domingo, 26 de dezembro de 2010

NATAL ϟ

Em minha opinião, o Natal só é um dia em que todos os corações amolecem e a falsidade prevalece. Por que digo isso? Porque acho que todos se dão bem, esquecem alguma mágoa, mas depois que se passa tudo, volta ao “normal”. Queria eu poder estar feliz não só no natal, mas em todos os dias de minha vida.

O meu natal não foi lá essas coisonas, até porque não estava um pingo animado na véspera (é só olhar a postagem anterior). Eu, definitivamente, não tenho espírito natalino, nem aquele ânimo que todas as pessoas têm. Ah, sabe o que eu acho, que as pessoas aguardam tanto essa data – ou feriado, como queira – por puro interesse de ganhar presente, duvido se eles se lembram do “menino Jesus”. Confesso que não sou tão adepto a minha religião, não frequento a igreja, mas, nesse exato momento, lembrei que o Jesus nasceu nesse dia.

Já sobre ganhar presente, também sou interesseiro como qualquer outro ser vivo, mas não esperei essa data só pra isso. Enquanto os meus dois irmãos menores ganharam presente tanto para eles mesmos quanto para darem às suas namoradas, enquanto pessoas se juntam e fazem amigo oculto para darem presente bom e receber presente ruim (ou vice-versa), eu fiquei na merda. Não ganhei absolutamente na-da. Joguei algumas indiretas para minha mãe do que queria, mas... Acabei, aliás, ganhando cinco reais da minha avó. O que fazer com esses míseros cinco reais? Crédito no meu celular, filhinho. ¬¬

Passei toda a véspera triste, ainda mais sabendo que o Dalton não viria para cá. Como nos natais passados sempre estava com a família dele, nesse não me restou nenhuma opção a não ser ficar em casa mesmo. Mas calma, sempre depois da tristeza vem a alegria, e tudo mudou: o Dalton havia chegado de surpresa e eu peguei a gatinha linda novamente mais tarde.

Faltando poucos minutos para o natal chegar, o Dalton foi me buscar, já que tínhamos combinado de ele fazer isso pra eu não perder a ceia, que foi na casa de uns parentes deles, no mesmo lugar onde passei a virada desse ano. Na ceia tinha bastante comida, fiquei com muita vergonha, pois me entregaram uma bacia enorme pra eu colocar minha comida, pois os pratos infelizmente já tinham acabado, de tanta gente que estava lá. Depois de “matar a broca”, aproveitei a carona do pai do Dalton e ficamos até mais tarde conversando na calçada da casa dele.

Não sei como vai ser a virada de ano, mas queria que fosse melhor do que a última, aliás, bem melhor. Que não tenha chuva, que tenha comida e, o principal, que eu esteja feliz. Nesse ano que está nascendo, pretendo pôr um dos meus sonhos em prática, estou muito empolgado para que ele se realize. Aguarde! FILME "PALANTIR"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NA VÉSPERA DO NATAL...

Passando pra desejar Feliz Natal à todos os anônimos que lêem esse meu 'diário'. Espero que todos fiquem bem e consigam continuar com esse espírito natalino - pois o meu não existe mais.

Depois preparo uma postagem de como foi a minha véspera.

Abraço

sábado, 18 de dezembro de 2010

...

Estive em Teresina. Eu não estava de plano para ir, até que o pai do Dalton resolveu bancar a minha passagem – ok, lógico que eu estava por dentro de tudo e o próprio Dalton me ajudou bastante.

Pensei que seria mais uma semana ruim, que eu ficaria de cara pra cima, já que, por ser o ultimo período, a Dalila estaria muito mais ocupada. O Dalton até eu entendia, ele trabalha a semana toda e não tinha tempo para me dar tanta atenção. Mas não, foi superdivertido, embora não tivesse conseguido o meu propósito. Eu tinha duas, mas não tinha nenhuma.

Juro que enquanto estava lá, não sentia nem um pingo de saudades de Coelho Neto, ainda mais depois que fui ao shopping e de ter visto um desfile de modas próximo da casa, tal de “ecomodas”. Eu nunca tinha assistido a um desfile e adorei. Cada modelo mais linda do que a outra, sem falar nas roupas exóticas, diferentes e esquisitas – rs. A cada modelo que entrava, a Dalila comentava de alguns vestidos, dizia “adorei”, “a sandália dela tá linda”, coisas de mulher, sabe? Apareceu lá um ator global, um tal de Carlos Machado que pelo nome eu nunca ia saber que era ele. Não só ele estava lá, mas um tal de Kleber num-sei-das-quantas e a Fiorella Mattheis, que eu não os vi.

O desfile foi encerrado após o começo de uma chuva. O tempo já estava fechando e pegando aquele pouquinho de começo de chuva, junto de outra que tinha pegado dias antes quando estava indo e vindo do shopping, resultou em uma gripe tremenda. Eu não estava tossindo seco, mas não parava de espirar e a minha garganta estava uma desgracinha, mal conseguia engolir a saliva. Como a mãe do Dalton estava por lá, ela cuidou de mim, me deu uns comprimidos que ligeirinho, em poucos dias, fiquei melhor.

Voltei pra cá no final de semana passado, pensei que ficaria bem como meus amigos que pelo MSN demostravam saudade. Mas não, a rejeição começou novamente. Eu praticamente fiquei me humilhando, mandando mensagem pra todos, dizendo que eu já tinha chegado, mas só o grilo que eu ouvia... Ainda bem que não tenho só eles, e os dias que se passaram, passei com outros amigos.

Fui então procurar outras coisas. Acabei ficando com uma gatinha linda. Ela, embora ela sendo mais nova do que eu, adorei. O beijo foi bom demais, o cheiro do pescoço, o abraço, a bunda - rs. Fiquei impressionado, pois geralmente essas meninas mais novas são tímidas, e nunca tomam a iniciativa – se bem que dessa vez eu mesmo que tive que tomar, já que sou homem e estava interessado. Mesmo assim, estou com medo, não quero me apegar, ainda mais porque eu sei que ela já estava gostando muito de mim. Não vou sustentar isso, e sei que vou conseguir. Estou com mais medo de eu gostar dela do que ela de mim, pois, como sempre, sou eu que sempre levo o tapa na cara. Não seria nada bom levar o tapa de uma garotinha, né?

Na quinta-feira, o Thalys me ligou à noite. Juro, estranhei a ligação, mas atendi – mesmo não querendo. Ele estava com um papo meio esquisito, preocupado, sei lá. Então, percebi que tinha a ver sobre o “grupo da rejeição”. Então, ele marcou de me encontrar no dia seguinte, e lá fui eu. Conversamos, então, sobre o que estava acontecendo. O diálogo que tivemos foi bacana, eu sei que ele queria me ajudar, mas também desabei. Não sei se foi da própria consciência dele, ou a mando de outra pessoa, mas, dizendo ele que vai resolver o meu problema. Espero.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

SINAL DE VIDA

Desde o dia que cancelei a internet em casa, nem tive mais gosto para atualizar aqui. Senti preguiça, fiquei indisposto e também não me apareciam fatos para arquivar. No entanto, direi aqui o que se passou nesses dias em que estive distante.

Nos primeiros dias após o cancelamento da internet, nem liguei mais para o meu Beetsbook, não tive mais ânimo para iniciá-lo e explorá-lo, como havia falado. Ficou totalmente sem graça abrir o navegador de internet e ler “Esta página da web não está disponível.”. Ele ficou totalmente inútil para mim. Instalei um jogo que há tempos não jogava. Tentei passar das fases, mas acabei, dias depois, desinstalando ele.

Após a perda do trabalho, minha vida ficou a pior. Eu fiquei totalmente na fossa, não tinha como não sair dela. Eu sentia falta do trabalho, da rotina, dos meus amigos, da internet e da minha fase de independência. Confiei bastante em mim e sei que o fato de terem me tirado o emprego não foi por culpa minha. Enfim, não vou nem comentar mais sobre esse assunto, pois já me sobe uma raiva tão grande... Ia em busca de diversão, ia na casa de uma amiga, tentava sair à noite e sair da solidão, mas sabe quando estamos em grupo e ao mesmo tempo estamos só, pois é!

Por um período, fui rejeitado. Nunca tinha acontecido isso comigo, mas tive de encarar tamanha decepção. Não sei se realmente fui o errado, mas precisava fazer isso? Eu sei que não sou santo, que também falo de algumas pessoas, algumas besteiras, mas foi preciso todos se rebelar contra mim? Foram dias tristes, mas continuei me massacrando. Não criando vergonha na cara, acabei sofrendo, desabafando e chorando pelos cantos. Embora não pareça, eu também tenho sentimento. Com essa distância, percebi quem realmente são meus amigos e até ganhei amigos que nem imaginava que se importavam comigo. O pior que toda essa revolta chegou ao momento em que eu estava mais carente, aumentando mais o meu sofrimento.

Tentei esquecer esse fato e coloquei na minha cabeça que tinha de estudar. Queria mesmo era conseguir alguma coisa, seja ela estudo ou trabalho. E então percebi que a prova do ENEM estava chegando. Se não fosse um empurrãozinho da Nayenne, nem teria me importado tanto. Ela me ligou e perguntou se eu queria estudar com ela, pois ela não só faria o ENEM, e tinha que estudar desde já. Combinamos o estudo para o dia seguinte e, empolgado, fui a casa dela. Estudamos português e tentamos nos virar respondendo as questões. Na verdade eu pensei que não iríamos estudar, mas o interesse veio de nós dois. Ela até me levou ao pré-vestibular dela. Assisti somente a uma aula de física. Foi legal aquele clima de sala de aula.

A prova do ENEM, então, chegou e veio à tensão – principalmente por querer saber o
tema da redação. O tema foi legal, mas não garanto que a minha redação ficou tão legal assim. As provas em si foram boas, principalmente a de português. Só vacilei nas questões das matérias estrangeiras, pois, quando fui passar para o gabarito, marquei a matéria que eu não havia escolhido: inglês. A minha sorte foi que algumas das questões coincidiram com as respostas de espanhol.

Viajei pra Teresina no dia seguinte, queria esquecer pelo menos um pouco o que estava acontecendo aqui. Peguei o ônibus no final da tarde e me mandei com o Jordan para lá. A viagem foi tranquila, graças a Deus. Conversei muito com o Jordan e o tempo acabou passando rapidinho. Eu tinha planos lá. Queria sair, me divertir, curtir meus melhores amigos, mas não foi tão bom quanto eu pensava. Não fui ao shopping, não me diverti o tanto que pensava que iria me divertir, mas, enfim, fez com que eu esquecesse um pouco a minha vida de vagabundo. Acabei ficando uma semana por lá, e os melhores momentos foram as conversas na madrugada e, no penúltimo dia, o que eu e o Jordan aprontamos. Segredo!

Ao voltar para minha cidade, a alegria foi compensada. Consegui estar mais próximo de amigos e acabamos formando o “Clube do Bolinha”. Sempre conversava com meus amigos, mas sempre tinha uma menina no meio. Dessa vez foi diferente. Juntos, podíamos falar o que viesse à tona, sem algum tipo de receio, de ser grosso ou mal educado para o outro. Sem nenhuma válvula de incentivo, ríamos, brincávamos e curtíamos o momento. Foram poucos dias que passaram tão rápidos, mas que acabei ficando apegado. Está como se fôssemos quatro melhores amigos. Eu continuo nessa, mesmo individualmente. Fico feliz por isso. Obrigado!

