quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #21

(...)

Os últimos dias que estive em Goiânia foram bem mais acelerados. Nesses dias, um pouco mais folgado, Augusto me levou em alguns lugares. A gente não tinha bem um ideia aonde iríamos, então a opção naquele momento era o shopping.

No caminho de ida ao Shopping, ele me explicava o que eram determinados lugares. Enquanto isso, como na maioria das vezes, as músicas que mais rolavam em seu carro eram sertanejo. 

Chegamos, então, no Shopping Flamboyant - nome que eu nunca consegui decorar, nem falar! O Shopping é muito diferente do de Teresina, mas, mais uma vez, sem comparação. Na verdade, quem fez a festa mesmo lá foi Mr. Job, que, mesmo tímido, posou para algumas fotos.


Ah, já ia esquecendo! Antes de entrarmos no Shopping, Augusto inventou de estacionar o carro no estacionamento com andares. Eu não sei como chama, mas ele resolveu estacionar o carro no último andar, para que eu pudesse ver, literalmente, a gente rodando ali.

Foi lá também que tirei uma das fotos que mais marcou a minha viagem:

Uma foto publicada por Anderson (Funnie) Rodrigues (@andersonfunnie) em

Já dentro do Shopping, passamos na Microsoft Store, onde imaginei que seria A loja, mas meio que me decepcionei. Depois que a Microsoft comprou a Nokia, as coisas ficaram meio que jogadas, e foi lá que percebi um pouco disso também. Eram poucos - e caros - lumias, poucos acessórios; uma loja quase vazia. Deu saudades, inclusive, de quando a Nokia mandava ver.

Paramos minutos depois para comer pastel, no qual Augusto já tinha me falado desde o começo da nossa amizade virtual. Foi aí que paramos no QG. Não lembro qual o significado da letra, mas jamais esquecerei do gosto maravilhoso do pastel de carne com azeitona. A combinação ficou muito boa. Sem esquecer que quando escolhi e pedi o paxtel, o carinha que nos atendeu achou super estranho.

Como não poderia deixar de ser desastrado, tentando fazer a foto abaixo do Mr Job, sem querer, apertei o copo de refrigerante, na tentativa de encaixar os braços do boneco dando a ideia de que ele estivesse abraçando o copo. Infelizmente o copo não era de plástico duro, era de plástico mole, como se fosse um copo descartável, foi aí que "xiringou" refrigerante pra todo lado. Mr Job e Augusto não se livraram e também foram molhados sem querer. Inclusive eu fiquei com a mão toda grudenta depois. Mas, mesmo após isso, a foto prestou:


Conversamos mais um pouco por ali e Augusto, como já havia me prometido, me levou para outro lugar, onde, segundo ele, tinha uma batatinha frita bem gostosa.

O nome do lugar é KomiKeto. Como o nome mesmo diz, o lugar dá pra comer quieto mesmo. O ambiente é bem retrô, com bancos acolchoados, quadros antigos, chão de discoteca, som com músicas leves e baixo e climatizado. Juro, me senti no final dos anos 70 com aquele cenário, mesmo não tendo vivido a época - rs. Na minha opinião, se as garçonetes viessem nos servi usando patins, seria muito mais massa - rs.


Não demorou muito para que o nosso pedido chegasse. Não lembro bem o que Augusto pediu, além, claro, das batatas fritas, mas eu inventei de pedir um suco de abacaxi com hortelã. O gosto estava horrível! Eu não conseguia sentir o gosto do abacaxi, somente da "erva". Inclusive tenho registrado em vídeo o momento em que provei e não gostei. Vejam:


Mesmo não conseguindo tomar o suco todo, devoramos a batatinha em poucos minutos. O pior é que eu estava me obrigando a continuar tomando aquele suco ruim. A cada gole que eu dava me sentia ruim, como se estivesse tomando um remédio, sei lá... Era uma reação super estranha. Acabei também não provando uns molhos que tinha lá. Aliás, nem sou fã de molhos mesmo.

Podem perceber que ainda tomei metade do suco.

Não muito tarde, voltamos para casa, eu certo de que NUNCA MAIS pedirei suco de abacaxi com hortelã outra vez.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #20

(...)

O resto da semana foi bem tranquilo. Todos os dias eu fiquei na casa do Augusto na companhia da mãe dele enquanto ele trabalhava... Às vezes eu percebia a preocupação dele em não me dar a "atenção merecida", mas desde quando eu comprei a passagem para Gyn já tinha consciência de que não sairia muito com ele, já que o tempo disponível dele era mais à noite.

