sábado, 25 de fevereiro de 2012

"ABRA O SEU CORAÇÃO!"

Após o trauma do post IGNORANTE, EU?, continuei com o mesmo pensamento sobre a minha ignorância. No mesmo dia, no curso, até me testei e procurei me policiar sobre a minha impaciência ao ouvir alguma bobagem e soltar o meu jeito de ser, a minha ignorância, no caso.

Hoje, desde o ano passou que não tinha ido, fui ao catecismo. Por eu não frequentar a igreja, não sabia o dia exato de volta, por tanto, me relaxei. Até que no sábado passado eu fui, mas ao chegar, vendo o portão fechado, segui caminho. Enfim, hoje fui e até que muitas pessoas também foram. Achei que fosse ver algum novato, mas as mesmas carinhas estavam lá.

A catequista comentou sobre a Quaresma, Campanha da Fraternidade 2012 e saúde, cujo é tema da mesma deste ano. Ouvi, observei... Os alunos de lá são todos tímidos, e com isso eu acabo ficando também. Então, nos minutos finais da aula, com o intuito de fazer interagir, ela começou uma dinâmica e explicou como seria: 1. Ela distribuiu corações simples feitos de folhas de caderno para todos; 2. Pediu para cada um escrever um defeito seu; 3. Recolheu todos os corações e colocou dentro de sua bolsa; 4. Cada um pegou um coração dobrado, fechado, de sua bolsa e se manteve com ele em mãos, como se fosse um sorteio; 5. Ao comando, ela dizia "Fulano, abra o seu coração!". Após isso, cada pessoa abria seu coração e lia o defeito que estava escrito nele, tentando dar um conselho para o tal "anônimo". Detalhe: eu escrevi no meu "impaciente e ignorante" e recebi um que estava escrito "impaciência".


Primeiro tive que falar sobre o coração que eu havia pego, mas antes, após eu ter falado o defeito que estava escrito no coração que eu peguei, a catequista me pergunta se eu era impaciente também, e disse que 'sim'. Ela completou, rindo: "Então, tu não tem condição de dar algum conselho para esta pessoa impaciente também...". E eu a interrompi: "Tenho, sim. Pois estou tentando driblar esse meu defeito". Ela, curiosa, pergunta: "E o que você está fazendo pra ser mais paciente?". E eu respondi claramente o que estava acontecendo comigo, omiti resumindo o que aconteceu na semana passada. Entendido, ela passou a vez pro próximo coração, a pessoa que estava ao meu lado.

Chegou então a menina que leu o meu coração e disse que sabia a solução para a impaciência - até mesmo porque tínhamos comentado na minha vez -, mas não sabia para a "ignorância". Então a catequista comentou uma história e me jogou uma pedrinha indiretamente. A forma em que a catequista interpretou a princípio foi de uma pessoa que ignora outra, mas no fim, disse que realmente achava que a tal pessoa que tinha escrito naquele coração era ignorante de mal educada mesmo. Na mosca!

Gostei disso e tentarei aplicar essa dinâmica no meu curso, já que ainda estamos com a instrutora que nos ensina valores, ética...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FILME BATALHA DOS ELEMENTOS PARA DOWNLOAD

Aqui é o Marllon Ysnaitiz, produtor do filme Batalha dos Elementos 2. Tô aproveitando aqui pra divulgar o meu filme no blog do amigo Anderson Funnie, deixando alegria pra quem é fã de carteirinha do BE2 e não pode assistir porque mora longe. Estou disponibilizando o arquivo pra download no 4shared. É só clicar em "download" e ter o programa "bitorrent" pra poder baixar. Aproveitem com moderação!

LINK PARA DOWNLOAD DO FILME BATALHA DOS ELEMENTOS 2

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CLIQUE AQUI

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O filme é uma produção da cidade de Coelho Neto e de vez em quando me pego vendo ele. Vale a pena, pode ter certeza. Pra quem ainda não viu e quer assistir ao trailler clique aqui. Prepare o refrigerante e a pipoca, mas cuidado pra não se engasgar de rir. HAHAHAHA'

Valeu, Marllon, sucesso e que venha o BE#3! ;-)

IGNORANTE, EU?

Desde a semana passada que essa frase torturante não sai da minha cabeça: "FUNNIE, MAS TU É IGNORANTE!!!"