Foto do dia 15, segunda-feira, à tarde, banhando na chuva. Clube do Bolinha: @andersonfunnie, @thalys_ribeiro, Vitor Crateús e @Patriccn

Obs: Hoje é o aniversário do Patric. Parabééns, gobilla!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SEM INTERNET

Para todos aqueles que cansaram de me ver online no MSN e em outros lugares, não vão mais me ver - pelo menos com tanta frequência . Não vou mais estar tão presente com todos, com as pessoas virtuais que eu realmente amo, em especial Sabrina Lima. Estava muito acostumado a chegar e pedir conversa de áudio com ela; de estar almoçando e ao mesmo tempo falando. Posso dizer que fiquei muito mais próximo e íntimo não só dela, como de várias outras pessoas. Desculpa, Monique, mas vou te deixar em paz. Saiba que você, durante todo esse pouco tempo, me fez bem, me animou bastante. Eu te amo e vou continuar te amando.

Obs.: Vou ficar mais ausente, mas não abandonarei aqui.

Beijo ;*

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DESEMPREGADO

Se lembram da última postagem que eu disse que estava muito triste, que eu havia recebido uma notícia mais triste ainda? Se não lembram, clique aqui! Como passou todos esses dias e, também, como havia prometido, vou dizer o que houve.

Eu até que estava animado naquela quinta-feira. Acordei muito cedo pra pegar o ônibus, já que tinha acontecido um probleminha com o carro do pai e ele estava na oficina. Eu nunca tinha me acostumado a acordar sempre às 6h, pois, mesmo que acordasse, esperava, ainda na cama, a boa vontade de o pai tomar banho e ir se arrumar, para depois ser eu. Ficava mais animado por ver que tinha uma “coisinha” lá, na parada de ônibus, que me deixava feliz, mesmo não conversando e nunca tendo a visto antes.

Cheguei ao trabalho disposto, até então. Procurei antecipar tudo enquanto estava sozinho e me livrar de bagunças e aperreios. Nisso, fiquei atualizando algumas pastas, algumas planilhas, organizando a minha mesa até quando o Seu Nelson chegou. Fiquei conversando com o ele enquanto seguíamos a labuta de sempre.

Quando deu um pouco mais de 9h30, um dos meus patrões chegou. Ele tinha trago um cabinho que faltava encaixar no modem para colocar internet. Nisso, tentando arrumar a internet, ele se lembrou de pegar um documento que estava dentro de seu carro: a minha carteira de trabalho. Ele me entregou e pediu para que eu assinasse um “recibo”, digamos assim. Assinei e ele deu continuidade ao que estava fazendo no computador ao lado.

Conversamos mais até que vi que ele estava muito preocupado com o Seu Nelson, pois me perguntava – e perguntava pra ele também – se estávamos dando conta do trabalho, se eu estava ensinando o que sabia e se ele estava pegando as manhas. Depois dessas poucas frases, ele disse que queria ficar sabendo disso, porque eu só ficaria trabalhando até o dia 15 (no caso, hoje). Ele disse isso de um jeito tão normal, simples, que, quando escutei, pensei que não fosse comigo. Ele, então, olhou nos meus olhos, acho que para estar seguro da minha reação. Ao cair à ficha, esfriei. O meu coração bateu em disparada, comecei a me tremer, a sentir os meus olhos lacrimejarem e... comecei a dizer adeus às coisas futuras que eu já tinha planejado com o dinheiro.

Não chorei na hora, mas quando estive sozinho, discretamente, lamentei por mim mesmo. Me senti inútil, um figurante em meio a uma empresa, mas a vida é assim, não podemos fazer nada, pois ainda somos dependentes enquanto mandam na gente.

Pensei no meu celular, na minha internet, na estreia do filme da Bruna, nas minhas roupas e, principalmente, em aguentar a ser chamado de “vagabundo” novamente. Agora o que vai ser de mim? Casa, rua, rua, casa? É muito chato se acostumar com uma coisa e nunca imaginar que ela não vai ser para sempre.

Na sexta-feira, andei conversando com o Seu Nelson a respeito do trabalho. Ele me contou mais uma de suas histórias que definitivamente me convenceu; que me trouxe um moral. Realmente, nunca vou me esquecer dessa história do homem que vivia preso a sua vaquinha e não tinha tempo para outras coisas, apesar de essa vaquinha lhe proporcionar seu sustento. O homem, nesse caso sou eu; e a vaquinha, o meu emprego. Pude refletir sobre isso, mas iria mentir se ainda não dissesse que continuo inseguro em outros lares.

Várias pessoas próximas me perguntaram o motivo da minha saída, mas realmente não sei ao certo. Estou tentando encaixar o quebra-cabeça, aliás, até acho que já encaixei, mas procuro não confirmar o tal fato.

Hoje, acordei feliz, fui pegar o ônibus bem cedo e aproveitar meu ultimo dia de rotina. Tudo que eu via, me despedia. Entrava no ônibus e imaginava que na próxima semana, não estraria mais entre aqueles bancos. Olhava as pessoas pelas quais eu ia com a cara, tinha vontade me entrosar, e fazia brotar uma raiva, pois não aproveitei o tempo para me aproximar. Olhava pela janela o cenário quando passava pela ponte e imaginava que não iria mais ver a coreografia dos pássaros no ar...

Enfim, agradeço à Deus, claro, pois não tenho do que reclamar. Realizei o meu sonho de ter um notebook em breve sem internet e a lidar com meu próprio dinheiro. Acredito que eu não tenha feito besteira com a minha grana, mas poderia investir mais. Lamento bastante por não conseguir comprar o que eu estava esperando há bastante tempo, assim que terminasse de pagar o notebook: o meu celular, mas a vida segue...

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O dia se completou com mais uma notícia triste logo cedo, mas que não irei comentar por aqui o que é. Vou registar no meu diário real. Estou muito triste, com o coração apertado, já até chorei, mas, como disse, a vida segue.


And it rips through the silence of our camp at night

And it rips through the night
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide

terça-feira, 12 de outubro de 2010

EU JÁ FUI mais CRIANÇA

Uma imagem vale mais do que mil palavras, certo? Pois nesse dia tão especial para todas as crianças - e por que não para mim também?! -, eu deixo vocês tirarem as suas conclusões:

Eu, meus irmãos Dayson e Alysson

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

NOTÍCIA TRISTE

Hoje recebi a PIOR notícia dos últimos dias. Eu triste, muito triste mesmo, até porque não esperava por isso.

Ao levar a “facada”, o meu coração embrulhou, comecei a me tremer, senti meus olhos lacrimejarem, mas tentei não me entregar a esses sintomas. Tentei manter o meu psicológico o quanto normal que podia, pois, definitivamente, o meu coração estava duelando com a minha cabeça. É uma briga pelo qual quem mais sofre sou eu. Não sabia se eu ficava do lado da minha cabeça ou do meu coração. Mas, pelo orgulho, e por não querer demonstrar a tristeza que o impacto me causou, procurei ficar o mais normal possível.

Não irei dizer ainda a causa disso tudo – até porque não estou a fim de lembrar e me tortura ao digitar o porquê disso aqui. Prometo que ainda nesse mês contarei tudo... Por enquanto, vou tentar manter segredo! :-#

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

?

Deixei essa postagem com um ponto de interrogação no título justamente por eu não saber, de fato, o que estou sentindo, se é paixão ou se é ilusão. Há tempos estou desse jeito, ligado nessa duvida, nessa interrogação.

A minha carência aumenta a cada dia, mas tento lidar e me conter com isso. Vivo com inveja dos casais, das pessoas se abraçando e, por muitas vezes, procuro não ficar comentando isso com meus amigos mais próximos, pois percebi que eles estão cansados de ouvir as minhas ladainhas de sempre. Sinto que quando começo a falar de mim, por quem eu estou apaixonado, eles não ficam com a mesma cara de antes. É como se isso já estivesse batido, saturado e que não seria mais novidade pra ninguém o fato de eu estar sozinho.

Às vezes penso que sou chato, que vivo batendo na mesma tecla e que isso incomoda alguns. Não precisa falar, eu já percebo isso. Não que eu queira que as pessoas sempre lamentem por mim, que sintam peninha, mas queria que me ajudassem, me dissessem coisas boas, me motivassem que a vida não é só isso, mas...

Me toquei agora que sou feliz, embora não tenha quem eu quero só pra mim. Me contento com a amizade, por simplesmente existir alguém que eu possa amar gostar. Mas é chato você vê a menina que sempre quis com outro cara, vê ela com amizades que não são as suas, vê uma “cultura”, digamos assim, totalmente diferente. Mesmo ela estando presente, está ausente, entendeu?

Sei que um dia vou perdê-la, como de todas que eu me apaixono. Estou me preparando, tentando aproveitar ao máximo todos os minutos, enquanto ainda estamos próximos. Não posso fazer nada, não quero declarar o meu amor, até porque seria muito difícil fazer isso. Choro às vezes por achar isso impossível, mas me animo quando lembro que o impossível, para mim, há um tempo, já aconteceu, que foi ter conquistado a amizade dela.

AH, quer saber de coisa? É melhor deixar como está mesmo, eu ficando no meu canto e ela ficando no canto dela. Isso evitaria eu me apegar muito, de querer ficar no pé e sentir, mesmo não demostrando, ciúmes. Isso me livra de sofrer mais ainda, pois uma coisa é você sofrer não estando comprometido, que é melhor; outra coisa é sofrer estando com alguém, que parece que duplica o sofrimento por conta dos sentimentos estarem mais certos.

Estou interpretando tudo mal. Ela faz uma coisa e eu acho que é pra mim. Se ela rir de um jeito, eu penso que ela está se insinuando, se ela olha de um jeito, eu já penso que ela está pedindo alguma coisa, quando na verdade isso já faz parte do jeito dela.

Mas mesmo assim, estou triste demais nesses últimos dias.

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

ELEIÇÕES

Estou morto neste exato momento. O dia foi puxado.

Ontem tivemos uma reunião com o Filho do deputado Bacelar, o Bacelar Filho. Eu saí de casa para encontrar o povo, mas acabei sabendo que haveria essa reunião. Eu não sabia o porquê e pra que essa reunião, mas fui lá para colaborar.

Estávamos procurando um lugar para a reunião e para fazermos uma boquinha. Na verdade eu estava pobrinho, mas como amigo é pra essas horas, o Pontinho (Dalton) ia me ajudar.

Sem muito sucesso, ao chegar à Padaria Moderna, sentamos e nos acomodamos. Eu estava observando quando o Fernando estava me dizendo, de longe, algo que eu não entendia. Eu sempre com aquele ponto de interrogação, mesmo ele dizendo umas mil vezes, me toquei após ter feito a leitura labial “encerrou”. Isso mesmo, no momento em que entramos, eles já estávamos fechando. Discretamente, saímos e seguimos para outro lugar.

O Vitor estava louco, estava do mesmo jeito quando fazíamos o terceiro ano , ficávamos loucos a procura de dinheiro pra nossa formatura. Nisso, ele gritava, reclamava e acabava se esquecendo de pensar. Ele dizia que naquele momento não tinha nenhum lugar aberto, mas eu me lembrei de um, o Point da Pizza. Então, subimos as escadas, arrumamos as mesas e esperamos o Filho chegar.

Estávamos com a intensão de pagarmos as nossas pizzas, mas como o Filho chegou, se manifestou e quis pagar. Então, tá, né? E olha que era muitas bocas na mesa. Ele, após ter feito o pedido, começou o seu discurso e a pedir, não diretamente, os votos para o seu pai. Nisso, conversa vai, conversa vem, as pizzas chegam. Fomos servidos e todos, calados, comemos tranquilos.

