava e nunca esteve. Sei que por algumas vezes falei demais... eu tinha que falar. Não fiquei tão tímido como eu imaginei que ficaria, sendo a prova de que realmente em outro lugar o meu eu habita mais em mim. Só queria me sentir mais livre, muito mais livre e leve. Free! Tranquilo, passou.

A prova disso foi que quando cheguei em casa, depois de toda essa viagem, desabei em choro. Um choro de raiva, de arrependimento, de tristeza, mas até de gratidão por eu ter passado por tudo isso e ter conseguido ainda estar vivo. Pareceu normal, mas pra mim foi louco.

Enfim, volto a dizer que acabou. E graças a Deus! 🙌🏻

sexta-feira, 2 de julho de 2021

SEX TO U...

 ... porque pra mim, até isso, ze-ro!!!

É sempre o mesmo dilema todas as sextas-feiras: no trabalho, do meio da tarde pro final, penso: "Hoje vou assistir um filme de terror ou um aleatório de besteirol comendo alguma besteira..." Quando chego em casa, só tristeza.

Faço mil planos para a minha sexta solitária ser bem preenchida, faço planos bestas pra mim mesmo, mas não cumpro nada, ficando só deitado e mexendo no celular. Tudo uma hora cansa, né!? E é por isso que larguei o celular e vim parar aqui novamente.

Muitas pessoas amam a sexta-feira, eu sempre odiei, até mesmo quando estudava. Sexta pra mim era sinônimo de tédio, barulhos e nada pra fazer. Na época, eu queria estar grudado 24h com meus amigos da escola, conversando, me divertindo... Por mais que eu goste de ter meu momento sozinho, no silêncio, nunca consigo por completo. Há muitos anos não sei o que é um sossego aos finais de semana. Aliás, até que meus domingos estão sendo mais tranquilos quando vou pro interior do pais do Dalton e fico o dia todo deitado em uma rede embaixo das árvores, pegando vento, assistindo novela ou descansando mesmo o corpo. Como é bom!!! 🍃

Agora há pouco, vendo uns stories, muita gente em bar bebendo, cantando, se divertindo... Não sou todo mundo, mas confesso que queria um rolê desse agora.

Que saudade de estar cansado em Teresina, de andar por todo o canto e enjoar, literalmente, dentro do carro. Saudade dos meus encontros proibidos e até mesmo de ficar na companhia de Pedro e Dalton por horas rindo, comendo e brigando... Três personalidades diferentes sempre causa atrito, já até acostumamos. 

Após a segunda dose da vacina eu quero voltar a me aventurar, com todos os cuidados, claro. Pretendo ir ao CE ver quem eu gosto, quero também, por conta da faculdade, ir em São Luís, isso é obrigatório. Por mais que já tenha ido somente duas vezes em São Luis na minha vida, eu tenho um amor por lá, não sei explicar.

Preciso mudar, preciso respirar ar limpo, preciso me distanciar de todas as pessoas que vejo todos os dias e, principalmente, dos problemas que tenho por aqui. Continuo a dizer que está f****, mas que tenho fé que tudo vai passar e não vai ser tarde de mais. Preciso viver!

😕

segunda-feira, 28 de junho de 2021

O ORGULHO

Hoje é um daqueles dias onde a mídia e as redes sociais nos "obrigam" a expressar o que estamos sentindo, até talvez tocam no nosso ponto fraco - ou forte. Com certeza isso faça parte, esse impacto... é incrível! Eu mesmo me sinto sufocado agora com vontade de externar meu orgulho nas redes... por ainda não conseguir tanto, vim pra cá. Que orgulho que tenho, né...!? 🙄

Não sei o que se passa na minha cabeça até hoje. Sinto que não amadureci o suficiente nesses trinta anos de vida. Às vezes me sinto bem livre, à vezes, dentro de mim, me sinto preso e encurralado em um lugar pequeno onde eu não consigo e nem posso dar sequer um movimento.