Tento não me deixar levar quando dizem isso, mas será se eu sou realmente ignorante? Tudo bem, reconheço que tenho horas em que a minha cara fica franzida, que eu fico calado em certas situações, mas na minha concepção, isso é pra eu NÃO SER ignorante. Li uma frase no facebook, há alguns dias atrás, que estava sendo compartilhada, que dizia o seguinte:


Para mim, essa frase serviu perfeitamente, tão tal que compartilhei ela com um amigo que tinha falado justamente isso; ontem soube que ele excluiu, achando que aquilo fosse idiotice, mesmo sabendo de que se tratava a meu respeito.

Hoje, fiquei triste demais, ou melhor, ainda estou triste, embora não aparentando. Fui fazer trabalho do curso e em um momento todos resolveram falar o que realmente achavam de mim, e nisso gargalhavam me imitando. Sim, ouvi que sou grosso, que todos só têm que aceitar as minhas ideias... Até brinquei abrindo os braços e dizendo para atirarem pedras. Continuei sem graça, mas entendi, não falei nada e disse que tentaria mudar, mesmo tenho plena consciência que esse é o meu jeito.

Tô aqui ainda com aquele sentimento ruim, mas vai passar.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ÚLTIMO DIA DE CARNAVAL

Não sei pra vocês, mas esse período de carnaval para mim passou tão rápido. E olha que eu virava a madrugada, ia dormir às 3h30, 4h da matina. Sinceramente, gostei desses dias em que fiquei sentando, interagindo com o virtual ou assistindo alguns episódios de uma série que estou acompanhando. Tudo me fez pensar que estava tranquilo em casa, enquanto muitos estavam se submetendo em riscos: sendo passivos ao cigarro, exalando cheiro de bebidas alcoólicas ou fazendo besteiras... Foi legal!

No último dia, pela manhã, recebi uma ligação da Nayenne me convidando para ver filme na casa do namorado dela, o Marcos, o Junior. Às 14h, Dalton e eu fomos. Vimos Amanhecer (eu já tinha até visto no cinema) e depois Atividade Paranormal 3. Gosto de filmes de suspense, mas odeio assistir com alguém, pois a atenção - ainda mais pra quem já assistiu - nas partes de espanto são mais voltadas a mim. Todos se divertiam, principalmente a Marina, irmã do Junior, quando eu me assustava, já que o barulho do som estava praticamente topado. Enfim, o filme é bacana, gostei, apesar de misturar um pouco a história por não ter visto o filme nas suas sequências.

Durante o filme, lá se vem o Junior com uma peruca (na foto acima) dizendo que era o meu cabelo no ensino fundamental. Pronto, zoaram de mim, mas gostei, tirei foto e assim, naquele momento, brotou o meu espírito carnavalesco já que era o último dia.

Combinamos então, de nos encontrar no Corredor da Alegria às 20h, mas como o Dalton é sempre atrasado, chegamos lá quando já se passavam de 21h30. Sempre fico emburrado com esses atrasados dele, mas me prometi que um dia vou me acostumar com isso. Haja paciência!

Ao chegar lá, andamos, rodamos demais em meio ao povo pra ver se encontrávamos nosso casal de amigos. Durante essas voltas, encontramos amigos que estavam distantes, que está sendo um pouco difícil manter contato. Pra ser mais preciso, adorei ter encontrado a Andressa e ter visto que depois de anos dizendo "não", aceitou o convite de ser a lobigirl (a morena, tá?) do Bloco Os Lobisomens. Sem contar no abraço sempre sincero que recebo dela.

Não a vi no desfile do bloco, mas pelas fotos que vi na rede e que me causaram certo arrependimento de não ter ido no dia, acredito que ela estava detonando.

Lobisomem: Dyego, namorido de Andressa



Depois de mais ou menos meia hora, encontramos o casal de amigos e andamos com eles. Ríamos, comentávamos algumas coisinhas e esperávamos pacientemente o arrastão dos blocos, onde todos os blocos entram misturados na avenida - isso acontece sempre no último dia - passar.


Para melhor visualização procuramos um lugar nas arquibancadas, e entre conversas, o tempo passou, e lá veio o arrastão. Alguns já estavam animados, mas outros só acompanhavam mesmo, em estilo procissão.