Após todos terem terminado, sobrou uma fatia. Fiquei querendo muito devorar ela, não porque estava com fome, mas por eu gostar muito de pizza, mas por educação, esperei não aceitarem ou perguntarem quem queria. Logo, o Filho olhou para todos e perguntou quem queria. Todos “satisfeitos” (entre aspas mesmo, pois quando veio a segunda rodada todo mundo devorou) viraram-se a mim. Todos arregalaram os olhos para cima de mim e falaram, quase em coro o meu nome. Nossa, que mico. Eu fiquei com muita vergonha, mas mesmo assim não dispensei a pizza.

Na segunda rodada, aconteceu a mesma coisa, mas dessa vez eu que pedi para pegarem e não esperei que me oferecessem. Ele foi ao banheiro e eu aproveitei a tal “pizza picante”, que na verdade de picante só tinha o nome mesmo.

A reunião demorou acho que mais de uma hora e foi muito proveitosa.

Hoje, pela tarde, fui fazer meu papel de cidadão, mesmo não gostando. Eu nunca fui fã de política, mas confesso que a urna eletrônica é atraente.

Ao chegar à escola e à minha seção, demorei um pouquinho pra votar. Por quê? Vou contar agora: Na minha frente, estava um senhor, ele não era um velhinho, mas sentia que ele não era muito entendido, isso é se vocês estão me entendendo. Ele entregou seus documentos, fez tudo certinho e foi em direção à urna. Mas quando ele chegou lá, cadê o barulhinho de quando é pressionada a tecla confirma? Ele, sem saber o que fazer, olhou para uma menina que trabalhava na porta da sala e pediu para que ela o ajudasse, mas ela disse que não poderia. Ele, então, foi à mesa onde verificavam os seus documentos e disse: “Ei, é que eu queria só votar em presidente”. E a mulher, espantada, já porque ele não conseguia sair do local, disse: “Não, seu José, seria bom se você votasse em todos. Você não trouxe a colinha não?”. E ele: “Trouxe, mas é que eu esqueci os meus óculos em casa e eu estou vendo tudo embaçado!”. A mulher ficou aperreada demais, com uma cara de “o que eu posso fazer?”. Ela perguntou se ele morava na cidade mesmo e se ele tinha vindo com alguém, alguma criança que pudesse o ajudar. Ele respondeu que não. No silêncio, vendo a cara de preocupado de todos, inclusive da mulher que conversava com ele, veio um anjo de Deus que emprestou uns óculos pra ele. Com isso, em disparada, o senhor votou tudo certinho. Depois disso, vi a cara de alivio em todos que estavam preocupados e sorrimos uns para os outros.

Depois dele fui eu e deu tudo certinho. Mas nem foi tão excitante como da primeira vez. Foi uma votação sem que o meu coração estivesse pulando, eu estivesse tremendo, foi uma coisa supernormal e rápida.

Hoje à noite saí com a turma, fui lanchar com todos e foi um pouco divertido. Eu acabei, em vez de ficar alegre, ficando triste. Sem paciência de conversar, saí de pressa pra casa. Não vou contar o porquê, mas meu coração está confuso, sofrendo e esperando que um dia algo aconteça.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

NO CORREIO

Pela manhã, depois de acordar um pouco tarde, umas 7h e pouquinho, fiquei esperando o pai vir me buscar para irmos ao trabalho juntos. Fiquei fazendo hora, liguei o Beets pra ver se passava o tempo, e com mais demora, decidi ir à padaria e depois tomar meu café.

Já ciente de que ele não iria me buscar, decidi ir ao correio, pois já faz muitos dias que o meu chefe pediu pra eu abrir uma conta no banco, para depositar a minha grana. Então, aproveitando esse tempinho livre, peguei as cópias dos documentos, a grana para pagar e me mandei pra lá.

Na rua, fiquei observando a frente do correio de longe, queria ver se tinha muita moto e muita bicicleta na calçada, caso tivesse, acho que não teria possibilidade de eu esperar, pois só tinha o ônibus de 9h pra eu pegar e ir ao trabalho.

Ao chegar à calçada, umas 8h15, pensei em nem entrar, mas vi que tinha pouca gente e que achava que daria tempo pra eu abrir a conta e sair feliz – rs. Sentei em uma das cadeiras de espera e aguardei ser chamado. Enquanto a demora ao atender as pessoas rolava, eu ficava batendo o pé e observando tudo o que se passava ao meu redor. Além disso, não parava de olhar para o meu celular, de olhar a hora, pois o tempo estipulado para a minha saída, tendo feito a conta ou não, era 9h, ou minutos antes disso.

Como fiquei calado enquanto todos conversavam, fiquei observando, entre muitas pessoas, um cara que estava conversando com um funcionário de lá. Eu já havia visto esse cara muitas vezes, ele mora no mesmo bairro onde eu trabalho, aqui em Pimenteiras (o bairro que pode ser confundido com uma cidade, pois é um pouco distante da cidade). Ele é evangélico - pude perceber nas inúmeras camisas que ele usa da igreja –, tímido e com jeito de ser nerd. Além disso, ele é simples e sempre anda com sacolas em mãos, muitas vezes com carnes e legumes.

Enfim, ele perguntou ao funcionário se já tinha chegado uma carta pra ele. Deu o nome e endereço e o funcionário foi procurar. O funcionário chegou com a carta e o entregou. Não satisfeito, esse cara disse que havia perguntado para outro funcionário, que inclusive estava do lado, se tinha chegado essa mesma carta e ele havia dito que não. E foi aí que começou a confusão. Ele começou a mostrar, diante de todos que estavam esperando ser atendido, o que ele realmente é. A imagem de bonzinho, de tímido saiu naquele momento pra mim. Fiquei impressionado, ele se alterou como se fosse outra pessoa. Os dois discutiam ironicamente até que ele foi embora.

Já quebrei a cara muitas vezes nessa vida e, pelo visto, continuo quebrando. Eu sei que esse cara estava certo, pois se fosse eu, faria do mesmo jeito sairia murcho e nem iria atrás de fazer discussão - rs. Odeio ser besta!

Depois disso, fiquei pulando de cadeira em cadeira na medida em que o povo ia sendo atendido. Eu sei que é o certo, mas eu ficava com muita raiva quando mães chegavam com crianças no colo. Achava que pegavam a criancinha da vizinha para ser atendida mais rápida, atrasando mais a minha vida. Estou falando isso porque sei de amigas que já fizeram isso para serem atendidas com mais rapidez.

Uma dessas mães chegou com uma cara ruim, mal humorada, com dois filhos: um que estava no colo dela, cuja cabeça estava ferida, vermelha, sabe lá o que tinha acontecido com ele, e uma menininha, um pouco maior que o irmão e muito tímida, daquelas que só olham para o chão.

A mãe começou a reclamar com o menorzinho, falando que ele tirava a paciência dela. Daqui a pouco, acho que impaciente por ter outra mãe com um filho no colo na sua frente, começou a procurar algo que a irritasse. Eu estava sentado, bem ao lado dela, quando, ao olhar, vi um tapa seguro na boca da menininha. Nossa! Quando disse um tapa, foi um tapa de verdade, daqueles que estrala e que só se dá em cara de adulto. Fiquei procurando saber o motivo de a mãe ter feito aquilo com a pobre criança, mas não soube.

Depois que a mulher que estava na sua frente saiu, ela começou a dizer o que queria para o funcionário, que disse que não podia ajudá-la, já que ela não tinha levado os documentos necessários. Ela ficou enrolando e a criancinha que estava no seu colo, acabou sendo o saco de pancadas. Só porque o garotinho tinha tirado a chinela do seu pé, ela virou o diabo. Colocou a criança no chão, segurando só em um braço, jogou a chinela no chão e começou a arrastar a criança de um lado para o outro, tentando mirar o seu pé na chinelinha. Não conseguindo, ela largou a criança naquele chão sujo, e quando ele ia levantando, ela deu um tapa seguro na sua cabeça. Foi um tapa forte, posso dizer que mais forte do que ela deu na boca da menininha. A criança começou a “chorargritar” e isso fez com que ela ficasse com mais raiva ainda. Sabe aquele vermelho que tinha na cabeça da criança, agora eu já tinha explicação para aquilo.

Tudo bem, eu sei que não é todos os dias que nós acordamos bem humorados, pacientes, mas é preciso tratar mal uma criança daquele jeito? Fiquei besta com tal reação, com pena e com muita raiva dessa mulher, embora pudesse bater nela só pelo pensamento. O que me deixa com mais raiva ainda é o fato de ela ter batido nas crianças no meio de todos, sem vergonha e nem pudor. Falo isso porque já levei vários tapas, da minha mãe, na boca e na frente de todos.

Espero não tratar os meus filhos dessa maneira, até porque eu vou ser o pai e não um agressor. Desde sempre sei que bater não resolve nada, só faz piorar a situação. Eu sei que conversar também pode não dar muito jeito, mas isso não depende dos pais e, sim, dos filhos também. Isso depende da personalidade deles, do caráter, em especial. Falo isso por experiência própria. Quantas vezes eu num já apanhei dos meus pais, mais isso adiantou alguma coisa? Não! Estou do mesmo jeito, mas sabendo diferenciar o certo do errado.

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Depois do que ocorreu, fui para a parada de ônibus. Do outro lado da rua, tinha uma menina muito atraente para mim, que há tempos que a observo. A tenho em Orkut, mas nunca conversamos, infelizmente. Acho que ela nem curte muito internet e, pude perceber um dia desses, que um amigo nosso que atualiza as coisas pra ela. Enfim, ela ficou seguindo caminhando e me encarando. POHHA, fiquei impressionado comigo mesmo. Geralmente sou eu que tiro o olhar, mas fiquei demorando o tempo que deu. Fiquei mirando nos olhos dela e ela nos meus, até que ela não aguentou e me tirou a vista. Ôh lá em casa! – rs.

sábado, 25 de setembro de 2010

BRIGA DE POLÍTICA

Não gosto de política, mas achei interessante que vejam esse vídeo aqui. Foi uma pequena discussão em meio a todos, na praça. Não sei exatamente o que houve e nem quero saber; Confiram com seus próprios olhos e tirem suas conclusões.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INTRIGA

Quando pequeno, sempre tinha briga com os meus amigos. Eram brigas por motivos de apelidos (eu era muito invocado), até de besteiras que eu nem lembro agora. Eu sempre fui besta de me apegar a uma pessoa, me intrigar e depois querer voltar a se falar. Eu passava o tempo todinho querendo voltar ao normal, ficava adulando feito um abestado como se a amizade daquela pessoa realmente valesse a pena. Por conta disso, paguei até uns micos, o que me deixou mais envergonhado ainda.

No ensino fundamental eu continuava do mesmo jeito, só que quando me intrigava com alguém, não dava tanto continuava a dar o braço a torcer e sofria demais. Eu percebia que só precisava mais da pessoa quando eu estava intrigado, e isso foi um dos motivos do meu sofrimento psicológico. Além disso, a intriga me trazia lembranças boas, tudo de ruim que acontecia eu esquecia. Era como se a intriga viesse só pra fazer eu me tocar e perceber o quanto valia a pena ter um amigo.

Com o passar do tempo, fui amadurecendo e criando o meu caráter. Hoje, à respeito disso, mudei mais um pouquinho. Hoje em dia eu criei vergonha na minha cara. Se a pessoa chega, aponta o dedo na minha cara e diz “nunca mais fale comigo”, eu fico sendo obediente. Parece meio egoísta, mas num foi a pessoa que pediu isso? O que eu posso fazer se ela me proibiu de dar a minha palavra à ela!? Ela deu oportunidade pra eu me explicar?

