quarta-feira, 31 de março de 2021

HERE I AM

E lá se vai eu aqui de novo no momento que estou mais fragilizado. 💔

As coisas ruins demoram a acontecer e acontecem. Decidi vir aqui, mas nem sei por onde começo. É tanta coisa ao mesmo tempo, é tanta pressão, sei lá... Vou deixar fluir... Vamos lá!

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No começo de março fui BOMBARDEADO no Twitter por um tweet que fiz e que fui muito mal interpretado. Nele falei algo com um sentido visto do lado de quem cometeu um crime, mas isso tomou uma proporção tão grande naquela página de mais de 700 mil seguidores - a maioria escondidos em fotos de desenhos e nomes inventados - que meu psicológico fez com que eu desativasse minha conta por um final de semana. Eu NUNCA, em quase 12 anos, tinha desativado o Twitter!

Juro que fiquei perturbado com o tanto de mensagens de ódio e julgamento em minhas notificações. Eram ameaças de morte, imagens de faca e revolver e mensagens horríveis que acho que nem a própria pessoa que cometeu o crime deveria escutar. Era um misto de sensações e eu, como sempre, queria tomar partido de tudo ao mesmo, mas ainda bem que tenho um certo controle de não fazer algo pela emoção do momento. Não respondi, não me defendi, só desativei a conta.

Isso aconteceu no horário do almoço e sair de casa com todas aquelas mensagens na minha cabeça foi a pior coisa. A qualquer momento eu achava que levaria um tiro às escondidas ou até mesmo apanhado ali na rua sem motivo nenhum. Depois, ao chegar no trabalho, ainda assustado, parei, sentei, fechei os olhos e pedi a Deus que nada de mal acontecesse comigo. Acho que em resposta a isso veio na cabeça: "Pra quê isso, Anderson? Tu não é isso que eles falaram e pronto! Não vai acontecer nada."

Dias após isso, mesmo tendo prints replicados por aí, já mais calmo, do nada, mais um hate (com ig estranho e com foto de desenho) começou a me insultar. Sem bater cabeça, bloqueei. E decidi que seria isso que iria fazer dali pra frente caso ainda apareça. Bloqueado!

Talvez isso eu já tenha superado, mas ainda assim eu fico com medo.

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Além disso, outras coisas estão me perturbando como a pressão que eu mesmo me dou para fazer o TCC. Graças a Deus já fiz 40% dele e tendo ideia do que realmente vou falar ficar mais fácil. Infelizmente a minha faculdade é retrógada e isso me faz passar algumas raivas de vez em quando. Estou procurando me manter bem quanto a isso, pois é bem difícil lidar com algumas incompetências e irresponsabilidades. O mérito é meu e quando eu me formar vou ter orgulho de mim mesmo por ter passado por tudo isso.

Falando em faculdade, esse mês paguei antecipado a ultima parcela dela. \o/ Foram 48 parcelas doídas no meu salário. Sinto orgulho de mim mesmo por ter esse comprometimento comigo mesmo, assim como em ser aprovado em todas as disciplinas durante esses quatro anos. Não é fácil estudar, é necessário!

Estou correndo atrás pra não deixar pra cima da hora o TCC. Trabalhar sem prazo, pra mim, é bem difícil, pois odeio ser pego de surpresa. Estou tendo ajuda e tentando não demonstrar minha ansiedade pra terminar tudo logo. Não sou dono do tempo!

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Algo que fiz no meio desse mês, mais precisamente no dia 17, foi ir a uma psicóloga. Depois de muito me humilhar insistir para marcar a consulta, consegui. Foram 45 minutos conversando com uma desconhecida que me ouvia e me perguntava o que eu já imaginava que ela iria me perguntar. Não querendo julgar essa primeira sessão, não sei se faz parte do protocolo de atendimento, muito menos a profissional que ali estava, mas percebi que ela demonstrava muita preocupação em saber se eu precisava mesmo era de remédio. As perguntas sempre estavam guiadas ao meu sono. Não sei se pelo fato de estarmos na pandemia e número de pessoas com ansiedade tenha aumentado, mas, sei lá, isso me incomodou um pouco. Por um lado até que eu gostaria de tomar remédio, sim, porém por outro vem o medo de ficar dependente dele.

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No trabalho, não quero expor tanto. Em quase 7 anos as coisas não mudaram em uma questão, só posso falar isso.

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Em casa, Eduardo, meu sobrinho, filho do meu irmão mais novo, tornou-se um membro da nossa família após a partida de nossa avó materna. Não que Eduardo esteja substituído totalmente a ausência dela, mas ele aquece demais os nossos corações. Eu já amo e fico preocupado com ele a cada dia... Espero que no futuro ele seja um bom rapaz, que faça o bem e que seja do bem. Quero muito ter orgulho dele. Se não fosse ele em casa,  certeza que tudo estaria desandado.

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Sobre meu coração, não tenho mais fé e sinto até vergonha de falar sobre, principalmente por aqui. No ultimo post falei sobre uma pessoa, que sentia algo, mas tive uma sinceridade que me fez ter mais calma. Penso que uma conversa sincera toma rumos bem mais harmoniosos e é isso que tenho percebido. Nossas conversas não são diárias, mas quando conversamos ela continua sendo agradável. A demonstração de carinho não é feita por palavras, é por gestos. Mais uma vez, se for pra ser, será!

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Mesmo estando desconfortável com tudo que escrevi acima, resolvi publicar. Eu vivo isso, por que esconder daqui? Não falei nada de mais, né.

Pra finalizar, torço pra que esse período de pandemia acabe e que voltemos ao normal. Não vejo a hora de programar minhas viagens, de cuidar de mim e de abraçar e conversar perto das pessoas que eu gosto.

Qualquer dia volto de novo. Obrigado por ler até aqui.

Tchau! 😔