Não demorou muito os blocos passarem. Sem querer puxar o saco, os foliões que estavam com o abadá do bloco Os Lobisomens estavam mais animados. Não sei se pelo som ser voltado mais pro rumo deles em um carro com "paredão de som" especial, já que os trios elétricos jogam o som pro lado, mas que estavam super animados, estavam. Fiquei animado também, mais ainda lá de cima, pois as pessoas que estavam no meio da "bagaceira" não tinham uma visão fixa só pra mim, já eu, podia olhar quem eu quisesse sem nenhuma pretensão. HAHA'

Após todos já estarem em frente ao palco, curtindo o som de uma banda que eu não fazia a mínima, decidimos ir ao meu antigo trabalho (na Panificadora) lanchar. Estávamos meio indecisos, pois só faltava meia  hora pra fechar. Mesmo assim, andamos rápido, e alcançamos ainda aberta, já ameaçando fechar algumas portas.

Descemos novamente ao Corredor da Folia, encontramos no mesmo lugar de sempre os nossos amigos. Uns estavam bebendo, outros curtindo as namoradas(os), os ficas... Eu, fiquei conversando ora com o Dalton, ora com o Breno, só observando mesmo.

Thalys e Breno. Foi mal, Breno, pela foto.

Não estava me sentindo a vontade em ver muitas pessoas ali dançando e eu parado feito estátua só observando, então sugeri ao Dalton de irmos embora. Achava que ficar na calçada da casa dele batendo papo a fora seria um pouco mais produtivo - rs. Dalton e eu conversamos até umas 3h e pouco da manhã na calçada da casa dele.

Acordei hoje (ontem) quase 12h, lembrando que o pai do Dalton havia falado que iríamos almoçar em um interior próximo, de parentes da mulher dele, mãe do Dalton. Eu já tinha até dado essa ideia para o pai do Dalton dias antes antes, já que seria bem aproveitado para quem estivesse com ressaca. Ao chegar lá, o sol estava infernal e eu não via a hora de entrar dentro do riacho. Tomado pelo "choque térmico", às vezes passava frio com a água gelada, às vezes me sentia literalmente sendo torrado pela queimação do sol.

Foto tirada um pouco antes do almoço e antes do banho do riacho

Como comentei no início deste post, a minha semana carnavalesca se passou muito rápido, graças. Juro, senti muita falta da minha galerinha do curso, embora tenha visto alguns no último dia de carnaval ou tenha ligado para outros. Finalmente amanhã tô com eles pra mais uma batalha de trabalhos, opiniões e estudos.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

CARNAVAL

O primeiro dia já passou e eu estive no lugar onde queria estar: AQUI!

Não gosto de carnaval e esses dias eu nem estou tão animado pra sair. Pra mim que se eu sair, vou passar raiva, ou me sentir incomodado ao ver os casais se pegando, a animação e tudo mais e não fazer parte dela. Por isso, não vou aguentar também o meu jeito, o fato de eu saber que não vou estar sempre ao lado de alguém pra ficar conversando. Eu não quero pagar de chato pra quem estiver comigo, então, nem tento.

Sinto, mesmo assim, que sairei um dia, pois o Dalton está chegando na segunda e creio que ele vai querer dar uma passadinha no Corredor da Folia Alegria. Vou aproveitar esses dias folgado e vou tentar fazer os meus trabalhos do curso, ler algumas apostilhas dadas e tentar ser o melhor. Ah, lembrei que amanhã terá ensaio da nossa peça, isso me faz ficar mais empolgado.

Finalizando, espero ficar aqui até depois de 01h, pois tô querendo ver a Raquel desfilando na escola de samba Águia de Ouro pela TV.

Até

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A CARÊNCIA...

E lá vai eu mais uma vez aqui falando sobre isso. Eu quero é saber até quando vou publicar post sobre isso aqui. Acho que é meu quarto ou quinto, mas enfim, a maldita carência continua. Fico mais assim nesse período de carnaval, onde acho o período point dos esquemas.

Nesse ano, queria me isolar, queria estar em outro lugar que não houvesse barulho, movimentação e nem romance. Por conta da minha lerdeza e indisposição, com certeza ficarei por aqui mesmo - e quando digo por aqui, me refiro dentro de casa, vidrado nessa telinha que preenche o meu momento de tédio e me faz esquecer o que é estar apaixonado.