A geração anterior a minha, hoje com 10 anos a menos que eu, bem desconstruída, expressiva e tacando o f***-se... Admiro tanto!!! Tento colocar na balança por que sou assim, por que ainda tenho meus traumas e por qual motivo me sinto vigiado 24h. É algo que depende muito de mim pra me livrar. Tentei ir no psicólogo, mas nem com ele consigo falar tudo. Já falei aqui que nas vezes que fui eu já sabia as perguntas que fariam pra mim e me deu um tédio de contar só besteiras da minha vida. Eu queria mesmo era desabafar, de jogar tudo na mesa mesmo, de chorar ali derramando pelo olhos todos esses problemas que até hoje me afetam. É triste viver como vivo e meu principal medo é que quando eu conseguir me livrar seja tarde demais.

Me mantenho feliz por quem vive ao meu redor se orgulhando de si e ao mesmo tempo triste comigo mesmo, pelas amarraras que ainda tenho, por não ter orgulho de quem sou, de eu mesmo me prender. Sim, eu tenho plena consciência que eu mesmo me prendo. Ninguém me ajuda a ser livre! 😔

Vou parar por aqui porque o choro está vindo.

Até depois! 💔

sábado, 12 de junho de 2021

DIA DOS NAMORADError 404

Nem tinha pretensão de vir por aqui, mas na falta do que fazer, vim.

Nem sei por onde começar isso daqui para passar o tempo, afinal, tive um notícia péssima hoje em relação ao meu TCC. Minha ansiedade estava grande para esse "último" encontro que foi às 14h30, mas tudo desandou. Achei que a orientadora só iria informar sobre alguns detalhes finais e dá de fato o veredito; Quem disse? Foi mais uma conversa sobre alguns detalhes e que ela viria a última parte nesta semana, dando sua resposta final - ou não.

Mais uma vez a faculdade não sustenta sua palavra e volta atrás em algumas questões. Fico possesso com falta de comprometimento, por isso que tenho preferido comunicação e respostas em e-mail, para que fique tudo registrado. Infelizmente, haverá mais um encontro que será no final de setembro. Sim, final de se-tem-bro!!! Pra quê, mermão? Ainda mais sabendo que a maioria dos colegas de turma estão na mesma linha que eu, na parte final do conserto do TCC. Isso me deixou super irritado e, por ser aluno independente e estudando na modalidade a distância, ainda mais dentro de uma pandemia, creio que tenho razão em não querer esperar por ninguém. Fora o fato de considerar que essa falha na instituição já vem de muitos anos. Não muda, não atualiza, nem se moderniza! A conclusão poderia ser em 4 anos, mas vamos pra 5, né!? 😠

O que resta de mim? Aceitar e adoecer. Sim, adoecer, porque essa faculdade me adoece.

Durante a aula online, me tremia, meu coração faltava sair pela boca e minha vontade de soltar os cachorros era grande, mesmo sabendo que a orientadora não tem culpa de nada. Tive que manter a calma, ainda que com a câmera e microfone desligado, e questionar só aquilo que seria questionado, da forma mais branda possível pra não ser mal interpretado. E creio que assim foi.

Estou sustentando essa dor, raiva, chateação ou sei lá o quê, até agora, onde vim registrar aqui sobre esse dia. A parte boa de tudo isso é que não tive muitas horas pra ver as redes sociais e todos os casais que estão postando fotos juntos e se declarando neste dia. A rede social virou isso, e nem julgo, pois se eu tivesse namorando, ainda que de forma discreta, demonstraria isso, pois ainda somos bem escravos dela.

Ainda por esse lado, até que esse ano não estou me sentindo tão triste por não ter ninguém. O que me deixa triste é não ter como comemorar esse dia comigo mesmo da forma que eu gosto. Sei lá, eu aproveitaria esse final de semana para me dar algo (geralmente um viagem), um encontro com os amigos, ou algum amigo, mas pelo visto acho (!) que vou pedir uma pizza e comer feliz vendo novela, já que já vi vídeos aleatórios no youtube pra me fazer rir e esquecer um pouco do TCC.