Sendo assim, resumirei abaixo, em algumas fotos, meu dia-a-dia de férias com preguiça na companhia, na maioria das vezes, do Mr. Job quando estiver por lá:





Não precisam dizer que estou feio. Eu já sei disso - rs!

domingo, 20 de dezembro de 2015

ENTREVISTA: JAMES DANTAS (@kbcao17)

Quem me conhece sabe o quanto sou fascinado pelos celulares com o sistema operacional Windows Phone. Não sei se cheguei a dizer aqui, mas o meu primeiro contato com um foi quando fiz uma amiga de cobaia. Na época, ela queria se livrar de um samsung horrível que ela tinha, então me pediu dicas de aparelhos bons para comprar. Eu, mais curioso do que preocupado com ela, indiquei o Lumia 710 na cor rosa, mostrando todos os prós que o celular poderia oferecer. Empolgados, esperamos o celular chegar. Quando chegou, ela chorou - rs. Ficou a semana toda me culpando, dizendo que o celular não tinha nenhuma vantagem, pois nem bluetooth tinha e mais... Tive que aguentar calado, mesmo o celular tendo atendido minhas expectativas, não as dela.  

Passou alguns meses e ela começou a elogiar o aparelho, a me mostrar certas coisas que a deixam fascinadas e que me deixava muito mais. Em suas pesquisas, com o tempo, ela foi aprendendo muitas vantagens e até me surpreendendo muito mais com as novidades que saiam aos poucos para o sistema.

Visto isso, juntei dinheiro e comprei o meu primeiro: Lumia 920. Algum tempo depois, o Lumia 930 que até então uso.

Levando para o lado pessoal, o WP me presentou com vários amigos no virtual, no qual compartilhamos em grupo do whatsapp nossas experiências, fotos, novidades e, ultimamente, nossa revolta com essa demora que a Microsoft está em liberar o Windows 10 Mobile, além de outras promessas cujas respostas em redes sociais são "não sei sobre isso" ou "em breve"...

Dentre todos esses amigos, juntando Windows Phone e Twitter, conheci James Bond Dantas que mesmo decepcionado algumas vezes com a empresa que comprou a Nokia, veste a camisa dela - literalmente. Ele é apaixonado pelo sistema e mais ainda pela câmera dos aparelhos, onde improvisa bastante fotos em seus passeios na cidade de Penedo - AL, onde vive. Dedicado às fotos que tira, quando não somente publica em seu instagram, as emoldura e tenta vender em quadros, que já embelezam as paredes de sua casa.

Após alguns trabalhos internos com perfeccionismo, James preparou seu portfólio na tentativa de ser um "lumia voice", o que consiste em mostrar à outros usuários sobre o que faz com a tecnologia dos aparelhos, mostrando, sobretudo, em fotos. A página do instagram funciona como se fosse um blog, onde ele poderá postar fotos tiradas com seu aparelho em um período determinado, descrevendo suas experiências na legenda.

Admirado com tamanha responsabilidade e moral, resolvi convidá-lo para ser entrevistado por mim, me sentido honrado em registrar tudo isso aqui. Vamos lá!