Ultimamente estou meio que me chateando quando vejo olhos apaixonados das minhas amigas, corações imaginários saindo das cabeças dos meus amigos e quando sinto esse clima chato frio, que é sugestivo para se estar acompanhado. Tento ser o mais normal possível em não querer me irritar a ponto de dar um basta, de me zanga por estar com "inveja". É tão difícil assim? Eu queria me apaixonar. Quero receber ligações diárias da pessoa que pode estar comigo mesmo que num período favorável; quero receber uma sms simples, direta e sincera com pelo menos um "bom dia!". Tenho tudo isso, mas não se encaixa na minha cabeça encarar como paixão, tudo não passa de amizade, não quero entrar em contradição...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

PASSADINHA RÁPIDA...

Apareci rapidinho pra dizer que estou gostando demais do que estou fazendo nesses últimos dias.


A minha instrutora do curso passou digamos que um projeto. Vai ser algo tipo solidário para algumas pessoas especiais da cidade. Estou encontrando algumas dificuldades, mas mesmo assim não estou desistindo, afinal, no meu caso, estou em todos os grupos e isso me causa aceitação de ideias contrárias as minhas.

A sala foi dividida em três grupos: dramatização, música e brincadeira - todos envolvendo o que foi estudado, como ética, cidadania, moral...

No primeiro dia, ainda em sala, criei, junto do meu grupo, uma mini maratona, algo que não seja cansativo e que seja bastante divertido, tanto pra eles quanto pra gente. Anotei o que precisaríamos e deixei cada pessoa responsável em arranjar o seu material. Aproveitei algumas partes de uma maratona que criei nas férias para o povo do ensino médio (quem não lembra, clica aqui) e mandei ver. Concluído essa parte.

Na parte das músicas, já fui a um ensaio e já dei algumas ideias. Não sei tocar, nem cantar, mas sugeri algumas músicas. Ficou meio engraçado a disputa de quem vai cantar qual música, mas tudo bem. Ah, me surpreendi com os dedos do Durval no teclado, tão tal que ele já ganhou um apelidinho carinhoso da Fabrícia: Dudu e seus teclados - rs.

A dramatização, comecei hoje. Fui convidado ontem para fazer parte da encenação, já que eu pensava que era só pra dar aquele apoio a eles ou jogar alguma ideia. Então, ontem (no caso, antes de ontem), chegaram até mim e me convidaram para ser o Seu Madruga da Turma do Chaves, acredita? Fiquei meio assim, querendo negar o convite de primeira, mas dei um prazo, fiquei de dar a resposta no dia seguinte (hoje) então. Quando cheguei na sala, fui logo interrogado sobre e dei uma resposta meio duvidosa "pode ser!". Combinamos o ensaio pra hoje (aliás, ontem) e fui. Ao chegar na casa de uma das meninas, vi que estavam vendo o dvd do Chaves e tentando tramar alguma coisa. Logo, no dvd não constava o episódio que mais queríamos, então, foi o jeito usufruir da imaginação. Interrompidos por uma simples festinha de aniversário de um amigo da sala (o Daniel), comemos bolo simples de padaria e refrigerante. Eu, magro-mostro, comi duas fatias de bolo e uns quatro copos de refrigerante (não dispenso Guaraná Jesus, tá?) aos olhos de cada um. Conversamos, nos divertimos e começamos a fazer o roteiro da tal peça. Inclusive, ela está aqui do meu lado esquerdo, incompleto. Tento colocar minha cabeça pra funcionar, mas não consigo no momento.

Esse é Daniel, o aniversariante do dia.

O fato é que hoje eu me aproximei de pessoas que eu não tinha muita afinidade na sala. Distribui elogios que estavam entalados e tirei brincadeira como sempre tiro. Ainda tenho um certo pudor em falar algumas palavrinhas que sou acostumado a falar, mas nada como o tempo pra eles perceberem e entenderem o que eu quero dizer.

Por isso, tô feliz! Sei que tá longe ainda, mas não quero pensar no final.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

APRENDIZ ELETROMECÂNICA - TARDE

Sinceramente, já se passaram três semanas e eu já tô apegado demais com essa turma. Embora ainda não os conheça muito bem, sinto certo afeto, amizade por uns e com mais algumas semanas, por que não por outros? As tardes das sextas-feiras estão sendo dolorosas.