Vou estar mentindo se eu disser que não sofro mais, ao contrário, sofro, sim. Mas eu procuro pensar no que a pessoa me fez, revejo a situação e procuro o culpado, mesmo podendo ser eu. A única coisa que eu queria era direito de explicação, pois pode ser que a pessoa, em determinada situação, pode ter interpretado mal, ou ter sido influenciada por outra pessoa. Infelizmente ainda existem pessoas que se importam com a vida alheia, que ficam felizes ao causar um inferno. Vivo pensando o que será que essa pessoa ganha com isso, hein!?

Enfim, estou falando isso porque estou passando por isso. Estou sofrendo bastante, ainda mais sabendo que é uma pessoa muito próxima, posso dizer que convivo todos os dias com ela. O clima está chato, tenso, mas por um lado está ótimo. Fica difícil de entender, né? Desculpa...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DESABAFO!

Queria desabafar total por aqui, mas o que acontece dentro de casa não é de sair se falando – muito menos divulgando em internet para qualquer um ler.

Pois bem, estou triste e muito decepcionado. Nunca imaginei que o que está acontecendo agora, poderia acontecer algum dia. Ainda mais por conta de besteira. Eu conheço todos da minha casa e sei muito bem como saber agrada-los e desagrada-los também. Confesso que me faço de coitadinho às vezes para conseguir alguma coisa. Quando essa coisa é besteira, pode demorar um pouquinho, mas eu consigo; mas quando a coisa é mais séria, digamos que mais cara, eu nunca consigo ganhar, só fico na vontade.

Desde que comecei a trabalhar, procurei administrar o meu dinheiro com cuidado, tão tal que quando recebo gasto tudo no mesmo dia, pois já tenho feito um controle de tudo que iria comprar, ou pagar, vendo no final o saldo, que muita das vezes acaba nem existindo.

Comprei o computador, coloquei internet, mas nunca imaginei que isso fosse causar um inferno na minha vida. Não sei se por inveja, infelicidade por ver o outro feliz, mas estou passando por isso desde que comprei. Estou feliz em poder estar realizando o meu sonho aos poucos, claro, mas nem todos estão assim como eu. Os finais de semanas dentro de casa estão sendo os piores, a minha paciência já está quase no limite, mas quando chega pra explodir, eu me controlo ou saiu de casa pra evitar de fazer besteira. Nesse ultimo dia, eu passei chorando, desabafando com um amigo e tentando-me calmar.

Algumas pessoas mais próximas já estão sabendo, não tive vergonha de contar, até porque pra quem eu contei, são as pessoas mais próximas, que posso contar sempre. Só de me lembrar disso já choro, mas vou ser orgulhoso, mas com limite.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CONSULTA COM O DELEGA

Agora à noite fiquei navegando por horas depois que cheguei do trabalho. Despreocupado, mas com os ouvidos ligados, ouvi da calçada a mãe falando alto, dizendo pra não sei quem que tinha um menino que queria muito o conhecer. Depois eu a ouvi falando o nome “Delega” e só assim fui me tocar que esse menino que queria muito conhecer ele era eu. Por quê? Porque há dias eu comentei com ela que queria muito ouvir o Delega falando, poder conversar com ele, embora sabendo da minha timidez besta.

Decidi então sair da frente do computador e ir lá por minha própria vontade. Eu estava afim de verdade de conhecer ele. Cheguei perto dele, olhei, a mãe começou a falar de mim e, como não sou mal educado, o cumprimentei. A mãe me deixou com vergonha dizendo que eu assistia ao filme dele direto e que ficava o imitando em casa todo tempo.

Fiquei prestando atenção no jeito que ele falava, ele é o mesmo do filme. Ri demais quando, sem querer, ele imitava algumas partes do filme. Ele começou a contar um pouco da vida dele, de onde vinha, o que estava fazendo e o que iria fazer. Depois ele ficou emendando os papos e começou a falar de mim, mas sem eu saber. Só após ele ter apontado pra mim e ter me perguntado algo que fui perceber. Fiquei então vidrado no que ele falava.

Ele me contou como eu era – mesmo sem me conhecer. Falou que eu era nervoso, e outras coisas que, não sei se foi coincidência, bateu direitinho comigo. Falou também o que me deixou intrigado: disse que a minha vida está embaraçada e que vai ser muito difícil de desembaraçar; falou que eu tenho um problema muito sério e que não era difícil de encarar. Um problema com a “minha namorada”, que a mãe dela aceita o nosso namoro, mas o pai dele não. Mas como, se eu nem tenho namorada!? Nesse momento a mãe olhou pra mim e me perguntou se o que ele estava falando era verdade, mas eu não confirmei nada.

Ele mudou de assunto, mas depois voltou a falar de mim, me olhando. Disse que naquele momento eu estava pensando se acreditava ou não no que ele estava falando. VERDADE! Fiquei impressionado na capacidade de ele ter conseguido ler os meus pensamentos. Vendo que ele tinha conseguido fazer isso, sai de perto dele e voltei para o computador. Fiquei navegando, mas os meus pensamentos não saiam dele. Rápido, resumi no twitter o que me tinha acabado de acontecer e depois voltei pra onde ele.

Ele estava cismado comigo, era como se eu estivesse tentando bloquear alguma coisa dele e ele estava tentando descobrir, me incentivando a querer me rezar. Eu estava sem camisa e ele disse que só me rezaria se eu vestisse uma, mas eu não vesti. Fiquei com medo e só tive estrutura de dizer pra minha vó que não queria que ele fizesse isso. Bem na hora a Katllís apareceu e depois disso não vi mais ele.

Estou suspeitando de uma coisa... espero que não esteja acontecendo o que eu estou pensando agora.

TRABALHO

Nunca vivi um dia mais puxado do que esse. Estou cansado, exageradamente cansado. Se eu fecho meus olhos, já me vem números, cálculos e a maldita matemática. Estou louco. Hoje foi o dia mais puxado no trabalho. Eu nunca tinha visto tanta complicação, tanta desordem.

Fiquei a manhã e a tarde tentando arrumar, junto do meu patrão, a uns caixas. Não sabia o que fazer, era dinheiro faltando, era dinheiro sobrando, tinha que inventar umas planilhas... Imaginem quantas vezes eu cocei atrás da cabeça tentando decifrar o que estava escondido. E o pior que o caixa é a base de tudo, ele acaba levando a mais cálculos, mais trabalhos.

Pra quem reclamava de não ter muito trabalho para ser feito, agora eu tenho, e de sobra. Tudo vai mudar, vai ser outro esquema e eu vou ser mais responsável ainda pelo que fizer. Estou me sentindo – mesmo não estando – totalmente pressionado. Aliás, pressionado por mim mesmo. Isso me faz lembrar o quanto eu era tranquilo, feliz na escola; agora eu sou responsável, responsável não só pelo trabalho, mas por mim mesmo. Que medo! Eu quero deixar de brincar de ser “gente grande” – rs.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ACIDENTE

Já faz alguns minutos que cheguei do trabalho. Eu estava dentro do ônibus quando, no meio do caminho, ele para. Em nossa direção vinha um caminhão carregado de cana de açúcar e ele estacionou do lado. Na nossa frente estava outro ônibus e na frente deste outro ônibus estava uma caminhonete. Tudo parou! O motorista do meu ônibus estendeu as mãos demostrando duvida e todos começaram a se levantar. Por um momento eu pensei que poderia ser assalto e agarrei o que eu tinha de mais precioso, o meu Beets. Pelo para-brisa eu vi o motorista do caminhão descendo, sem camisa, desesperado e discando no celular, percebi que ele estava, ou chamando a polícia, ou a ambulância.

Seguindo mais um pouco, vi um homem, senhor, sentado no chão com o pescoço cheio de sangue. Eu vi que ele estava suado e que as costas, mesmo estando com camisa, tinha sangue também. Ele parecia estar consciente, falava, mas eu não conseguia ouvir devido o motor do ônibus fazer muito barulho. Olhei para os passageiros atrás e todos estavam com a cabeça para fora da janela. Eu não tive sequer estrutura de me levantar e ver o homem mais de perto. Eu não gosto de sangue, mas mesmo assim fiquei com a boca cheia de água – já comentei várias vezes aqui que quando vejo sangue fico assim viro vampiro rs.

Não sei mais de nada sobre o que houve, como aconteceu, mas acho que esse senhor estava de moto, ou talvez de bicicleta. Fiquei me tremendo enquanto não chegava em casa, mas estou bem melhor.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

MENTIRA

Quando eu era pequeno, pra me livrar de umas boas lapadas, mentia. Não só mentia pra isso, mas mentia mesmo pra não me sentir inferior, do tipo quando me perguntavam: “O que tu tomou de café da manhã hoje?”. Eu lembro também que, na 4ª série, eu dizia pra um amigo que tinha uns patins e um skate, que deixava sempre guardado debaixo da cama. Eu mentia exageradamente, dizia que ficava na madrugada pelas ruas descendo umas ladeiras; dizia que fazia pirueta e tal, mas tudo isso não passava de um sonho meu, pois sequer sabia como me equilibrar naquilo.

Dias se passaram e esse meu amigo foi em minha casa. Chegando lá, ele foi direto ao meu quarto, olhando por debaixo da cama (que na época era beliche). Ao olhar, ele viu vários bagulhos, mas queria encontrar os benditos patins. Eu, sacando o que ele queria, disse que minha prima deveria ter pegado ele antes, que já tinha me pedido há vários dias, mas eu nunca deixei, daí eu achava que ela tinha pegado escondido. Fiquei fazendo a maior ceninha dizendo pra ele que quando a encontrasse iria brigar muito com ela, pois ela tinha pegado nas minhas coisas sem permissão.

Desse dia em diante, esse meu amigo ficou me chamando de mentiroso, que eu não tinha patins coisa nenhuma e que estava desdobrando. Mesmo eu sempre afirmando, dizendo que tinha sim, ele sempre duvidava, e acabei com fama de mentiroso por conta disso. Tive que aguentar por uns meses esse rótulo, mas passou rápido.

Ao crescer, percebi que a verdade, mesmo que prejudique, magoe, é sempre boa. Aprendi que mentir em besteira – e em coisa séria também – nem sempre é favorável. Até que trás uma autoestima, uma superioridade, mas e quando é descoberta? Parece uma frase besta, mas ela sempre me faz refletir: mentira tem perna curta. E pior que tem. Podem ver, qual a mentira que nunca foi descoberta? Pode demorar semanas, meses, anos, décadas, séculos, ou, até mesmo, a vida toda, mas é descoberta.

Agora vou chegar onde eu queria:

Ontem aconteceu um caso inédito pra mim. Algo que me deixou sem graça, mas ao mesmo tempo com raiva. EU DESCOBRI UMA MENTIRA! – sem querer.

Eu estava conversando com um amigo na calçada de casa quando ele soltou uma mentira besta, sobre outro amigo meu. Eu acreditei, claro, pois como era besteira, não poderia passar despercebido e nem imaginaria que poderia ser inventada. Continuamos a conversar e esse outro amigo chegou e conversamos os três. Então, olhei pra esse meu amigo e disse o que o outro tinha acabado de me passar, mas sem dizer que foi ele que tinha me dito. Esse meu amigo negou, disse que essa pessoa que tinha me contado estava muito mal informada e tal... Sem graça, olhei para a cara do meu amigo que tinha me soltado essa mentirinha e falei meio sarcástico “pois é!”. Depois que vim perceber que enquanto o meu amigo estava falando ele ficou com uma cara meio aperreada, pensando que eu ia falar o nome dele, mas eu fiquei só na minha quando percebi que tudo que ele tinha me falado era mentira.