James, em primeiro lugar, como começou essa paixão pelos aparelhos que começaram sendo da Nokia e agora estão sendo vendidos na marca Microsoft?
Eu sempre usei aparelhos da Nokia. Meu primeiro celular foi um Nokia 1221 no ano de 2006, o jogo da cobrinha fazia a alegria da galera e tudo mais - haha. Acabei migrando para alguns modelos LG, pois meu tio trocava de celular e me dava o antigo. Até que em 2011 eu tomei vergonha na cara, juntei dinheiro e comprei um Nokia X2-01. Era uma delícia de aparelho, teclado qwerty e o escambau, todo mundo gostava. Em 2013, sentindo que o java tava nas últimas, resolvi me modernizar e comprei um celular Android, um Motorola XT-320, vulgo defy mini. Me decepcionei bastante com o aparelho, pelo armazenamento interno pífio e por não achar na play store aplicativos bons para office. Então, pesquisando, encontrei, em novembro de 2013, o Nokia Lumia 520. Vi o custo benefício, office incluso, e não pensei duas vezes. Começava aí o meu caso de amor com o Windows Phone. Atualmente uso um Nokia Lumia 730 com Windows 10 Versão Prévia, além de sequestrar o Microsoft Lumia 535 da minha irmã pra executar algumas ideias loucas - hehe.
Quando começou a tirar fotos e o que motivou a isso?
A culpa de eu ter me apaixonado por fotografia foi do Lumia 520. Depois que comecei a fuçar nele vi que o danado tinha uma câmera ótima, mesmo sendo um smartphone de entrada. Então passei a explorar, principalmente no jardim da minha mãe, onde existem flores e beleza em abundância. Essa foi uma das primeiras fotos que tirei com ele, num longínquo dezembro de 2013, onde não usava tantas hashtags nas fotos - haha.  
Do que mais gosta de tirar fotos?
Paisagens, definitivamente. A natureza nos brinda a cada dia com uma nova faceta. Nenhum dia ensolarado é o mesmo que o outro, nenhuma chuva é igual a anterior, as plantas, os lugares, tudo muda constantemente. Eu gosto de registrar essas mudanças, perceber nas pequenas coisas a beleza que os outros deixam passar desapercebida. 
Existe algum segredo para que as fotos saiam legais sem uso de filtros e algumas melhorias? O que mais usa para obtê-las?
Eu costumo atentar pra dois fatores: iluminação e foco. Se a iluminação estiver bacana e você consegue o foco certo no objeto a ser fotografado, os resultados são excelentes e sem muito trabalho. Eu ainda estou me aventurando nos ajustes manuais, então, o processamento de imagem do Windows Phone / Windows 10 ajuda bastante nas fotos automáticas.
Como conseguiu ser um "lumia voice" e o que está achando da experiência?

O Lumia Voices é o principal portal da Microsoft no quesito de engajamento da comunidade de usuários. Ele engloba o antigo perfil Connects, que era da Nokia e tinha a mesma função, e o blog Lumia Conversations, que atualmente foi remodelado para o Microsoft Devices Blog e Windows Experiences Blog.
Uma das principais maneiras de se engajar os usuários é através da paixão pela fotografia. Então, o Lumia Voices costuma fazer "Takeovers", que são ações onde um usuário é convidado a tomar de conta do perfil no instagram durante uma semana, tendo liberdade de interagir com outros usuários e postar fotos de seu portfólio, mostrando o lugar onde vive ou algum projeto pessoal que seja empoderado pelos smartphones Lumia.
Para conseguir ser convidado eu "perturbei" os administradores do perfil via Instagram - huehuehue. Brincadeira! Eu comecei a me engajar na página, comentando nas postagens, dando dicas, parabenizando os escolhidos, até que então percebi que eles estavam demorando para escolher o próximo. Fiz um mini texto falando das minhas qualidades e eles pediram que eu entrasse em contato por e-mail. A partir daí eu mandei um mini portfólio com minhas imagens, uma descrição detalhada de onde eu vivo e o que eu pretendia fazer caso fosse escolhido. Fui contemplado e cá estou gerenciando um perfil com 14 mil seguidores e média de 500 curtidas por postagem durante uma semana.
O que pretende mostrar neste período sendo "lumia voice" e o que espera dos usuários que seguem a página certificada e mundial?
Eu pretendo mostrar a minha cidade ao mundo através das lentes do meu Lumia 730. Penedo é uma cidade histórica, banhada pelo Rio São Francisco e rica em cultura, casarões e igrejas belíssimas dos séculos XVII e XVIII. É uma cidade que me inspira, onde os mesmos lugares apresentam diferentes belezas a cada dia, a cada hora. Onde várias pessoas apaixonadas pela fotografia andam de câmeras e smartphones em punho tentando captar um pouco da essência de se estar vivendo algo tão sublime, sejam elas turistas ou moradores.
Eu espero interagir bastante com os usuários de outros países, e já ando o fazendo. Fiquei surpreso por ser bem recebido pelos hosts anteriores, pessoas talentosíssimas como o Simone Averssano, um italiano inteligentíssimo que fez um takeover bárbaro, chamado de "poemografia". O cara simplesmente unia poesia e imagem, e no meu post de anúncio lá estava ele dando os parabéns a equipe por me escolher, e me elogiando pois, segundo ele, eu entendo de como capturar cores nas imagens. Isso para mim foi de uma satisfação enorme.
Veja também pessoas que mesmo usando outras plataformas, ficam maravilhadas com os recursos de fotografia nos lumias, e assumem ficar cada vez mais propensas a migrar de plataforma. Ajudar essas pessoas a fazer isso e ver seu amor pelo windows phone se manifestar é algo lindo.