Está sendo incrível perceber as minhas mudanças. O quanto, devido o meu trabalho anterior, eu fiquei mais comunicativo, mais sem vergonha (no bom sentido, é claro), e mais prestativo, sem exagero. Estou convivendo com pessoas que eu só via, que eu nunca vi e que eu rotulava mentalmente e que esse mudou. Estou feliz por sorrir, por participar, por contribuir de alguma forma. Caso eu não seja chamado para ficar fixo na empresa, estaria orgulhoso e bastante conformado pela união em sala de aula, seja na aprendizagem ou nos ensinamentos.

Posso estar me antecipando demais, mas acredito que essa será A Turma da empresa.

Na foto em ordem alfabética: Adilson, Anderson (eu que tirei a foto), Antonio Renato, Daniel, Durval, Fabrícia, Francisca Jéssica, Francisco Charles, Gabriella, Jamison, Kaira, Larissa Emilly, Larissa Osório, Lizandra, Luan da Silva, Luan Vieira, Maciele, Marcelo, Maria do Amparo, Maria Ivonete,  Maria Vanessa, Maria Zenith, Maicon, Monaliza, Raimundo, Reynaldo e Wiliane. 

Somente os que estavam de camisa preta. Nesse dia, o dia estava preto literalmente - rs.
Na foto: Durval, Marcelo, Zenith, Adilson, eu e Maycon.

Momento de descontração e o que eu queria aparecer nas fotos. :-)
Na foto: Jamison, Renato, eu, Adilson, Reynaldo e Maycon.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

UM APERTO DE MÃO

Sempre quis fazer esse post, mas devido ao esquecimento ao estar em frente ao computador, adiava. Pois bem, o aperto de mão...

Quando trabalhava na Padaria, sempre tive que selar alguma coisa com um aperto de mão: uma negociação, um cumprimento não formal com meu amigo de lá, uma demonstração de afeto quando se tratava de uma menina que eu gostava... e assim vai. Eu repetia isso mais com os fornecedores, e eu gostava, pois no final de uma conversa ou despedida acaba demostrando que a pessoa gostou de você, que achou você com iniciativa, simpático, enfim, que você deu um espaço, uma liberdade de certa forma.

Um dia desses, como cliente, fui à Padaria lanchar e vi um cara conhecido que estava descarregando algumas mercadorias no depósito, o empregado de um fornecedor. Sendo assim, fui até lá e o cumprimentei. O aperto de mão dele foi tão normal que até passou despercebido, mas quando fui cumprimentar o patrão dele... AFF! Eu sempre prestei atenção nisso, mas após alguns segundos, eu esquecia - e hoje lembrei. O aperto de mão dele é fraco, forçado e mal dado. Aprendi em trabalho no ensino médio que devemos sempre dar um aperto que possa passar segurança, que seja não muito forte e nem muito fraco e desde então, não cometo esse erro. Fiquei meio que enojado (acho que posso usar essa palavra) com esse fornecedor e, pode até não ser, mas acho que esse fornecedor é falso, não gosta de mim. É aquele tipo de coisa, o olho dele mostra uma coisa, mas a mão fala outra.

Ontem, na empresa onde estou estudando, conheci um colega da classe pelo qual mesmo estando no mesmo ambiente que eu, não tínhamos nos falado ainda. No começo, fui com a cara dele, mas esperei a oportunidade para conversarmos. E eis que chegou. Nossa instrutora pediu para que fizéssemos um grupo para desenvolvermos um trabalho, mas que esse grupo não fosse do dia anterior. O propósito dela era justamente o que aconteceu comigo: se dar oportunidade para conhecer novas pessoas e evitar o comodismo, ou seja, continuar sempre nos mesmos grupos. Então, como ele estava no mesmo grupo que eu, trocamos várias informações sobre o trabalho que seria apresentando em poucos minutos. Mesmo com pouco tempo de conversa, já poderia dizer que ele já era meu amigo. Com um pouco de dificuldade, aprendi com ele e ele aprendeu comigo.

Por fim, após a apresentação do nosso grupo, o cumprimentei pelo sucesso do improviso que fizemos e o aperto de mão dele encaixou. Não sei como explicar, mas me deu segurança e confiança. Pode ser que mais na frente eu veja que estou enganado, mas esse simples gesto que foi perfeito pra mim foi importante.