Não sei se atualmente eu teria paciência para sustentar um namoro. Sempre penso pelo lado negativo: cobranças, sofrimentos, abdicar de fazer coisas... Sei lá, parece até um pensamento egoísta, mas é tão bom ser livre, não dar satisfação, se dar o que quer... Preciso colocar depois isso em uma balança, afinal, nem tudo é perfeito e é como nos contos de fadas. E sei que posso ser livre dentro de um relacionamento, fazer tudo isso com alguém, mas, sei lá... Como é complicado essas coisas. Falo isso, enfim, sem descartar o que a vida for me mandar. Se for pra ser, será! Garanto que se eu me sentir e sentir seguro, pronto, não vou correr, vou me permitir, sim.

Quem sabe no próximo ano, neste mesmo dia, eu esteja com alguém registrando algo bom por aqui. Não é algo que desejo tanto atualmente, mas, como disse, não descarto essa possibilidade.

😗

sábado, 29 de maio de 2021

VACINADO (D1)

Há algumas semanas, funcionários que trabalham na educação foram liberados para serem vacinados. Desde essa aprovação fiquei muito ansioso pra que o meu dia chegasse, mas não esperava que seria tão logo.

Ontem à tarde, no meio de uma colação de grau no meu trabalho, descobri que eu seria o próximo a ser vacinado. Eu já estava feliz pelo fato de ter enviado o TCC finalizado para a orientadora verificar se precisa fazer algumas alterações, e essa notícia veio pra acrescentar mais ainda.

Não consegui dormir de ontem pra hoje por tamanha ansiedade.

Hoje, acordei umas 6h e, antes de 8h, fui ao Posto de Saúde próximo da minha casa, conforme me foi acordado. Já tinha deixado tudo pronto: os documentos, a roupa... Fui só a padaria antes comprar algo pra comer por medo de ter que aguardar muitas horas na fila e acabar passando mal.

Quando cheguei, a fila já estava feita. Não lembro exatamente o horário, mas era um pouquinho mais de 7h30. De longe, avistei uma amiga, a Mazé, e ali conversamos um pouco, até tentei combinar pra ela, se fosse possível, tirar minha foto. Ela estava na fila umas 7 pessoas a frente de mim. E, sem muita demora, já foram entrando para serem vacinados.

O sol esquentava muito e como eu estava de preto, comecei a suar. Como uso barba, minha máscara começou a molhar também, mas deu tudo certo.

Relatei um pouco no celular enquanto a fila andava:

07h32: Cheguei no posto e já tinha uma fila considerável. Encontrei uma amiga que disse que tava muito ansiosa, mas não queria chegar mais cedo pra não demonstrar essa ansiedade. O posto abre às 8h.

07h57: Acabaram de atender a primeira pessoa e a fila começou a andar. O meu coração quase saindo pela boca já. HAHAHA

08h04: Primeiro estão dando prioridade aos que não são da educação. Acredito que os próximos serão nós. A organização está sendo feita de 10 em 10 pessoas para enfrentar uma segunda fila dentro do posto. Tô torrando no sol.

08h06: Tava demorando pra acontecer um barraco na fila. Quando tô numa fila a minha falta de paciência não é nem pra espera em si, mas por reclamações e barraco. Climão aqui e eu continuo torrando no sol.

08h15: Serei o próximo a entrar para a segunda fila.

Fui bem atendido e pedi pra uma técnica tirar minha foto. Expliquei direitinho o disparo contínuo da câmera do celular e ela fez, tirando exatas 170 fotos. De todas elas, me agradei mais dessa:


E foi isso! Primeira dose check! 😁

Estou bem feliz por isso, mas sem disposição agora porque acho que a vacina (AstraZeneca) me causou algum efeito. Estou com o corpo mole, meio febril, sei lá. Não sei se porque não dormi direito ou porque realmente é efeito dela.

Enfim, é isso! 🧔🏻💉✅🐊

#ForaBolsonaro #VacinaSalva #VivaoSus #VacinaSim

sábado, 15 de maio de 2021

AUGUSTO

Conheci o Augusto em 2014. Na época, era febre a linha de smartphones da Nokia e nas redes sociais nos encontramos e trocamos várias experiências quanto ao uso deles. Em várias trocas de mensagens, fomos pro whatsapp e com o tempo nos tornamos muito amigos. Os assuntos referentes aos celulares foi deixado um pouco de lado e, comigo, ele dividia os problemas e algumas situações difíceis que estava passando em sua vida. Eu entendia a pressão que o Augusto recebia na época e eu tentava direcionar ele da forma certa, mesmo não conhecendo totalmente a sua cultura, personalidade e realidade. De uma coisa eu tinha certeza: Augusto era um menino bom, uma pessoa que não tinha um pingo de maldade no coração e cheio de propósitos. Isso era um dos motivos da minha vontade de ficar próximo dele.

