quinta-feira, 20 de abril de 2017

CARTA PRA VOCÊ! #7

Sim, você, ou melhor, vocês!

Apressado e escondido, escrevo pra vocês que não conheço, mas que devem estar sentindo o que estou sentindo agora: um grande vazio.

Talvez vocês queiram uma solução para que tudo isso acabe logo. Assim como eu, procuram chamar pessoas para conversar, fazendo isso sozinho, em um quarto silencioso, usando apenas o celular ou o computador, mas percebem que isso não é totalmente seguro - sim, as pessoas às vezes por trás da tela podem ser fingidas; Se fecham em uma sala cheia de materiais onde o único ser vivo ali é você, tentando buscar a companhia melhor surgir do nada, como aquele vento que entra pela janela; Procuram se distrair com as nuvens do céu passando, tentando bloquear o pensamento de nuvens escuras que podem estar surgindo a qualquer momento...

O que fala muito, certamente não é o que é mais comunicativo, o mais simpático, há algo por trás disso. O que sorri com qualquer besteira ou que procura fazer os outros sorrirem, não faz aquilo por ser palhaço, mas para sorrir também. O que te chama apenas por uma besteira, ou para pegar algo que está próximo, é apenas para sentir a sua energia preenchendo o vazio existencial do lugar em que se está, independente se haver muitos desconhecidos a volta. O que tenta te ajudar, não percebe a sua parte interesseira...

Sério, como vocês estão fazendo pra isso acabar? Preciso urgente de um ponto e vírgula. Não aguento mais ficar pensando no ponto final.

:):

A. Funnie
Pessoas com depressão

quarta-feira, 19 de abril de 2017

CARTA PRA VOCÊ! #6

D...,

Como tenho sempre que aproveitar esses momentos, resolvi te escrever de imediato!

Não sei o que vem acontecendo. Não sei por que nos aproximamos e nem quero me sentir culpado - caso tenha sido eu o culpado de toda essa aproximação. De alguma forma, desde o começo, senti algo, mas meio que tentava desviar toda essa minha atenção e preocupação, pois eu não tenho fé totalmente em mim.

Praticamente iremos nos ver com mais frequência, porque a vida (ou o destino?) quis assim. Tudo pode acontecer para melhor ou para um possível "desencana, Anderson!". O fato é que preciso me acostumar com isso e tentar ficar seguro para ambos não saírem machucados.

Conversamos pouco, o que faz percebermos ainda um pouco do superficial um do outro.

Hoje nos aprofundamos sobre assuntos mais pessoais, o que me deixou mais inseguro, ao mesmo tempo que percebi a realidade disfarçada. Mesmo com isso, rimos bastante e fixamos os olhos como em todas as vezes que estamos sozinhos. É algo que me deixa feliz no momento, contrariando que depois me bate uma imprecisão sobre tudo isso.

Quando você vai embora fico triste e... aliviado!

Não sei se devo agradecer por isso, mas obrigado mesmo assim! :):

A. Funnie
Dalton Matheus