quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SEM INTERNET

Para todos aqueles que cansaram de me ver online no MSN e em outros lugares, não vão mais me ver - pelo menos com tanta frequência . Não vou mais estar tão presente com todos, com as pessoas virtuais que eu realmente amo, em especial Sabrina Lima. Estava muito acostumado a chegar e pedir conversa de áudio com ela; de estar almoçando e ao mesmo tempo falando. Posso dizer que fiquei muito mais próximo e íntimo não só dela, como de várias outras pessoas. Desculpa, Monique, mas vou te deixar em paz. Saiba que você, durante todo esse pouco tempo, me fez bem, me animou bastante. Eu te amo e vou continuar te amando.

Obs.: Vou ficar mais ausente, mas não abandonarei aqui.

Beijo ;*

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DESEMPREGADO

Se lembram da última postagem que eu disse que estava muito triste, que eu havia recebido uma notícia mais triste ainda? Se não lembram, clique aqui! Como passou todos esses dias e, também, como havia prometido, vou dizer o que houve.

Eu até que estava animado naquela quinta-feira. Acordei muito cedo pra pegar o ônibus, já que tinha acontecido um probleminha com o carro do pai e ele estava na oficina. Eu nunca tinha me acostumado a acordar sempre às 6h, pois, mesmo que acordasse, esperava, ainda na cama, a boa vontade de o pai tomar banho e ir se arrumar, para depois ser eu. Ficava mais animado por ver que tinha uma “coisinha” lá, na parada de ônibus, que me deixava feliz, mesmo não conversando e nunca tendo a visto antes.

Cheguei ao trabalho disposto, até então. Procurei antecipar tudo enquanto estava sozinho e me livrar de bagunças e aperreios. Nisso, fiquei atualizando algumas pastas, algumas planilhas, organizando a minha mesa até quando o Seu Nelson chegou. Fiquei conversando com o ele enquanto seguíamos a labuta de sempre.

Quando deu um pouco mais de 9h30, um dos meus patrões chegou. Ele tinha trago um cabinho que faltava encaixar no modem para colocar internet. Nisso, tentando arrumar a internet, ele se lembrou de pegar um documento que estava dentro de seu carro: a minha carteira de trabalho. Ele me entregou e pediu para que eu assinasse um “recibo”, digamos assim. Assinei e ele deu continuidade ao que estava fazendo no computador ao lado.

Conversamos mais até que vi que ele estava muito preocupado com o Seu Nelson, pois me perguntava – e perguntava pra ele também – se estávamos dando conta do trabalho, se eu estava ensinando o que sabia e se ele estava pegando as manhas. Depois dessas poucas frases, ele disse que queria ficar sabendo disso, porque eu só ficaria trabalhando até o dia 15 (no caso, hoje). Ele disse isso de um jeito tão normal, simples, que, quando escutei, pensei que não fosse comigo. Ele, então, olhou nos meus olhos, acho que para estar seguro da minha reação. Ao cair à ficha, esfriei. O meu coração bateu em disparada, comecei a me tremer, a sentir os meus olhos lacrimejarem e... comecei a dizer adeus às coisas futuras que eu já tinha planejado com o dinheiro.

Não chorei na hora, mas quando estive sozinho, discretamente, lamentei por mim mesmo. Me senti inútil, um figurante em meio a uma empresa, mas a vida é assim, não podemos fazer nada, pois ainda somos dependentes enquanto mandam na gente.

Pensei no meu celular, na minha internet, na estreia do filme da Bruna, nas minhas roupas e, principalmente, em aguentar a ser chamado de “vagabundo” novamente. Agora o que vai ser de mim? Casa, rua, rua, casa? É muito chato se acostumar com uma coisa e nunca imaginar que ela não vai ser para sempre.

Na sexta-feira, andei conversando com o Seu Nelson a respeito do trabalho. Ele me contou mais uma de suas histórias que definitivamente me convenceu; que me trouxe um moral. Realmente, nunca vou me esquecer dessa história do homem que vivia preso a sua vaquinha e não tinha tempo para outras coisas, apesar de essa vaquinha lhe proporcionar seu sustento. O homem, nesse caso sou eu; e a vaquinha, o meu emprego. Pude refletir sobre isso, mas iria mentir se ainda não dissesse que continuo inseguro em outros lares.

Várias pessoas próximas me perguntaram o motivo da minha saída, mas realmente não sei ao certo. Estou tentando encaixar o quebra-cabeça, aliás, até acho que já encaixei, mas procuro não confirmar o tal fato.

Hoje, acordei feliz, fui pegar o ônibus bem cedo e aproveitar meu ultimo dia de rotina. Tudo que eu via, me despedia. Entrava no ônibus e imaginava que na próxima semana, não estraria mais entre aqueles bancos. Olhava as pessoas pelas quais eu ia com a cara, tinha vontade me entrosar, e fazia brotar uma raiva, pois não aproveitei o tempo para me aproximar. Olhava pela janela o cenário quando passava pela ponte e imaginava que não iria mais ver a coreografia dos pássaros no ar...