Em 2015, depois de muita conversa e insistência, Augusto me convenceu a ir visitá-lo em Goiânia. Não sei como venci a essa insistência por, na época, ser medroso, inseguro, nunca ter viajado de avião e sequer saído do nordeste... Incrível como eu cai na lábia dele, sendo que ele era do mesmo jeito e nunca tinha feito nada em questão - rs. Lembro que toda essa experiência relatei AQUI e, inclusive, dias atrás, estava lendo os posts.

Em agosto do mesmo ano, fui me desafiando a tudo. Estava sozinho, mas tentando ser seguro do que "estudei" durante os meses anteriores e com medo de me decepcionar, de me sentir mais sozinho ainda. Pelo contrário, me senti abraçado!

Aquele dia foi muito cansativo. Fiquei sem dormir por estar com ansiedade antes de pegar o voo, esperei demais e caminhei mais ainda por dentro do aeroporto enorme de Brasília. Tudo era novo pra mim e eu ficava maravilhado com todas aquelas pessoas que tinham um mesmo propósito, que seria chegar a seu destino.

Naquele aperreio, cheguei em Goiânia com medo de não ser recebido por ninguém e ficar esperando ali, no meio daquele monte de gente. Foi aí que o Augusto me viu de costas, pegou no meu ombro e soltou com seu sotaque com bastante érre: "E aí, meRRmão!". Nos abraçamos rápido e pedi pra que ele me tirasse dali. Ele estava muito tranquilo e não parava de rir, e eu morrendo de vergonha e agoniado pra comer, tomar banho e descansar.

Nem parecia que a gente estava se conhecendo naquele momento. Ele parecia um amigo de longas datas, eu não me privei de dizer nada, nem de ser eu, embora estivesse morto de cansado. Ele estava muito empolgado, queria me levar pra todo canto naquele horário do almoço dele. Fomos almoçar, depois ele me levou pra faculdade, mas não sai do carro. Ali, apaguei. Só despertei quando ouvi ele batendo a porta do carro ao entrar.

E vivi dias incríveis com ele. Saímos algumas vezes e conheci o Breno e Alexandre, que também são de Goiânia e que até então também só conhecia pela internet. Nessa brincadeira de conhecer as pessoas, fomos até escondido pra Uberlândia pra conhecer a Tassya. Foi muito bom!!!


Também tive a oportunidade de muitos meses depois receber ele aqui no nordeste. Ele foi para o litoral do PI com a família, mas eu quis que ele viesse pra capital, Teresina, me encontrar. Pedro, Dalton e eu recebemos ele super bem. Levamos ele pra todos os cantos e jamais vou esquecer dele banhado de suor, por nunca ter sentido o calor daqui - rs. Eu fiz tudo isso pra compensar toda minha gratidão por toda a atenção e dedicação que ele teve comigo quando estive em sua cidade.


Hoje, dia de seu aniversário, recebi logo cedo a notícia de sua partida. É bom lembrar de coisas boas, mas hoje o dia não será o mesmo. Hoje seria um dia de comemorar, de mandar áudio, mensagem e, quem sabe, até postar foto de zoeira nas redes sociais, mas, não, tenho que me manter contido. Nunca imaginei que fosse perder um amigo da minha vida, ainda mais por conta desse vírus que tanto me amedronta. Quando soube de seu estado semanas atrás, todos os dias quando lembrava, pedia a Deus para que o mantivesse vivo, que houvesse um jeito dele me ligar, mandar mensagem... Por algumas vezes, até via seu visto por último na esperança de que ele pudesse ter acesso ao celular. Mas, não! A partir de hoje o silêncio dele poderia ser pra sempre, eu não vou deixar! Guardarei todos os seus áudios e suas mensagens, assim como as fotos e vídeos que fizemos juntos.