Vou melhorar a situação pra ser entendida melhor:

Eu estava conversando com o AA na calçada de casa quando ele soltou uma mentira besta sobre outro amigo meu, o AB. Eu acreditei, claro, pois como era besteira, não poderia passar despercebido e nem imaginaria que pudesse ser inventada. Continuei a conversar com o AA quando o AB chegou e nós três continuamos o papo. Então, olhei pro AB e disse o que o AA tinha acabado de me dizer, mas sem dizer que ele que tinha me dito. O AB negou a história, disse que a pessoa que tinha me contado a história (no caso o AA) estava muito mal informada. Sem graça, olhei pra cara do AA e falei meio sarcástico “pois é!”. Só depois que fui perceber que enquanto o AB estava falando, desmentindo a mentira, o AA ficou com uma cara meio aperreada, pensando que eu ia falar o nome dele, mas fiquei só na minha quando percebi que tudo que ele tinha acabado de me contar era mentira.

Continuei a agir normal conversando com ambos, mas o meu pensamento não parava de pensar no por que ele tinha falado uma mentirinha besta daquelas, quando ele poderia muito bem ter falado a verdade ou ter se calado. Me subiu uma raiva, um desgosto, sei lá. Acho que quando a pessoa não tem assunto em uma roda de amigo, é melhor ficar calado mesmo ou esperar puxarem assunto, e não mentir pra poder começar um diálogo.

Fiquei com isso na minha cabeça o resto da noite. Isso me trás desconfiança, faz com que eu fique com um pé atrás em relação à confiança dele. Vou aprendendo com o caráter das pessoas.

domingo, 12 de setembro de 2010

CHICO XAVIER – FILME

Desde que vi passando o trailer passando na tv, fiquei com vontade de ver esse filme. Há anos, eu assisti no programa Linha Direta, um especial sobre ele. Na época, ainda pequeno, eu não entendia muito bem o que ele era, o que fazia, mas gostava de sentir medo dele, era como se tudo que eu assistisse sobre ele fosse um filme de terror. A voz dele, a mão dele, e o seu jeito me fazia sentir um arrepio na espinha, ainda mais sabendo que ele mexia com espíritos.

No dia 10, sexta-feira, tive a oportunidade de conhecê-lo através do filme. Eu nunca tinha lido ou prestado muita atenção no que eu via na tv, mas hoje fiquei instigado pela sua história.

Fiquei todos esses dias pedindo pra que o Junior fizesse o download na internet, mas sempre me dizia que nunca tinha saído para baixar. Até que, depois que eu tinha esquecido, ele me aparece com ele. Ansioso, deixei para assistí-lo na parte mais chata e vaga do dia, à tarde, por ser o horário mais calmo no trabalho. Consegui assisti-lo com muita paciência e medo – juro que fiquei tenso ao ver quando ele psicografava as cartas.

Imaginei que o filme seria toda sua trajetória, mas não aconteceu a morte dele – como eu esperava. Fiquei esperando pela morte, pois queria ver se iria ao menos comentar quando ele estava no quarto, naquele dia, 30 de junho de 2002 (peguei essa data no filme), quando apareceu uma luz em direção ao seu quarto. Mas depois vi que isso não tinha nada a ver. Não sei se foi um simples reflexo de luz, mas até hoje, não pesquisei sobre isso. Ainda hoje não sei se foi uma simples coincidência ou algum espirito, luz de espirito, sei lá. O que mais gostei foi saber que ele “morreu quando todos estavam felizes”, como havia dito antes no filme. Coincidência ou não, ele morreu dez horas depois de o Brasil ter conseguido o pentacampeonato na copa do mundo. \o/

Que Deus o tenha, Chico!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BRINCO

Há uns dias atrás me deu à louca e tive a ideia de mudar. Nunca tive tanto medo da minha idade como estou tendo agora, por isso, vou procurar andar sempre na linha e não deixar de aparentar ser mais novo, não que seja só isso, mas pelo menos ficar parado por alguns anos em uma só idade – já que isso não vai durar pra sempre. Não sei com quem vi, de onde veio essa ideia, mas fiquei impressionado e fiquei com muita vontade de furar a minha orelha.

Passei todos esses dias preparando o psicológico, imaginando como seria a reação das pessoas, dos meus amigos e, principalmente da minha família quando soubesse, pois, claro, eles só iam saber e não ver – pelo menos dentro de casa e no trabalho. Às vezes eu fazia uma bolinha de papel e colava na minha orelha pra ver como ficava. Eu me agradava com aquilo, achava o máximo aquela simples bolinha presa ali. Eu podia imaginar que se a bolinha de papel estava boa, o brinco de verdade ficaria melhor ainda.

Ontem à noite, um pouco antes de descer para o Corredor da Folia Alegria (o prefeito resolveu trocar o nome não sei por que), fui à casa de uma amiga e na hora, como havíamos combinado dias antes, criei coragem de furar. Eu tinha levado o brinco, já estava tudo pronto, eu já estava ali. Confesso que minutos antes eu já estava querendo desistir, estava com medo de sentir dor, das consequências que poderiam me trazer caso infeccionasse, da reação das pessoas... mas eu não desisti. Mesmo com o coração na mão, ela disse que não ia doer e pediu para que eu ficasse calmo. Meu coração pulou nessa hora. Por um segundo, pensei em desistir definitivo, mas quando vi, já estava na primeira entrada, já estava furando, atravessando por completo. Eu não sentia nada a não ser menos de uma picada de mosquito.

Eu pedi um espelho e fui me olhar. Na hora eu achei estranho me ver com aquilo pendurado, mas depois fui me acostumando à dormência e até esquecendo que eu estava usando. Só achei esquisito porque o brinco não foi furado no centro do meu glóbulo, ele ficou meio descido, pra trás, sei lá, mas quase não dava pra perceber. Só algumas pessoas conseguiram perceber esse pequeno defeito.

Pensei que ao chega no Corredor, ficariam surpresos a me ver com uma coisa que, para uns, não tinha nada a ver comigo. Mas, não, o meu brinco foi bem vindo. Todos gostaram e perguntaram por que eu não o adotaria de vez. Pensei bastante sobre isso, mas achei melhor não adotar, pelo menos por enquanto. Eu sei a família que eu tenho e o preconceito dentro de casa seria grande, além de no trabalho. Eu não consigo me ver usando brinco do lado do meu pai. Sei lá, vai que de repente o nosso chefe aparece por aqui e... phudeu!

domingo, 5 de setembro de 2010

NASSAU

Cheguei agora há pouco do Nassau e senti vontade de atualizar aqui, dá um sinal de vida. Hoje nem aconteceu algo de importante pra contar aqui, mas me fez esquecer lembrar mais da Monique. Estou morrendo de saudades dela, e olha que a última vez que ela me deu um sinal de vida foi ontem à noite.

Enfim, no Nassau, ficamos somente papeando e de molho na piscina. Só!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PAIXÃO VIRTUAL

Nesses últimos dias estou feliz, muito feliz, os coraçõezinhos não saem da minha cabeça e eu não consigo voltar a minha fase normal. Isso mesmo, estou mais uma vez apaixonado – iludido talvez. Depois de mais de um ano sozinho encontrei acho que quem há tempos eu queria encontrar, ops, acho que estou me precipitando demais.

Foi incrível a forma em que nós encontramos, um coisa que posso dizer que foi o destino. Eu estava na internet, no Orkut, quando vi a sua visita. Ao ver, pensei que fosse mais uma menina curiosa que estava passando por ali, mas não, eu mal sabia o que estaria pra acontecer no dia seguinte. Eu, como sempre faço quando acho a pessoa que me visitou interessante, vou à página dela e deixo um recado agradecendo pela visita, mas, ao ir à dela, estava tudo bloqueado. A minha única opção seria devolver a visita e deixar pra lá, mas não, eu queria ter que escrever algo, queria atenção dela. Então, para que ela lesse o que eu pretendia escrever, tinha que mandar um convite de aceitação de amigo e escrever algo junto dele. Fiz isso. Escrevi que estava agradecendo pela visita e que não precisaria me aceitar.

Mas, não, ela me aceitou e ainda me deixou um recado (nem adianta procurar na minha página que não está mais lá). Eu respondi seu recado no dia seguinte e vi que ela estava online no bate-papo do Orkut. Sem hesitar, querendo conhecer melhor, puxei assunto e perguntei o que eu mais queria saber: Onde que ela tinha me encontrado, já que não tínhamos nenhum amigo em comum e por que ela tinha aceitado o meu convite. Achei que seria ignorante ao perguntar isso, mas eu fiquei bastante curioso pela resposta.

Ela me explicou tudo e engatamos num papo pelo Orkut mesmo. Cansado de ficar alternando as janelas, com medo de acontecer algum problema na página e também até mesmo porque não gosto de teclar por ali, pedi para que ela me adicionasse no MSN. Mas antes disso, antes que eu enviasse a mensagem pedindo, ela já tinha me mandado o dela. O que me deixou mais impressionado foi o fato de ela roubar os meus pensamentos, de termos muita coisa em comum. Chegava uma hora em que eu queria perguntar algo pra ela e, quando escrevia, ela já me fazia a mesma pergunta. Isso não foi só uma vez que aconteceu.

O papo no MSN durou por horas e vi que ambos estavam carentes, se descobrindo, falando de coisas mais íntimas: família, amigos, festas... essas coisas. Eu dispensei todos os meus amigos no MSN pra ficar somente com ela. Eu estava feliz, ria e tentava imaginar como ela estava, como ela sorria. A minha imaginação se tornava um pouco mais concreta quando via as suas fotos e prestava atenção em tudo, em todos os seus detalhes. Os olhos dela são lindos, o que me deixou mais encantado. Muitos que já leram aqui sabem que eu sou louco por olhos e olhares. Creio que o olhar pode falar mais que a boca. Acho que é meio um código, sei lá...

Ainda nessa primeira conversa, trocamos os telefones, coisa que eu não faço de jeito nenhum ao teclar com algum desconhecido pela primeira vez. Eu estava confiante, tão confiante que nem enrolei para dar meu número à ela. Depois, ainda curioso, acabamos fazendo chamada de áudio, também nunca fiz com ninguém, foi muito massa. Por eu ser tímido – e ela também – falamos poucos, tínhamos vergonha um do outro, principalmente eu, claro. Era vergonhoso demais falar, por isso optava mais em escrever mesmo estando com a chamada de áudio ligada para os dois. De vez em quando escrevíamos algo engraçado, nos escutávamos rindo, e isso era o suficiente para me deixar feliz, pois consigo distinguir quando uma risada está sendo forçada.

Fiquei muito apaixonado por sua voz, seu sotaque, embora algumas palavras eu não tenha entendido muito bem. Ela até ficou de me ligar. E me ligou! Conversamos pouco, pra ela a ligação estava ruim. Eu estava ansioso para engatar num papo agradável, quando, em menos de três minutos, ela diz que teria que desligar. Como sou escabreado (desconfiado, tá?), fiquei pensando bastante coisa: Será se ela não gostou de mim? Será se falei alguma besteira? Me culpei bastante por ela ter desligado daquele jeito. Pensei em desistir, achei que por ter me decepcionado muito com namoro em internet, acabaria me decepcionando novamente.

Ao chegar em casa, no sábado mesmo, depois da chatice do trabalho, conversamos e ela me explicou tudo o que tinha acontecido. Fiquei mais aliviado quando ela me contou. Nesse mesmo dia ela me contou um segredo meio estranho dela, agora que podemos dizer que seja bizarro, coisa de louco, mas gostei muito de saber disso. Achei esquisito no começo, mas depois eu vi que é besteira, que já tinha lido sobre.

