segunda-feira, 27 de maio de 2019

CARTA PRA VOCÊ #11

Talvez essa seja a carta do fim!

Já que agora isso não é mais segredo, nem sei bem o que registrar por aqui por vergonha. Na verdade, eu sei, mas não queria expor tanto essa situação.

O fato é que depois de mais de um ano me sinto bem melhor depois desse final de semana. Sim, eu estava nervoso, mas não queria estragar aquele momento somente falando, brigando ou tomando satisfação. Em todo esse período em que eu buscava a verdade, prometi tantas coisas a mim. Inclusive, prometi que, quando essa oportunidade chegasse, ficaria calado e que ouviria até a última palavra dita. E, como você sabe, foi assim que fiz.

Foi bom saber de tudo, percebendo que os princípios passados continuam vivendo em você. Que a sua personalidade não foi afetada, a inteligencia continua forte e as coisas que "me incomodam"  (!) também. Esse é você!

Uma das coisas mais difíceis que prometi a mim mesmo foi de não chorar. Viver aquilo não fez somente eu chorar, mas deixar o meu coração do menor tamanho possível. Eu não queria ter chorado e até me surpreendi por ter aguentado o máximo. Minha vida não está bem e me surpreender dessa forma foi a demonstração de que, sim, eu tenho força sobre mim.

Ouvi tudo que eu tinha que ouvir e, nesse decorrer, algumas palavras foram enfiadas no coração, porém não queria demonstrar que aquilo me machucava. E ainda tenho algumas cicatrizes das horas desse dia, infelizmente.

Além disso, prometi que falaria toda a verdade, pensando que poderia ser confundido com drama, mas eu queria falar. Eu não preciso mentir sobre os meus sentimentos, quando isso nunca foi segredo e não é nada de mais, que faz parte da minha vida. Eu estava muito tenso e intenso e por alguns momentos não conseguia nem sorrir quando algo dentro de mim falava que aquilo iria me fazer bem.

Não sei quantas horas passaram ali, mas acho que foi o fim. Não sei exatamente o que a vida me reserva, mas acho que foi o fim - torcendo para que não seja... Ou seja.

Não consegui entender o meu sentimento depois de tudo isso. Se eu fosse colocar em uma balança de sentimento entre felicidade e tristeza, as duas estariam em equilíbrio. Por um instante eu pensava nas coisas boas, em outras em quanto me machuquei e me deixei machucar.

Como foi dito, a vida não para, ela segue. E acho que estamos seguindo, com todas as nossas diferenças, distância e aprendizados. Sabe pra quem eu entrego todo esse futuro? Deus! Só Ele que pode me guiar ou nos guiar.

Erivan Geraldo