Hoje perco um grande amigo, uma pessoa boa, uma pessoa que a vida e a internet me deu, que foi o pontapé inicial para que eu criasse coragem, perdesse alguns medos e me desafiasse sempre. Vou guardar sempre as lembranças boas. Vou lembrar de tudo mesmo!

Eu pensei que não iria chorar por não convivermos juntos, por estarmos distantes, mas estou aqui sem conter as lágrimas enquanto digito este post. Isso é a prova do sentimento de amizade forte que tivemos e que, sim, Augusto teve um propósito na minha vida, assim como eu tive na dele.

Agora, preciso criar força pra seguir e orar para que sua mãe – que fazia um milho maravilhoso no almoço –, seu pai – que sempre foi batalhador e bem humorado – e sua irmã tenham um conforto. É uma dor que se perpetuará pra sempre, mas Deus está em nosso comando.

Eu tô sentindo muito, muito mesmo agora, nunca vamos nos acostumar com a dor da perda.

Obrigado, Augusto! Obrigado por tudo!

🖤😢

quinta-feira, 29 de abril de 2021

CARÊNCIA

Tenho uma facilidade grande quando caminho pelas ruas em ficar pensando em mil coisas, pensamentos totalmente aleatórios.

Agora há pouco, vindo do trabalho, me deu um bad, sabe. Fiquei pensando no quanto o ser humano, ou melhor, falando por mim, o quanto sou carente e dependente de um outro ser humano. É incrível a capacidade e responsabilidade de ter alguém em cima da gente, conversando, escutando ou até mesmo estando presente ali fisicamente, sem nem ela saber.

Há muito tempo não tenho uma amizade nova ou uma conversa com alguém por acaso, em poucos minutos. Os únicos e últimos contatos que tive são de pessoas do meu trabalho ou os alunos, clientes. Não é a mesma coisa! Não quero só chegar ali, expor ou resolver um problema específico, quero conversar sobre a vida, sobre as pessoas, trocar algumas experiências ou dar início a uma amizade, sem nenhum interesse.

Difícil hoje em dia, pois praticamente somos obrigados a ficar conversando pelo celular, quando eu estava quase desistindo disso, de procurar ter um contato só mesmo pessoalmente ou por ligação. Quem disse? O futuro é isso e eu tenho que lidar com isso.

Não sei o que esperar de mim. 😥

quinta-feira, 22 de abril de 2021

EITA ATRÁS DE EITA

Nem sei como eu ainda tenho tempo de vir aqui. Nunca vi dias mais tensos e intensos. Tenho que me provar a cada dia que sou forte e que dou conta de tudo ao mesmo tempo, além de criar uma paciência por cima da ansiedade que nem sei de onde surge dentro de mim.

Achei que hoje fosse ser tranquilo, mas amanhã é aniversário de 14 anos do meu trabalho e, como em todos os anos, tudo é decido e arquitetado em cima da hora. Eu reclamo, mas no fundo eu acho bom, sabe. No fundo eu fico com aquele sentimento de dever cumprido e que mais uma vez fui útil.

Fiz arte do banner e da camisa, criei em cima do banner um convite virtual, fui atrás de impressão de banner e da confecção das camisas. Lógico que não fiz isso totalmente sozinho, mas eu gosto mesmo de me virar só. Atrelado a isso, minha mesa estava cheia de papéis que me deixam muito mais aperreado. Enquanto eu aguardava resposta da malharia e gráfica, lia um pouco do TCC enquanto fazia uns rascunhos em um bloco, e preenchia um pouco do Estágio II, que já era pra ser entregue há mil anos.

Gente, quando eu me formar não vou mais nem querer saber dessa instituição que atrasa a minha vida. Só de pensar já fico p****!

Enfim, como eu também não sou de ferro, me dou umas horinhas de folga pra minha mente amenizar todos essas pressões que eu mesmo me dou. Nessas horas eu vejo um capítulo de Mulheres de Areia no Globoplay, vejo alguns episódios de Se Sobreviver, Case e alguns vídeos aleatórios no youtube. Graças a Deus que não estou viciado a ponto de terminar um capítulo/episódio e já querer partir pra outro. Vou deixando acontecer, sem pressa, só pra, como disse, amenizar as pressões que me dou durante a semana.