Enfim, agradeço à Deus, claro, pois não tenho do que reclamar. Realizei o meu sonho de ter um notebook em breve sem internet e a lidar com meu próprio dinheiro. Acredito que eu não tenha feito besteira com a minha grana, mas poderia investir mais. Lamento bastante por não conseguir comprar o que eu estava esperando há bastante tempo, assim que terminasse de pagar o notebook: o meu celular, mas a vida segue...

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O dia se completou com mais uma notícia triste logo cedo, mas que não irei comentar por aqui o que é. Vou registar no meu diário real. Estou muito triste, com o coração apertado, já até chorei, mas, como disse, a vida segue.


And it rips through the silence of our camp at night

And it rips through the night
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide

terça-feira, 12 de outubro de 2010

EU JÁ FUI mais CRIANÇA

Uma imagem vale mais do que mil palavras, certo? Pois nesse dia tão especial para todas as crianças - e por que não para mim também?! -, eu deixo vocês tirarem as suas conclusões:

Eu, meus irmãos Dayson e Alysson

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

NOTÍCIA TRISTE

Hoje recebi a PIOR notícia dos últimos dias. Eu triste, muito triste mesmo, até porque não esperava por isso.

Ao levar a “facada”, o meu coração embrulhou, comecei a me tremer, senti meus olhos lacrimejarem, mas tentei não me entregar a esses sintomas. Tentei manter o meu psicológico o quanto normal que podia, pois, definitivamente, o meu coração estava duelando com a minha cabeça. É uma briga pelo qual quem mais sofre sou eu. Não sabia se eu ficava do lado da minha cabeça ou do meu coração. Mas, pelo orgulho, e por não querer demonstrar a tristeza que o impacto me causou, procurei ficar o mais normal possível.

Não irei dizer ainda a causa disso tudo – até porque não estou a fim de lembrar e me tortura ao digitar o porquê disso aqui. Prometo que ainda nesse mês contarei tudo... Por enquanto, vou tentar manter segredo! :-#

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

?

Deixei essa postagem com um ponto de interrogação no título justamente por eu não saber, de fato, o que estou sentindo, se é paixão ou se é ilusão. Há tempos estou desse jeito, ligado nessa duvida, nessa interrogação.

A minha carência aumenta a cada dia, mas tento lidar e me conter com isso. Vivo com inveja dos casais, das pessoas se abraçando e, por muitas vezes, procuro não ficar comentando isso com meus amigos mais próximos, pois percebi que eles estão cansados de ouvir as minhas ladainhas de sempre. Sinto que quando começo a falar de mim, por quem eu estou apaixonado, eles não ficam com a mesma cara de antes. É como se isso já estivesse batido, saturado e que não seria mais novidade pra ninguém o fato de eu estar sozinho.

Às vezes penso que sou chato, que vivo batendo na mesma tecla e que isso incomoda alguns. Não precisa falar, eu já percebo isso. Não que eu queira que as pessoas sempre lamentem por mim, que sintam peninha, mas queria que me ajudassem, me dissessem coisas boas, me motivassem que a vida não é só isso, mas...

Me toquei agora que sou feliz, embora não tenha quem eu quero só pra mim. Me contento com a amizade, por simplesmente existir alguém que eu possa amar gostar. Mas é chato você vê a menina que sempre quis com outro cara, vê ela com amizades que não são as suas, vê uma “cultura”, digamos assim, totalmente diferente. Mesmo ela estando presente, está ausente, entendeu?

Sei que um dia vou perdê-la, como de todas que eu me apaixono. Estou me preparando, tentando aproveitar ao máximo todos os minutos, enquanto ainda estamos próximos. Não posso fazer nada, não quero declarar o meu amor, até porque seria muito difícil fazer isso. Choro às vezes por achar isso impossível, mas me animo quando lembro que o impossível, para mim, há um tempo, já aconteceu, que foi ter conquistado a amizade dela.

AH, quer saber de coisa? É melhor deixar como está mesmo, eu ficando no meu canto e ela ficando no canto dela. Isso evitaria eu me apegar muito, de querer ficar no pé e sentir, mesmo não demostrando, ciúmes. Isso me livra de sofrer mais ainda, pois uma coisa é você sofrer não estando comprometido, que é melhor; outra coisa é sofrer estando com alguém, que parece que duplica o sofrimento por conta dos sentimentos estarem mais certos.

Estou interpretando tudo mal. Ela faz uma coisa e eu acho que é pra mim. Se ela rir de um jeito, eu penso que ela está se insinuando, se ela olha de um jeito, eu já penso que ela está pedindo alguma coisa, quando na verdade isso já faz parte do jeito dela.

Mas mesmo assim, estou triste demais nesses últimos dias.

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

ELEIÇÕES

Estou morto neste exato momento. O dia foi puxado.

