sexta-feira, 22 de junho de 2012

ARRAIAL DO SESI EM CAXIAS - PARTE #3

Como falei no post anterior, não deixei ninguém dormir e nem dormi. Portanto, quando fui pegar um cochilo já estava tudo claro. Era mais ou menos umas 5h30 e apaguei após ter conversado muito com o Fernando.

Às 6h e pouquinho, a Gabi me triscava, me puxava e me empurrava, dizia que não era pra eu dormir e eu começava a criar ódio dela por isso. Mesmo torrando minha paciência, puxando meu lençol, e até esvaziando o colchão de ar, tentei pregar os olhos por pelo menos cinco minutinhos. Resultado: não consegui. Foi o jeito eu procurar algum lugar pra descansar ali, mesmo com o desconforto de estar morto-vivo, ou melhor, zumbi.

Resolvi ir tomar um banho, queria que fosse demorado, mas a fome acabou não deixado isso acontecer. Havíamos combinado que iríamos em busca de uma padaria pela cidade para tomar café, e assim fomos.

No começo da caminhada: eu, Fernando, Clécio, Adriano e Luan

Percorremos toda essa avenida

Andamos demais. Lembro que as minhas panturrilhas estavam em desgraça. Não sei o que houve, eu nem tinha andado tanto na noite anterior, mas quando acordei, não estava aguentando ficar de pé. O Fernando se queixou também por isso, o que me deixou mais tranquilo. Não sei porquê se deu isso, se foi pelo fato de termos andado e não dormido, sei lá... Isso influencia? Vai saber, né?

Decidimos parar e procurar um supermercado, comércio ou algo do tipo. Encontramos um, só que não vendia muita coisa. Mesmo muito cedo, já tinha gente bebendo e fumando por lá. Um senhor que por lá estava nos informou que mais na frente tinha um supermercado onde poderíamos tomar café. E então fomos em direção.

No caminho, um carro de som passava e bem na hora que comentei com quem estava ao meu lado que ele poderia falar com a gente, ele falou. Nos cumprimentou usando o termo "rapaziada" e afirmou que estávamos no "Arraiá" do Sesi. Foi engraçado essa hora, fiquei besta.

Enfim, encontramos o tal supermercado. Ao fundo, havia pães, bolinhos de queijo, frios e outras coisas que todo supermercado tem. Fui logo até o freezer e agarrei um achocolatado. Já tinha bastante biscoito no Sesi me esperando, mas a minha vontade de comer não poderia sair dali. Com a caixinha de achocolatado na mão, morrendo de vontade de abrí-la, fui logo atrás de algo salgado, poderia ser algum salgado, mas não tinha. Vi uns bolinhos redondos de queijo e pedi para a atendente pegar logo dois pra mim. Sem cerimônia, fui ao caixa, paguei, e fui para esquina do supermercado sentar na calçada e começar a comer. Devorei ali mesmo, na companhia de Gabriel.

Voltamos ao Sesi, e após outro banho pra ver se melhorava do sono, cai na piscina. O sol resolveu não dar o ar da graça e depois que entrei na piscina, só poderia sair quando realmente não quisesse mais estar lá. Se fosse sair pra ficar na beirada batendo papo com alguém, morreria de frio.


Como só era a gente ali, nem hesitei em tirar o calção e banhar só de cueca. Já é a segunda vez que faço isso, já está na hora de comprar uma sunga, né, Anderson Funnie? - rs.

Nem fiquei muito tempo de molho lá, conversei um pouco com a Fabrícia lá dentro, mas resolvi sair um pouco antes do sol aparecer e começar a esquentar, a ficar com aquele clima que eu gosto quando estou dentro da água.

Como as meninas, Larissa E. e Gabi, estavam descansando debaixo de uma árvore, curtindo o vento frio da manhã com os olhos fechado, resolvi usar o auto time do meu celular pra tirar minhas fotos em alguns pontos dali. E assim comecei.

"A cara da riqueza!" - gritou Fabrícia da piscina

Antes de disparar a foto, Fabrícia aparece ao sair da piscina correndo

Piscina ao fundo

Quadra de madeira do Sesi

Nas arquibancadas

Ah, antes que eu esqueça, durante essas fotos, um gatinho sempre nos seguia. Eu já tinha dado fé dele logo na primeira foto em que tirei, a que estou nas escadas, acima. Enquanto meu celular estava no chão, com o auto time ligado e eu estava posicionado para quando disparasse, esse gatinho ia em direção ao celular saber o que era, tentar cheirar ou quem sabe comer - rs.

Após sair da quadra, com ele nos seguindo, posicionei a câmera do celular bem na frente dele e tirei a foto abaixo bem no momento em que ele estava vindo na direção do celular, estranhando o aparelho.


Talvez esse gatinho estava carente, perdido ou em busca de seu dono. Não poderia tirá-lo de lá e mesmo assim minutos depois o perdi de vista. Ainda falando em gato, ele já está no tumblr novo da @quinhadepipoca, se quiser vê-lo no catgram, é só clicar aqui.

A Fabrícia acabou caindo na piscina novamente, e ficou lá nadando com o Fernando. Enquanto isso, conversei um pouco com o Clécio, enquanto os meus pés estavam mergulhados dentro da água.


Fui ao banheiro tomar meu terceiro banho do dia e depois me troquei.

Muitos idosos que participavam de danças estavam lá, sentados, aguardando não sei quem. Quando ainda estava no banheiro, me vestindo, escutei músicas de boi, aquelas de bumba-meu-boi, sabe? E fui, curioso, ver como estava por lá.

Os idosos estavam sendo ensaiados. Era muito divertido vê-los ali, dançando. Sei lá, essas coisas eu não sei descrever direito, mas deu tipo uma emoção, vontade de chorar ao ver que eles estavam ali, depois de muito tempo, dançando, se divertindo e gritando.

Fabrícia participando um pouco do ensaio

Em especial, gostei de uma senhora que estava dançando de uma forma tão diferente, humilde, se posso usar essa palavra. Eu só a observava, via o quanto ela rodava, tímida, porém feliz. As mãos batendo palmas fora do ritmo, um pé na frente do outro, foi incrível ver essa cena. Imaginei que um dia ela foi como nós, jovem, que aproveitou e certamente tem muita história pra contar. Queria ter tirado uma foto só dela ali, mas não tive coragem. Discretamente, ela aparece na foto abaixo, quando a Gabi aparece participando um pouquinho do ensaio também.

Após a Gabi, a senhora de saia azul escuro, com a mão no rosto

Como disse, ver aquilo tudo foi incrível, mas acabou. Um senhor estava conversando com o Luan e só lembro dele dizendo ao se despedir: "Seja feliz!". Eu sempre gostei de escutar essa frase e para mim, vindo de uma pessoa vivida é essencial. O ensaio acabou e todos foram embora... A senhora a qual falei, se despediu das demais com um sorriso empolgado, que poderia transmitir a ansiedade para o próximo ensaio.

Tudo voltou a ficar em silêncio, e ali mesmo onde estava, deitei, fechei o olhos, enquanto curtia Coldplay.


Quase 12h30, já com as mochilas arrumadas e sala limpa e organizada, olhamos com ar de despedida para tudo que estava ali e saímos, após a foto de despedida do Sesi:


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