No final de semana, no domingo, já é sagrado ir ao interior dos pais do Dalton. Gosto de ficar lá com essa conexão com o mato, longe de todo o barulho da minha rua e de problemas e gritos familiares. Lá tem riacho, água no chuveiro e rede pra eu ficar o dia todo deitado, sem ninguém reclamar. Além do mais, lá tem internet, então não fico totalmente offline.

Por mais que eu não goste ~ e reclame ~ da minha vida cheia de coisas, pelo menos a minha mente fica ocupada. Em meio a diariamente notícias ruins por conta desse maldito vírus, vou vivendo. Vivendo com saudade das minhas viagens, de conhecer meus amigos da internet e de viver experiências incríveis que só eu mesmo posso viver.

E é isso! Até qualquer dia! 😗

quarta-feira, 31 de março de 2021

HERE I AM

E lá se vai eu aqui de novo no momento que estou mais fragilizado. 💔

As coisas ruins demoram a acontecer e acontecem. Decidi vir aqui, mas nem sei por onde começo. É tanta coisa ao mesmo tempo, é tanta pressão, sei lá... Vou deixar fluir... Vamos lá!

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No começo de março fui BOMBARDEADO no Twitter por um tweet que fiz e que fui muito mal interpretado. Nele falei algo com um sentido visto do lado de quem cometeu um crime, mas isso tomou uma proporção tão grande naquela página de mais de 700 mil seguidores - a maioria escondidos em fotos de desenhos e nomes inventados - que meu psicológico fez com que eu desativasse minha conta por um final de semana. Eu NUNCA, em quase 12 anos, tinha desativado o Twitter!

Juro que fiquei perturbado com o tanto de mensagens de ódio e julgamento em minhas notificações. Eram ameaças de morte, imagens de faca e revolver e mensagens horríveis que acho que nem a própria pessoa que cometeu o crime deveria escutar. Era um misto de sensações e eu, como sempre, queria tomar partido de tudo ao mesmo, mas ainda bem que tenho um certo controle de não fazer algo pela emoção do momento. Não respondi, não me defendi, só desativei a conta.

Isso aconteceu no horário do almoço e sair de casa com todas aquelas mensagens na minha cabeça foi a pior coisa. A qualquer momento eu achava que levaria um tiro às escondidas ou até mesmo apanhado ali na rua sem motivo nenhum. Depois, ao chegar no trabalho, ainda assustado, parei, sentei, fechei os olhos e pedi a Deus que nada de mal acontecesse comigo. Acho que em resposta a isso veio na cabeça: "Pra quê isso, Anderson? Tu não é isso que eles falaram e pronto! Não vai acontecer nada."

Dias após isso, mesmo tendo prints replicados por aí, já mais calmo, do nada, mais um hate (com ig estranho e com foto de desenho) começou a me insultar. Sem bater cabeça, bloqueei. E decidi que seria isso que iria fazer dali pra frente caso ainda apareça. Bloqueado!

Talvez isso eu já tenha superado, mas ainda assim eu fico com medo.

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Além disso, outras coisas estão me perturbando como a pressão que eu mesmo me dou para fazer o TCC. Graças a Deus já fiz 40% dele e tendo ideia do que realmente vou falar ficar mais fácil. Infelizmente a minha faculdade é retrógada e isso me faz passar algumas raivas de vez em quando. Estou procurando me manter bem quanto a isso, pois é bem difícil lidar com algumas incompetências e irresponsabilidades. O mérito é meu e quando eu me formar vou ter orgulho de mim mesmo por ter passado por tudo isso.

Falando em faculdade, esse mês paguei antecipado a ultima parcela dela. \o/ Foram 48 parcelas doídas no meu salário. Sinto orgulho de mim mesmo por ter esse comprometimento comigo mesmo, assim como em ser aprovado em todas as disciplinas durante esses quatro anos. Não é fácil estudar, é necessário!