O que espera da Microsoft para os próximos meses?
Eu espero que a estratégia do Satya Nadella para o windows 10 dê certo; Que o sistema de apps universais traga os desenvolvedores que faltam pro windows 10 mobile alavancar de vez; Que a Microsoft deixe de tropeçar tanto no seu planejamento e consiga cumprir melhor seus prazos; Que a Microsoft Brasil seja mais ativa no quesito marketing, que é bem fraca a meu ver; E que cada vez mais pessoas descubram os prazeres de se ter um smartphone windows pra chamar de seu.
Abaixo, vejam algumas fotos de James Dantas:








Quem for usuário de Windows Phone ou curte fotos tiradas em aparelhos de celular, vale a pena seguir o instagram do James aqui e se impressionar com o que a lente do Lumia 730 pode fazer.

Até!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #19


No dia seguinte, 17/08, após o almoço, Augusto foi me deixar na casa do Alexandre. Já havíamos combinado que ficaria à tarde por lá.

Alexandre me apresentou a mãe dele - que é super jovial e de boa. Tentamos preencher o tédio ali, no quarto dele. Ele começou a me mostrar algumas coisas do celular dele, da TV, e alguns jogos. Quem me conhece sabe que não sou fã de jogos, consequente não sei jogar nada, mas fui tentar:

Me perdoa por essa foto, Alexandre. Também estou o pior - rs.

Alexandre é o típico nerd que tem tudo que um nerd tem que ter. Não sei se o termo certo é esse, mas, para mim, ele é um nerd, sim!

Desistindo dos jogos, procuramos algo de bom na TV. Foi aí que lembrei que o Igor havia comentado sobre um programa na TV fechada chamado "Largados e Pelados". Quando o Igor falou me interessei muito, pois gosto desses realitys no estilo "No Limite" que passava na Globo quando eu era mais novinho. Sem saber do horário na programação, Alexandre pesquisou pelo celular no youtube mesmo, e, graças a tecnologia, pareceu na TV dele. Tudo que ele fazia pelo celular ia direto para a TV. Que massa, né!

Por pura coincidência, assistimos esse episódio aqui, que se passa no Brasil. Por mais coincidência ainda, o episódio se passou no Maranhão, nos Lençóis Maranhenses, eu acho. As imagens já pareciam familiar, mesmo eu nunca conhecendo pessoalmente lá. Assistimos todo o episódio e o tempo passou...

Demos uma pequena pausa somente para comer "bauru" - que não passa de "misto" que chamamos por aqui. Para mim, pão massa grossa com presunto e queijo mussarela é MI-X-TO (se levando em conta o meu sotaque).

Não queria assustar vocês novamente - rs.

No final da tarde, Alexandre foi se preparar para ir à Faculdade. Como combinado, lá eu encontraria Augusto, após resolver algumas de suas pendências.

No caminho de ida, conversei muito com a mãe do Alexandre e descobri o que me deixou bem feliz: o fato de ela, além de ser bem jovial, amar o nordeste. Não lembro muito bem em detalhes  o que conversamos, mas ela disse que amou Fortaleza e Salvador. O nosso assunto era mais sobre as diferenças de culturas, o assunto mais comentado durantes toda a minha semana por lá, até porque não tem como não comparar e trocar informações causando humor.

Chegando na Faculdade, sentei em um banquinho e fiquei esperando o Augusto chegar. Até que o Alexandre ficou comigo por lá na tentativa de que o Augusto chegasse logo, mas acabou indo para a sala de aula.

Esses longos minutos que passei esperando Augusto, observei muito as pessoas: o modo de vestir diferente, de falar, de se expressar, as tatuagens, os cortes de cabelo e as botas de sertanejos que usam sem serem julgados - rs. Gostei mesmo!

Augusto chegou muito depois por conta de ter saído um pouco mais tarde do trabalho e do trânsito. Ele resolveu uma parada dele por lá e voltamos para casa.

CONTINUA...

sábado, 21 de novembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #18

(...)

A volta até que foi rápida, junto com o nível de conversas, cansaço e o sol se pondo.

Um alívio ver Goiânia aparecendo no meio da estrada. Sinal que já estávamos chegando.

Chegamos em Gyn no final da tarde. Eu, definitivamente, estava a cara da derrota. As únicas coisa que eu queria após colocar os pés fora do carro era: tomar banho, comer e dormir.