No domingo, conversamos à tarde todinha, foi muito massa, pois acabei obtendo mais confiança dela e ela de mim. Nossa, foi tão rápido, em menos de uma semana já estamos desse jeito. Espero que tudo seja verdadeiro, que seja duradouro, pois isso está me fazendo muito feliz e diminuindo a porcentagem da minha carência. Eu não consigo parar de pensar nela, é como se eu já tivesse ficado com ela, sabe? Aliás, eu fiquei – rs. Foi uma experiência única.

Enfim, darei todo o melhor de mim e tentarei ser eu, como se eu estivesse realmente namorando, como se essa situação fosse mais real do que virtual. Isso é muito bom pra mim, acelera o meu coração e aumenta a minha ansiedade, a minha felicidade. Não irei cobrar ciúmes, até mesmo pela distância e por não termos ficado ainda de verdade. Obrigado, minha cara. Obrigado por me deixar feliz esses dias! Ah, e desculpa se estou muito iludido com você. <3

Obs.: Vou chamá-la de Monique!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PNEU FURADO

Na terça-feira, 24, como sempre, ao sair do trabalho, tive a minha rotina: fui ao lugar de sempre esperar o ônibus. Mal sabia o que iria acontecer a alguns minutos.

Eu sento num banco atrás do motorista e ele saiu pegando todos os funcionários. Tivemos de encarar toda a poeira que no caminho estava. Mas isso foi o de menos. Assim que passamos da ponte, começou a fazer um barulho estranho, e eu ficava observando o motorista mexendo em uma caixinha que parecia um relógio, mas que media alguma coisa – acho que a pressão de algo. Nessa “caixinha”, havia um botão que ele girava pra lá e pra cá e uma luzinha vermelha que se apagou. Ninguém no ônibus não comentava nada e nem eu imaginava o que podia estar acontecendo.

De repente, o ônibus para e todos começam a descer. O cara que estava sentado ao meu lado foi o primeiro, depois desceram os outros. Nessa hora, juro, eu pensei rápido, pensei que fosse uma parada, sei lá, pra eles fazerem alguma pesquisa rápida, observar as canas no chão... Mas quando vi todos descendo, me desesperei. Pensei logo que seria incêndio ou coisa do tipo, acho que veio isso na cabeça porque segundos antes imaginava coisas terríveis, como sempre quando estou com o pensamento vago.

Quando desci me aliviei ao ver o pneu furado. Todos começaram a rir, outros a se reclamar. Eu simplesmente só olhei, achei engraçado e segui meu caminho. Eu não conhecia ninguém que estava andando por ali, mas procurei andar no meio deles pra eu me sentir mais seguro, principalmente dos carinhas da minha idade, que fazem curso à tarde na fábrica. Parecia que eu era amigo deles, pois eu estava bem ao lado deles, enquanto eles riam e comentavam outros fatos parecidos com esse.

Embora a vontade de me entrosar tivesse sido grande, o meu orgulho timidez falou mais alto. Raiva! Mas mesmo assim me senti como tal, me senti seguro e enturmado, mesmo não estando no maior papo como eles estavam. Pensei até em ligar pra alguém pra não me sentir sozinho, mas ninguém veio na minha cabeça.

Caminhei acho que 1 km, se não tiver sido mais. Não reclamei por estar ali, no meio da estrada, escura, e de pé. Ao contrário, gosto dessas aventurinas que menos espero – desde que seja boa, claro. Mesmo não rindo, não conversando, somente caminhando, me diverti. Me diverti comigo mesmo por ter acontecido esse incidente.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PRIMEIRA VEZ NO ZOOLÓGICO

Acabei de dar uma conferida na minha lista de sonhos que postei no mês de maio aqui, se não se lembra dela, clique aqui. Lá eu coloquei vários sonhos, mas esqueci de mencionar que queria muito conhecer um zoológico. A oportunidade chegou e eu fui a um.

Nesse final de semana, como disse em uma das postagens anteriores, eu iria a Teresina comprar mais algumas roupinhas, mas isso foi um fiasco. Como tive que esperar o Dalton chegar do trabalho, fomos às lojas, o melhor, à loja, bem próximo do horário que ela estava fechando. Dentre várias roupas, fui à seção de calças e quase não me agradei com nenhuma, aliás, quando eu me agradava com uma, não me agradava o preço. Nossa, fiquei impressionado por ver calças simples, sem muitos detalhes e com o preço altíssimo. Enfim, acabei comprando uma calça e uma camisa. Eu comprei a camisa sem provar e quando cheguei em casa e fui vestir, aff, ficou a pior. Então, como ela ficou boa no Dalton, vendi pra ele.

No dia seguinte, domingo, ontem, a Dalila havia combinado com os amigos da Universidade de irem ao zoológico. Confesso que quando soube que eles (inclusive o Dalton) iriam sair cedo, já fiquei ruim, pois ficaria praticamente sozinho dentro de casa. Mas deixei pra lá... Eles me convidaram para ir também, mas fiquei com receio de aceitar o convite, pois como eles só voltariam no final da tarde, eu perderia o ônibus pra voltar pra cá. Mas mesmo assim, encarando toda essa dificuldade e o medo de pegar o ônibus errado, ah, e também de insistir muito a Ozana pra ir conosco, pra eu não ficar rodado entre os amigos da Dalila, fui.

Encontramos com um dos amigos da Dalila, e ele começou a dizer que o restante da galera deles achava que não iam mais por n motivos. Ponto pra mim que não ficaria rodado e “com medo de gente”, como disse o Dalton e a Dalila. Ficamos na parada por mais ou menos uns vinte minutos. Depois que o ônibus chegou, seguimos e paramos bem na entrada do zoológico.

O amigo da Dalila nos avisou que da entrada do zoológico para o lugar onde estão todos os animais seria uns 2 km. Tínhamos que ir de pé. Até que apareceu o trenzinho do mamoré, ops, o tratorzinho do zoológico (foto) e nos levou para lá. Foi muito engraçado quando estávamos sendo levados, pois era como se voltássemos o tempo em questões de segundos, fomos crianças, riamos feito abestados, a Dalila gritava “êêêh” e batia palma como se fosse uma meninazinha. Foi muito divertido!


Assim que chegamos lá, tudo era novidade, pelo menos mais pra mim, claro. Eu me senti covarde em não estar tão próximo das cobras, mas me senti liberto ao ver as aves presas, senti vontade de entrar nas gaiolas e pegá-las. Nossa, como o tucano é lindo, e as araras agora, nem se fala.

Ficamos visitando todos os lugares juntos e de um por um. Observando sempre as plaquinhas que falavam sobre o tal animal na gaiola e tirando sempre fotos, confesso que estava me sentindo em um safari, mas vendo todos dentro de grades, que dá até pena, maaas...

O animal que eu estava mais ansioso pra ver era o mais importante pra mim, por ser o rei, por ser o mais temido e, por fim, por ser o meu signo: leão. Assim que fomos pela primeira vez onde ele estava, ele estava preguiçoso, dentro de uma “caverna”, acho que dormindo. Fiquei triste demais, pois pensei que sairia dali sem vê-lo. Mas depois de termos dado mais algumas voltinhas, vimos que no lugar onde ele estava, tinha muitas pessoas tirando foto e apontando. Quando cheguei lá, o leão estava de pé, e fazendo pose para as fotos. Fiquei prestando atenção em tudo, tentando armazenar todos os detalhes em minha memória. Eu não queria sequer piscar e perder algum gesto que ele fazia. Fiquei impressionado com o tamanho, com a juba e com os dentes. Deus me livre de entrar naquele lugar.

Dalila e eu observando o leão e a leoa descansando

Depois, fomos ver os macacos – que têm um lago só deles, e a hipopótamo – que a Dalila queria ver tanto. Posso dizer que eu tive sorte ao ver o leão, mas a Dalila não teve tanta sorte assim em ver a “potinha” (como ela mesma estava apelidando o animal). Assim que chegamos onde a hipopótamo estava, não tínhamos a visto, até que uma pessoa ao lado disse que ela estava debaixo d’água. Vimos só as costas dela do lado de fora e, depois de esperar alguns minutos, só o que ela fez foi subir um pouco a cabeça, abrir a boca e voltar a ficar como estava, realmente ela só quis dar o ar da graça aos que estavam ansiosos para vê-la. Isso foi questão de segundos e não deu tempo de preparar a câmera pra tirar foto.

Já cansados, passando da hora do almoço, fomos almoçar. Que massa, eu nunca tinha feito um piquenique. Embora não tivesse muita comida, muita fruta, típica de piquenique mesmo, curtimos esse momentinho com arroz e frango.


No mais, foi o máximo estar no zoológico. Gostei demais de ver uns bichos, mas senti falta de outros como a girafa, a zebra, o elefante... Foi legal mesmo assim. Aliás, nem tão... Eu simplesmente caminhando para ver não sei que animal, desiquilibrei e torci meu pé. Eu fiquei com um “seio” no meu pé de tão inchado e redondo que estava. Até agora tá doendo e estou mancando, por enquanto. Tinha que ter uma cagada!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NO ÔNIBUS

Obs: O texto a seguir era para ser postado na sexta-feira, dia 20, mas como viajei nesse dia em cima da hora, fiquei devendo.

Sempre que entro, me sento e observo, não só a paisagem de fora, mas de dentro também. Hoje o Felipe sentou do meu lado e conversamos um pouquinho, algo normal quando sempre sentamos no mesmo banco.

Agora eu chego onde eu quero chegar: Ao lado dele, do outro lado, estava uma menina, mulher, sei lá. Ela estava aperreada, coitada, querendo saber onde ficava a Vila Pimenteiras – detalhe: Pimenteiras toda é uma vila. Ela estava totalmente rodada, isso se podia notar olhando pra ela.

No intervalo de conversa entre o Felipe e eu, ela pergunta pra ele onde ficava a tal Vila Pimenteiras e, sem responder, o Felipe apontou pra onde achava que era. Ela, de novo, pergunta novamente e o Felipe olha pra mim e pergunta se era por ali mesmo (pra onde ele estava apontando) e eu balancei a cabeça confirmando. Enfim, o ônibus parou na fábrica, os funcionários desceram para trabalhar e ela ficou ali, perguntando para outras pessoas.

Percebi que as pessoas estavam sem paciência pra ela, de responder todas as suas perguntas óbvias – pra nós, que já sabíamos. Uma mulher até que tentou explicar, mas ela continuava a perguntar. Olhando pra essa “aperreadinha”, vi que ela tinha uma folha de caderno em mãos, escrito em letras grandes e de fôrma, tomando praticamente todo o espaço da mesma: VILA PIMENTEIRAS, 25. Confesso que nessa hora, pela situação e pelo que eu vi, deu vontade de dar risada, de rir alto, de zoar de verdade com ela, mas me segurei. Achei que aquele momento não era propício. Não quis rir mais ainda quando eu vi uma mulher no banco a minha frente rindo da outra, olhando como se soubesse de tudo, com aquele sorriso debochado.

Minutos antes, essa mulher que estava rindo, filmava não sei o que no celular e estava com um óculos rosa na cara, achando que estava sendo o máximo, se destacando em tudo. Ôh, mas eu fiquei com raiva demais quando ela olhou pra mim e riu, bem pensando que eu iria rir também pra ela, como se o seu sorriso me estimulasse a responder. Não é querendo detonar mais ela, mas quando ela riu, vi um sujinho no seu dente, uma coisinha que parecia ser uma cárie, sei lá – rs. Eu tenho tanta raiva dessas pessoas que querem ser!

Enfim, a pobre mulher aperreadinha, se revoltou pelo povo não dá a mínima pra ela e foi direto ao motorista. Ele, louco demais, explicou algumas coisinhas e deixou, acredito eu, ela mais aperreada ainda, dizendo que para voltar à cidade, teria que pagar. Agora me pergunto: cadê a paciência desse povo?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SINAL DE VIDA

Saudades demais deste meu cantinho!