Estou correndo atrás pra não deixar pra cima da hora o TCC. Trabalhar sem prazo, pra mim, é bem difícil, pois odeio ser pego de surpresa. Estou tendo ajuda e tentando não demonstrar minha ansiedade pra terminar tudo logo. Não sou dono do tempo!

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Algo que fiz no meio desse mês, mais precisamente no dia 17, foi ir a uma psicóloga. Depois de muito me humilhar insistir para marcar a consulta, consegui. Foram 45 minutos conversando com uma desconhecida que me ouvia e me perguntava o que eu já imaginava que ela iria me perguntar. Não querendo julgar essa primeira sessão, não sei se faz parte do protocolo de atendimento, muito menos a profissional que ali estava, mas percebi que ela demonstrava muita preocupação em saber se eu precisava mesmo era de remédio. As perguntas sempre estavam guiadas ao meu sono. Não sei se pelo fato de estarmos na pandemia e número de pessoas com ansiedade tenha aumentado, mas, sei lá, isso me incomodou um pouco. Por um lado até que eu gostaria de tomar remédio, sim, porém por outro vem o medo de ficar dependente dele.

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No trabalho, não quero expor tanto. Em quase 7 anos as coisas não mudaram em uma questão, só posso falar isso.

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Em casa, Eduardo, meu sobrinho, filho do meu irmão mais novo, tornou-se um membro da nossa família após a partida de nossa avó materna. Não que Eduardo esteja substituído totalmente a ausência dela, mas ele aquece demais os nossos corações. Eu já amo e fico preocupado com ele a cada dia... Espero que no futuro ele seja um bom rapaz, que faça o bem e que seja do bem. Quero muito ter orgulho dele. Se não fosse ele em casa,  certeza que tudo estaria desandado.

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Sobre meu coração, não tenho mais fé e sinto até vergonha de falar sobre, principalmente por aqui. No ultimo post falei sobre uma pessoa, que sentia algo, mas tive uma sinceridade que me fez ter mais calma. Penso que uma conversa sincera toma rumos bem mais harmoniosos e é isso que tenho percebido. Nossas conversas não são diárias, mas quando conversamos ela continua sendo agradável. A demonstração de carinho não é feita por palavras, é por gestos. Mais uma vez, se for pra ser, será!

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Mesmo estando desconfortável com tudo que escrevi acima, resolvi publicar. Eu vivo isso, por que esconder daqui? Não falei nada de mais, né.

Pra finalizar, torço pra que esse período de pandemia acabe e que voltemos ao normal. Não vejo a hora de programar minhas viagens, de cuidar de mim e de abraçar e conversar perto das pessoas que eu gosto.

Qualquer dia volto de novo. Obrigado por ler até aqui.

Tchau! 😔

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

REPEAT?

Não quero ser muito extenso aqui, até porque não quero detalhar essa história para me preservar. Esses dias me aconteceu algo que fiquei... WTF?

Em resumo, conheci alguém bem igual a anterior. Quase a mesma aparência, o mesmo trabalho intenso e privado, a mesma educação e aparenta ter muito senso de humor. Sei que ainda é recente, mas estou começando a sentir algo, sabe. Fico me segurando para não falar nada, nem dar o entender. Estou conversando normal, sobre trabalho, vida e rotina, algo bem começo de amizade, só que no fundo, no fundo, a gente sabe que tem um interesse entre tudo isso. Afinal, quem vai ficar conversando pra nada?

Ainda não recebi convite pra sair, nem convidarei. Tive o básico de demonstração de afeto, e agora há pouco soltei, mesmo pensando antes, um emoji de coração no final de uma frase de despedida. E não sabemos o que vai ser do nosso futuro. Estamos aqui em Coelho Neto, acredita? O que nos separa é mais ou menos 1km, sendo que cruzamos a mesma rua todos os dias. Posso estar me precipitando em registrar isso aqui, mas vai que não, né. Nunca sabemos do futuro e vou só vivendo.

Não sei se atualizarei sobre isso aqui nos próximos dias, semanas, meses e até anos, porém se for registrado, que seja com algo bom.
André de Carvalho