Durante a viagem, combinamos o que faríamos à noite, sendo que ver o Alexandre era o principal. Não sabíamos se iríamos sair com ele, comer alguma coisa fora, já que eu conheceria o Alexandre pessoalmente nesta mesma noite.

Mesmo enfadados, Augusto, impulsionado, decidiu que iríamos na casa do Alexandre logo e que em outro dia combinaríamos algo. Eu até tentei descordar, já que eu não estava preparado fisicamente - eu me sentia sujo, amassado e assanhado, mas não era eu que estava no comando do carro ali.

Fomos direto para a casa dele. Ainda dentro do carro, Augusto mandou mensagem para Alexandre aparecer no portão. Após uns minutinhos, ainda de dentro do carro, vi o gordo Alexandre. Ele estava descalço e eu com vergonha de ir lá onde ele. Fiquei saindo aos poucos do carro e ele ficou me chamando: "Vem, vem logo!". Foi muito engraçado quando ele me abraçou e me levantou. Confesso que fiquei morrendo de vergonha do Augusto nessa hora - rs.

Alexandre nos convidou para entrar e nos mostrou os seus cachorrinhos. Fomos ao quarto dele e, lá, conversamos rapidão algumas besteiras.

Aproveitando o momento, uma selfie pra registrar aqui:

Não era pra eu estar publicando essa foto. Olhem a minha cara acabada - rs.

Combinamos outras coisas e voltamos para a casa do Augusto.

CONTINUA...

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #17


Demorei, mas vou tentar ser um pouco breve nesse post.

*

Já estava passando o horário do almoço, mas a minha vontade de comer uma comida bem nordestina por ali era mantida. Eu sabia que não estava em terras nordestinas, ainda não tinha caído a ficha totalmente, mas, mesmo assim, eu pensava em uma boa farofa e um feijão tropeiro.

Como dizem que a volta é sempre mais rápida, foi.

Antes de chegarmos em Gyn, paramos em um posto para almoçarmos. Do contrário do que as pessoas pensam, o posto era super chique, cheio de pessoas e bem organizado. Como demoro muito pra atualizar aqui e sei que vou esquecendo o nome das coisas, não lembro qual o nome, mas vou perguntar pro Augusto aqui no whatsapp. Só um instante. (...) Pronto! O Augusto acabou de me dizer que não lembra mais, mas que "ACHA que é o Pedra Bonita. Décio Pedra Bonita" - rs.

Momento em que ia tirar foto do lugar e Augusto passou na frente - rs.

Paramos lá e mais uma vez vimos aqueles peixes, como visto em um dos posts anteriores sobre essa minha viagem. Mais uma vez, fiquei com um pouco de nojinho, mas tudo bem. Não deixei de filmar ali, de olhar, de qualquer forma.

Entramos neste restaurante do posto e fomos direto para a comida. Era muita, mais muita comida mesmo! Eu poderia colocar um pouco de tudo, mas precisaria de uma bacia e de uma barriga nova - rs. Passeamos entre tudo ali e tiramos as tampas nos servindo. A única coisa que eu não queria deixar de comer ali era milho, algo que amo, mas não tenho costume de comer aqui. Não sei se cheguei a comentar aqui, mas o milho que os goianos preparam é maravilhoso, o tempero, a consistência... Meu Deus, dando água na boca aqui só de digitar isso.

Após colocarmos os grãos e saladas no prato, seguido de um MARAVILHOSO purê de batata, fomos às carnes - sendo que eu não sou muito fã de carne. Não lembro o que o Augusto escolheu, mas quando eu vi o churrasqueiro servindo uma pessoa do lado com frango enrolado de bacon, pirei - e olha que nem sou muito fã de bacon também. Eu quis!!! Perguntei se tinha limite, e ele disse que eu poderia escolher quantas unidades quisesse. Mesmo querendo mais, pedi para que ele colocasse somente três peças, visto que o meu prato já estava com aparência de prato de caminhoneiro - rs. Após, pesamos o prato e fomos procurar uma mesa naquela praça enorme.

Juro, não vi o preço que tinha dado o meu prato. O que mais importava naquela hora era consumir toda aquela delícia que estava ali. Comi muuuuito, deixando a coca-cola sempre por ultimo. O meu segredo é: comer tomando coca-cola enche mais rápido, certo? Fica a dica.

Continuamos comemos sempre elogiando a comida...

Demoramos um pouquinho ali conversando e mexendo no celular e depois voltamos à estrada.