Não tenho nenhuma novidade pra contar. Estou na mesmice, na mesma rotina de sempre: trabalho, trabalho, internet, conversar com algum amigo (nem sempre) e dormir. Eu queria poder mudar, inventar algo pra fazer, mas não me aparece nada. Estou só exercitado a minha paciência com o outro, estou encarando algo que eu nunca pensei que poderia encarar. Mas sempre tem a primeira vez, né. Paciência, Anderson, paciência...

Nesse final de semana estou querendo viajar novamente, quero pelo menos passar mais um dia e meio com os meus amigos, mesmo não estando tão animado, e sabendo que a viagem é um saco. Eu preciso conversar, me divertir, desabafar – e ouvir também, claro. Pretendo comprar mais umas roupinhas, mas acho que o dinheiro não vai dá. Vou ver se consigo comprar pelo menos uma calça e um tênis no shopping. Eu sei que no shopping tudo é caro, nem precisa pensar. Além de dar uma passeada, pois há tempos que não sei o que é um, quero provar mais uma vez do sorvete de lá. Aai, nem quero pensar naquela calda deliciosa.

No mais, que nesse final de semana aconteça algo importante que eu possa contar por aqui.

Até

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

EM BURITI

Queria ter atualizado aqui ontem, mas pelo meu cansaço, deixei isso pra hoje, AGORA!!!

Ontem era pra eu estar em casa, descansado e tentando recarregar a minha bateria semanal para a semana seguinte, mas, não, acordei uns minutos antes de 6h e fui encontrar com o pai do Dalton. A mãe do Dalton havia me convidado para o aniversário de uma senhora na cidade de Buriti – pelo que eu ouvi, ela estava completando 88 anos e faria um almoço com parentes e amigos. E assim, fomos...

Eu já tinha passado por Buriti, mas nunca tinha parado pra andar, ir ao supermercado, ver o movimento, as pessoas, embora não seja uma cidade muito diferente da minha. Assim que chegamos, umas 7h e pouquinho, pois ainda paramos em outra casa para tomarmos café, as mesas estavam prontas e os convidados começavam a chegar. Era café, almoço e BOLO de aniversário! – nessa sequencia mesmo. O café foi o mais humilde possível, mas estava muito gostoso o bolo que ela havia preparado. Nos acomodamos, sentamos e passamos horas conversando enquanto preparavam o almoço.

A comida era farta e eu cansava de ver pessoas andando para lá e para cá com pratos, preparando as saladas, as carnes que eram extremamente exageradas... Quem saísse dali reclamando, eu podia dizer, viu.

O mais engraçado foi que, na medida em que os homens casados chegavam acompanhados ou não de suas esposas, era tocado um “chocalho” (acho que se chama assim) de boi, aquele que é colocado no pescoço do boi, que parece um sino, sabe? No começo eu não estava entendendo aquilo, achava que só era mesmo pra avisar que estava chegando alguém, uma forma de animar, mas, não fugindo muito da minha concepção, eles estavam mesmo era dando boas vindas aos cornos – rs. Eu ri demais quando descobri.

À tarde, fomos para uma piscina que não lembro o nome. A piscina é de água natural e não é pago nada para entrar. Não tinha muitas pessoas, mas eu não quis cair nela. Tinha um povo da minha cidade lá, mas não foi isso que me impediu de entrar. Minto, foi isso sim. Ah, fiquei com vergonha demais de aquela gente ver a minha magreza, sei lá...

Quase perto de irmos embora, fomos a um “lago velho”, Dalton, Lidiane e eu, onde tinha poucas pessoas. Fomos com o intuito de tirar fotos, mas deu vergonha. Tirei algumas deles, mas não foram muitas. Eles entraram no lago e, com muita dificuldade, dei um mergulho naquela água gelada também. Não demorei sequer cinco minutos e saí. Eu estava com medo de um mala lá querer roubar a câmera do Dalton que estava comigo. Ele até que puxou assunto conosco, mas acabamos entrando em contradição, quer dizer, o Dalton entrou. ANTA!!!

Assim que saímos de Buriti, fomos a Duque Bacelar ver como estava o movimento do festejo. Eu, sujo, assanhado e acabado, tentei, mesmo assim, entrar no meio da galera de lá. Vi de longe um amigo pelo qual conversava pela internet, mas, simplesmente, ele me olhava e tirava a vista, nem falou comigo, bicho véy paka! Depois disso, fomos pra casa.

Estive acabado ontem, acho que estava delirando enquanto conversava com o Homero na calçada. Eu não estava falando nada com nada.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

COM A MACACA

Hoje, de madrugada, acordei depois de um sonho ruim. Sonhei com um amigo devendo algo para um homem, não entendi por quê. O lugar era tipo um supermercado e esse meu amigo trabalhava lá. Eu acho que ele tinha atendido mal o cliente e o cliente, por sua vez, se irritou e pôs um revolver para fora. Eu estava atrás de umas prateleiras e só via as pessoas que estavam longe, dizendo que não era para passar por eles. Fiquei com muito medo, medo mesmo. Eu estava querendo muito ajudar o meu amigo, mas como? Só sei que ele rendeu meu amigo e, na frente de todos, meteu bala na cabeça do meu amigo. Vi tudo saindo, foi uma cena que dá até nojo de descrever, os detalhes no sonho foram muitos, fiquei com o coração apertado, aliás, estou até agora.

Em compensação a esse sonho ruim, depois sonhei com a BS. Sonhar com ela sempre é bom. No sonho, ela me fez uma surpresa, conversou comigo e me deu vários autógrafos. Não sei o que aconteceu comigo, mas fazia questão do autógrafo em cada papel que eu tivesse, inclusive nos meus livros. Peguei uma página qualquer e pedi pra ela autografar.

Mudando de assunto, e chegando onde eu queria, hoje, ao entrar no ônibus pela manhã, após ter sentado, olhei para frente e vi uma mulher se batendo com o motorista. Ela dizia um monte de coisas pra ele, e ele, calmo, respondia ela. Ela começou a gritar, querer chamara atenção perante os passageiros. Ela dizia: “Ainda bem que eu vou embora desse ‘inferno’”. Perguntava pro vácuo – pois ninguém dava a mínima ao que ele estava falando – se o motorista era o dono do ônibus e tal... Acho um absurdo a pessoa acordar de mau humor e descontar no primeiro que vier pela frente. Ainda mais querendo ter a razão. Aliás, eu nem sei quando, nem como começou a briga, mas, acho muito paia fazer barraco na frente dos outros. Digo isso porque, se eu levo um tapa na cara, prefiro virar as costas e sair, evitando o começo de uma briga. Posso ser taxado de besta, mas o melhor que posso fazer é dar desprezo, devolver o silêncio, pois ele, para mim, é a melhor arma.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DIA DO ESTUDANTE

“Parece que foi ontem quando brincávamos debaixo daquela pequena mesa do Jardim de Infância, ou quando recebemos o nosso anel do ABC. Na 4ª série a expectativa de entrar no Ensino Fundamental II, de sentir-se adolescente. Na 8ª série o medo e a vontade de entrar no Ensino Médio, de ser dono do próprio nariz, de namorar e de comandar a escola. Lembraremos das companhias, das muitas risadas, do apoio nas horas difíceis e das tão e repetitivas e engraçadas brigas que tínhamos diariamente. Construímos um pedacinho da nossa história juntos...

Retirei o trecho acima do dvd da nossa formatura. Hoje, por ser dia do estudante, quis colocar em mente tudo o que foi bom quando eu era um. Nada melhor do que pegar o resumo da minha vida escolar e assistir. Todas as vezes que assisto esse dvd (o da formatura), embora nem faça muitos anos assim, choro. Não consigo assisti-lo sem ao menos meus olhos ficarem molhados de lágrimas.

Dá um aperto no coração só de saber que tudo passou; que pela manhã eu não estaria no trabalho, à tarde provavelmente não também. Mesmo não tendo educação física, sempre aparecia algum trabalho, ou procuramos nos dar trabalho – rs. Foi, sem duvida, a melhor época da minha vida. Brinco até com meus amigos dizendo que se eu soubesse que depois que saísse da escola iria ser desse jeito, passaria todos os anos reprovando. Realmente, a nossa vida após a escola muda completamente. Você tem que se virar, tem que se sustentar, ou abrir mão de mais estudos para conseguir uma profissão digna, é como se você lutasse para não morrer – isso não é novidade pra ninguém.

Hoje, nesse dia 11 de agosto, muitos estão adorando – principalmente os que adoram se livrar pelo menos um dia da escola por conta de ser feriado –, mas outros, mesmo que venha em mente rapidinho, se lembram de quando foi estudante, das coisas que aprontou na escola, dos risos, dos choros, de tudo mesmo... Isso acaba sendo eterno em todos os dias 11.

A saudade da escola me consome todos os dias, principalmente quando vejo meus irmãos saindo para ir à escola. Ficou com mais saudades ainda quando vejo uma turminha de amigos uniformizados na praça conversando, nas casas estudando, brigando, sorrindo e falando bem (e mal) da sala, com aquele estilo escolar.

Quem diria, todos os meus amigos, os que dividi a classe, hoje estão mudados, separados, e “desbocados”! - rs. Antes hesitávamos quando falávamos sobre determinados assuntos, principalmente sobre assuntos mais íntimos. Hoje em dia, não temos mais papas na língua, falamos sem nenhum pudor. Se bem que ainda existe o pudor em algumas pessoas, mas, não estou nem aí pra elas. Então, porque estou falando isso? Hoje mesmo, no bate-papo do Orkut, estive conversando com uma amiga e ela me pediu umas dicas de sexo. Não sou experiente nesse ramo, mas pude ensinar a ela o que eu aprendi lendo alguns livros. Achei que tudo que falei foi proveitoso, pois senti, vendo suas palavras, que eu clareei algumas de suas dúvidas. Assim que terminamos o papo, pensei: “Quem diria, a Fulaninha conversando isso comigo.” Sendo que antes na hora em que conversávamos sobre isso, ela me dava o maior bolo e me chamava de tarado. Pô, falar disso é normal, não!? Ela me fez voltar até a querer ler o terceiro livro da BS (Na cama com BS), pois, assim que conversar com ela pessoalmente, vou ter tudo esquematizado, podendo lhe ajudar mais.

No mais, e desculpando por ter me empolgado com o assunto, parabenizo a todos os estudantes, principalmente os que fizeram parte da minha vida. Ah, ainda me considero estudante, pois, embora não esteja na escola, sempre leio algo e aprendo coisas novas! Parabéns pra mim também! =)

Abraço à todos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ROUPAS NOVAS

Passei todos esses dias me reclamando por sair sempre com as mesmas roupas, então, por conta disso, dediquei esse mês para mim. Como as mensalidades do meu Beets estão tranquilas e pagas até o mês de novembro, decidir ir à Teresina fazer umas comprinhas, me presentear, já que é o mesmo do meu aniversario.

Nesse final de semana, dei o ar da graça por lá, mesmo tendo que encarar a chatice da viagem, de ficar na estrada esperando o destino chegar. Ainda mais ter que aguentar aquele cheiro insuportável de ar condicionado dentro da van. Não gosto nem de lembrar que minha cabeça começa a doer e me vem a vontade de arrotar. Enfim, cheguei pela manhã depois de rodar por toda a cidade.