Ontem tivemos uma reunião com o Filho do deputado Bacelar, o Bacelar Filho. Eu saí de casa para encontrar o povo, mas acabei sabendo que haveria essa reunião. Eu não sabia o porquê e pra que essa reunião, mas fui lá para colaborar.

Estávamos procurando um lugar para a reunião e para fazermos uma boquinha. Na verdade eu estava pobrinho, mas como amigo é pra essas horas, o Pontinho (Dalton) ia me ajudar.

Sem muito sucesso, ao chegar à Padaria Moderna, sentamos e nos acomodamos. Eu estava observando quando o Fernando estava me dizendo, de longe, algo que eu não entendia. Eu sempre com aquele ponto de interrogação, mesmo ele dizendo umas mil vezes, me toquei após ter feito a leitura labial “encerrou”. Isso mesmo, no momento em que entramos, eles já estávamos fechando. Discretamente, saímos e seguimos para outro lugar.

O Vitor estava louco, estava do mesmo jeito quando fazíamos o terceiro ano , ficávamos loucos a procura de dinheiro pra nossa formatura. Nisso, ele gritava, reclamava e acabava se esquecendo de pensar. Ele dizia que naquele momento não tinha nenhum lugar aberto, mas eu me lembrei de um, o Point da Pizza. Então, subimos as escadas, arrumamos as mesas e esperamos o Filho chegar.

Estávamos com a intensão de pagarmos as nossas pizzas, mas como o Filho chegou, se manifestou e quis pagar. Então, tá, né? E olha que era muitas bocas na mesa. Ele, após ter feito o pedido, começou o seu discurso e a pedir, não diretamente, os votos para o seu pai. Nisso, conversa vai, conversa vem, as pizzas chegam. Fomos servidos e todos, calados, comemos tranquilos.

Após todos terem terminado, sobrou uma fatia. Fiquei querendo muito devorar ela, não porque estava com fome, mas por eu gostar muito de pizza, mas por educação, esperei não aceitarem ou perguntarem quem queria. Logo, o Filho olhou para todos e perguntou quem queria. Todos “satisfeitos” (entre aspas mesmo, pois quando veio a segunda rodada todo mundo devorou) viraram-se a mim. Todos arregalaram os olhos para cima de mim e falaram, quase em coro o meu nome. Nossa, que mico. Eu fiquei com muita vergonha, mas mesmo assim não dispensei a pizza.

Na segunda rodada, aconteceu a mesma coisa, mas dessa vez eu que pedi para pegarem e não esperei que me oferecessem. Ele foi ao banheiro e eu aproveitei a tal “pizza picante”, que na verdade de picante só tinha o nome mesmo.

A reunião demorou acho que mais de uma hora e foi muito proveitosa.

Hoje, pela tarde, fui fazer meu papel de cidadão, mesmo não gostando. Eu nunca fui fã de política, mas confesso que a urna eletrônica é atraente.

Ao chegar à escola e à minha seção, demorei um pouquinho pra votar. Por quê? Vou contar agora: Na minha frente, estava um senhor, ele não era um velhinho, mas sentia que ele não era muito entendido, isso é se vocês estão me entendendo. Ele entregou seus documentos, fez tudo certinho e foi em direção à urna. Mas quando ele chegou lá, cadê o barulhinho de quando é pressionada a tecla confirma? Ele, sem saber o que fazer, olhou para uma menina que trabalhava na porta da sala e pediu para que ela o ajudasse, mas ela disse que não poderia. Ele, então, foi à mesa onde verificavam os seus documentos e disse: “Ei, é que eu queria só votar em presidente”. E a mulher, espantada, já porque ele não conseguia sair do local, disse: “Não, seu José, seria bom se você votasse em todos. Você não trouxe a colinha não?”. E ele: “Trouxe, mas é que eu esqueci os meus óculos em casa e eu estou vendo tudo embaçado!”. A mulher ficou aperreada demais, com uma cara de “o que eu posso fazer?”. Ela perguntou se ele morava na cidade mesmo e se ele tinha vindo com alguém, alguma criança que pudesse o ajudar. Ele respondeu que não. No silêncio, vendo a cara de preocupado de todos, inclusive da mulher que conversava com ele, veio um anjo de Deus que emprestou uns óculos pra ele. Com isso, em disparada, o senhor votou tudo certinho. Depois disso, vi a cara de alivio em todos que estavam preocupados e sorrimos uns para os outros.

Depois dele fui eu e deu tudo certinho. Mas nem foi tão excitante como da primeira vez. Foi uma votação sem que o meu coração estivesse pulando, eu estivesse tremendo, foi uma coisa supernormal e rápida.

Hoje à noite saí com a turma, fui lanchar com todos e foi um pouco divertido. Eu acabei, em vez de ficar alegre, ficando triste. Sem paciência de conversar, saí de pressa pra casa. Não vou contar o porquê, mas meu coração está confuso, sofrendo e esperando que um dia algo aconteça.