Na tarde de sábado, sai com o Dalton e fomos a algumas lojas procurar uma mochila pra mim. Começamos pela loja que me disseram que tinha a mochila que eu queria, mas não tinha mais, só tinhas as normais, parecidas com aquelas de usar na escola mesmo. Então, continuamos a procurar em outras lojas, mas sem sucesso. Foi muito cansativo e, para não perder a viagem, encontrei uma mochila parecida com a que eu queria. Na verdade eu estava cansado da mochila que usava, além de ela ser grande, ela estava acabada e, para mim, qualquer uma que viesse, que fosse nova e bonita, tomaria o seu lugar. Comprei, então, uma “mochila-sacola” vermelha e estampada com laranja e cinza.

Depois, fomos a loja de roupas e, depois de procurar várias, dentre as maiorias que era feias, encontrei quatro camisas jogadas. Fiquei besta com o preço, visto que se fosse aqui na minha cidade, passaria de R$ 30,00. A única vantagem é que aqui tem alguém pra te mostrar, pra tu dizer o estilo, a cor que tu gosta, e lá, não, tu tem mesmo é que sair procurando, brigando e vendo todas aquelas roupas desorganizadas, jogadas de qualquer jeito, e até encontradas no chão. Fiquei besta com a loja muito conhecida no Brasil.

Enfim, ainda não estou satisfeito e pretendo voltar lá (não nessa loja, mas em Teresina) pra comprar outras roupas, mas dessa vez, não comprarei coisas simples.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

MEU ANIVERSÁRIO – 05/08

20 ANOS! Agora não sou mais criança, tampouco adolescente. Já, na casa dos vinte, acredito que me tornarei mais maduro ainda. Quem diria, uma criancinha “raquítica” (como meu irmão mais velho me chamava), que corria pela casa, que andava sem camisa, gritava, dançava, e se divertia ao ver os desenhos animados na televisão, cresceu. Eu não sou mais o mesmo. Descobri, o que era pra eu ter descoberto há muito mais tempo: que o tempo existe e passa. Me torno inimigo dele nesse exato momento.

Nesses dias, tudo me fazia lembrar a infância. Sem querer, encontrava um porta-retratos que estava trancado há muito tempo, em cima da cama da minha mãe. Na foto, lá se está eu, pequeno, com chupeta na boca, vestido com uma roupa branca – que provavelmente minha mãe teria feito –, ao lado da minha prima e do meu irmão mais velho no meio do aniversário de 15 anos dela. Ao ver aquilo, pude perceber o quanto eu mudei, a ficha caiu. Olhei por alguns segundos a foto e joguei de volta na cama. Cheguei até a ver esse mesmo porta-retratos no dia seguinte, mas procurei não dá muita importância.

Com os amigos na praça, eles me lembraram de uma apresentação na escola, acho que era mais magro do que sou hoje e, como diz o Vitor, tinha bastante dente. Eu estava vestido de índio, com arco e flecha nas mãos, cantando e dançando. Eu estava em um short curto, roxo, na época eu adorava estar vestido nele. Isso está registrado nos arquivos da escola, mas não tenho como pegá-lo pra mim. Vou fazer de tudo – quem sabe quando estiver mais velho – pra conseguir essas fitas e copiá-las em dvd pra mim. Precisarei mostrar isso aos meus filhos, pois não há nenhum vídeo em casa, pois não tínhamos toda essa tecnologia.

Enfim, quando estava faltando alguns minutos para começar o meu dia, estava vidrado no computador quando o meu celular tocou. Era um amigo, e ele me tirou do computador e ficou me desdobrando até que dessem 00h. Ele foi o primeiro do dia a me dar os parabéns. Fiquei feliz ao ouvir as palavras dele, embora não fosse só desejando felicidades, saúde, essas coisas... Segredo: ele estava me influenciando a bebida – rs. Não conseguiu! Ele queria que Deus me desse várias grades de cerveja, acredita? Não, não quero, respondi pra ele. Depois que desliguei a chamada, deixei o mundo real e voltei ao virtual. Enquanto papeava no MSN, observa os recados no Orkut chegando em sequencia. Confesso que fiquei morrendo de vontade de responder, mas preferi deixar para o final do dia, pois, só assim, responderia a todos com calma e carinho. Então, me despedi de todos e fui dormir.

Assim que amanheceu, parei um pouco na cama e comecei a pensar em como seria o meu dia. Prometi pra mim mesmo que haja o que houvesse eu não iria me irritar. Mas, minutos depois que prometi isso, me irritei. Com quem logo? Com o pai. Mas ainda bem que foi passageira.

A minha manhã no trabalho foi péssima. E, a tarde foi pior, o tédio tomou mais de conto no que nos dias tediosos, tirando a parte em que fiquei papeando com um amigo pelo celular. Conversamos por mais de meia hora, e ele, mesmo sem saber, me distraiu bastante.

No final da tarde, assim que cheguei em casa, fui logo no vício: internet. Fui conferir os recados no Orkut que mandaram pela tarde. Adorei ter lido todos, um mais massa que o outro, eu pude ver que em alguns, as palavras foram sinceras, mas em outros, era só pra constar mesmo o recado. Fiquei por lá um bom tempo até quando o BR (Bruno Rafael – que faz aniversário no mesmo dia que eu) conversou comigo no MSN, perguntou onde eu estava e disse que viria me encontrar. Passou alguns minutos e, bem na hora em que eu ia para o supermercado comprar uma coisinha pra mãe, ele aparece, bem na hora em que eu abro a porta. Ele estava de moto, fui onde ele e nós demos os parabéns. Sem muita conversa, ele me convida pra comer um “macarrão” na casa dele, e, hesitando, com vergonha, disse que tinha que ir ao supermercado... quis desdobrar, mas acabei indo, mas antes passamos na padaria.

No caminho, conversávamos pouco, pois não tenho, ou melhor, não tinha muita afinidade com ele. Chegando a sua casa, sentei, conversei um pouquinho com a mãe dele e o pai do Vitor e mandei brasa no “macarrão” (lasanha). Enquanto comíamos, conversamos, o pai do Vitor me dizia coisas que eu entendia e ao mesmo tempo não entendia. Mas foi muito legal.

Quando a muriçoca encheu e voou, voltamos pra casa. Ficamos na calçada conversando, percebi que tínhamos muitas coisas em comum. A conversa foi bastante agradável, ainda mais depois de eu descarregar todas as minhas energias profissionais em um banho. Após o banho, visto que tinha culto de evangélico praticamente em frente de casa, começamos a falar de Deus – isso com a presença da Katllís. Ele me contou histórias que até mesmo com essa idade, não sabia. Pude refletir bastante com todas aquelas palavras, e me fascinei um pouco mais pela vida do Senhor, embora não me considere tão devoto pelo fato de não frequentar a igreja. Tentei até explicar pra ele, Rafael, que, do que iria adiantar ir a igreja fingir que estou de bem com a vida, com Deus, pois saindo de lá farei tudo errado.

No exato momento em que o papo foi encerado, o Vitor, Bárbara e Tawanne chegaram. O Rafael foi embora e ficamos conversando na praça. Às vezes eu parava e imaginava que aquele dia não era o meu aniversário, era somente um dia normal. Conversamos como se o dia fosse um qualquer, mas não estou reclamando disso, tá? Adorei estar ao lado dos meus amigos, acho que eles representaram bastante os demais. Agradeço de coração por tê-los a minha volta. O meu dia não seria completo com a presença deles.

Após às 22h, voltei pra casa e, como sempre, meu telefunnie toca e deixo o computador. Conversei com um amigo vários minutos, o papo foi bom demais. Voltando ao computador, me animei mais ainda. O melhor – e único – presente de aniversário de todos: ganhei os parabéns da Raquel (BS). \o/ Fiquei bastante feliz, pois, só faltavam alguns minutinhos para acabar o dia. No mais, assim que entrou no dia 6, hoje, respondi todos os recados do Orkut. Foi cansativo, meus dedos doíam, mas foram todos respondidos com calma e carinho, levando em conta cada palavra bonita que tinha recebido. Me senti famoso essa hora – rs.

Resumindo, esse aniversário não foi o melhor de todos, mas o importante, como o Rafael mesmo disse, é que estamos com saúde, vivos, e encarando qualquer parada. Agradeço a Deus pela vida, e principalmente pelos meus amigos, pois são os que eu dou mais valor. Agradeço a todos que cantaram “parabéns a você” quando eu atendia o telefunnie, né, Vinha? – rs. Foi muito engraçado. Obrigado por todos que me mandaram mensagens, tanto no celular, quanto no Orkut, MSN, Facebook e Twitter. Fico muito grato por isso. Agradeço também aos abraços sinceros que recebi...

E que venham os 21 anos! =)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TATUAGEM

Ontem, ao chegar em casa, no final da tarde, me deparei com a revista Bella Tattoo em cima da cama do meu irmão. Mesmo estando na cama dele, pude perceber que ela era pra mim, pois na capa estava estampada a Bruna Surfistinha. Eu estava estressado, cansado, mas quando vi a revista, sumiu tudo. Achei que fosse o meu presente de aniversário antecipado e me animei. Fui logo abrindo nas páginas que me interessavam, as dela. Vi que tinha três páginas falando sobre ela e fui adiando a leitura, pois sairia e não queria começar, sem terminar. Então, coloquei a revista na minha cama, em vez de ter escondido.

Enquanto fui tomar banho, a revista tinha desaparecido. Meu irmão emprestou por alguns instantes para uns amigos dele ver as tatuagens. Mesmo assim, quando eu fui perguntar por ela, ele disse que não era minha mesmo e que era pra eu comprar dele. Ha ha ha... eu ri. Claro que, para deixar ele com o peso na consciência, disse que não compraria e, estendendo o braço, devolvi como se aquela revista não tivesse muita importância para mim. Sem receber, ele saiu da minha frente. Mais isso não vem tanto ao caso, estou com a revista agora e vou esconder, senão ele me toma de verdade.

Hoje, pela manhã, no trabalho, parei pra ler ela, mas o telefone, que não parava sequer um minuto de tocar, me atrapalhava. Mas, enfim, já li tudo e, claro, coletei mais informações dela que eu não sabia.


Depois de ter lido tudo, dei uma passeada pelo restante das páginas. Na maioria das páginas, só tinha fotos de tatuagens femininas, por sinal. Algumas, por sua cor, pelo degrade, forma e cuidado com os detalhes, me instigaram, visto que só vejo aqui na minha cidade, gente com tatuagens de presidiário. Então pensei: “Que tal me dar uma tattoo de presente de aniversário?”. Sei que jamais a mãe aceitaria isso, tampouco o pai, mas eu já sou maior de idade e sei que as consequências, caso eu me arrependa, virá para mim. No começo esconderei deles, e, se eles descobrissem logo no começo, eu direi que tinha feito há mais tempo. Acredito que tatuagem não julga ninguém, ou julga? Quem me conhece saberá.

É sério, pode ser loucura, mas nesse final de semana estou indo à Teresina. Tenho esses poucos dias para me decidir. Por enquanto, não sei o que tatuar, mas acredito que um desenho seria a minha cara, mas quem desenho? Outro problema. Vou pesquisar mais tarde e ver na internet alguns. O negócio é que eu não queria uma tatuagem que já estivesse em algum outro corpo por aí, eu queria ser o único – bem difícil. Outra coisa, se eu for fazer, farei em um lugar bem escondido, já tenho até lugar: nas minhas costas, no meio, um pouco abaixo do pescoço – eu não ando sem camisa mesmo – rs.

Vou centrar só nisso agora. Vou pensar bem mesmo, pois não volta atrás, aliás, volta, sim, mas eu não tenho tanto dinheiro pra isso. Aguardarei o amanhã e me decidirei antes de viajar.

Obs: Amanhã é meu aniversário! Uiuiuiu *------*