*

Eu disse no começo que iria ser breve, mas quando se fala em comida... - rs.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SEGUNDA IDA À JERICOACOARA - CE

Nem vou mais me comprometer a fazer posts em grande tamanho e divididos em seções porque sei que não irei dar conta, ainda mais lembrando que NUNCA conclui a minha primeira vez a Jericoacoara aqui, nem minha ida a Goiânia/Minas aqui. Mas sempre que der aparecerei por aqui para dar um sinal de vida.

No final de semana que foi feriado na segunda, dia de finados, nos mandamos para Jericoacoara. Tudo foi planejado e alugamos um carro, pagamos a hospedagem antecipada, fizemos todos os cálculos e... estrada no começo da manhã do sábado, 31.

Não quero muito contar em detalhes até porque nem posso me empolgar, senão vai render milhões de posts e não irei dar conta novamente. Porém, garanto que viajar com amigos é a coisa mais massa que se pode fazer na vida. Ri demais com Pedro (Uarh!), inclusive. Dalton e Edivan, por ser primeira vez em Jeri, se encantaram exageradamente com o paraíso.

Momento espontâneo, no buggy, na ida às dunas de Jeri.

Foi sensacional andar de buggy, conhecer alguns pontos turísticos e, claro, ter a Lagoa do Paraíso só pra gente. Andar de caiaque foi muito massa! Eu achava que não conseguiria, que poderia ser complicado, mas quando dei por mim, já estava muuuuito longe da beira da lagoa. Os braços cansam, claro, mas a sensação é incrível. Preciso, inclusive, passar por mais experiências assim.

Pareço desajeitado, mas estava quase um profissional - rs.

Não posso esquecer que à noite comemos uma pizza digna no, como o próprio funcionário disse, "considerado melhor restaurante e pizzaria de Jericoacoara". O lugar é super confortável e na maioria feito com decorações artesanais; o sabor da pizza é incrível, tão tal que acabamos jantando por lá no dia seguinte novamente. Como o que é bom merece ser compartilhado, então digo para que passem na Romã Restaurante & Pizzaria (confere a página do Facebook aqui). Um ponto que pode ser negativo para algumas pessoas é o de não ter rede wi-fi no local, onde um pequeno quadro na parede explica: "INTERNET: Nos aproxima dos distantes, mas nos afasta dos presentes!". Quem liga pra wi-fi quando se está com amigos, num lugar de música moderna e agradável e com um cheiro de pizza ótimo, né não?


A nossa volta para casa foi dolorosa e, assim como minha ida a Goiânia, o GPS foi o nosso melhor amigo - rs.

Que venham mais viagens! o/

terça-feira, 29 de setembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #16

(...)

Não lembro a hora que acordamos no domingo, mas quando acordei, Augusto já estava de pé. Havíamos combinado de ir ao Parque Sabiá bem cedão, mas com aquele cansaço e aquele calor...

A agonia era grande e o calor dali se igualava ao de Teresina. E eu, inocente, levando roupas de frio, justamente achando que ia congelar. Nessa ida, Augusto havia levado uma jaqueta vermelha, que não saiu do lugar. Ela estava abraçada ao banco do carro dele, e ali permaneceu.

Nos arrumamos rapidinho, ambos de calça, e nos mandamos ao encontro da Tássya. Conheci a casinha dela, a mãe dela e o quarto dela. Tentei registrar o máximo de coisas em minha memória, já que tudo era novidade. Enquanto ela calçava as meias, eu olhava para um lustre de fotos que tinha ali, cheio de fotos... Inclusive, ela me disse que depois iria revelar umas fotos para colocar também em um mural que tinha por lá. Uma foto nossa também, claro!

Quando já estávamos de saída, Tássya perguntou se queríamos almoçar na casa dela, pois sua mãe mesmo que nos convidou.  Inclusive, sua mãe já estava preparando uma quantidade maior no almoço contando com a gente. Ela olhou para mim e eu olhei para o Augusto. "E aí!?" - perguntei pro ar. Eu estava morrendo de vontade de experimentar da comida mineira, mas... Augusto fazia cara de que não estava a fim. Sendo assim, informei pra ela que não, que sairíamos depois do almoço e que íamos comer em algum lugar para que não pegássemos a estrada quando estivesse escuro da noite.

Fiquei com uma dor no coração em saber que estava dispensando uma comida que poderia ser a mais deliciosa da minha vida, mas seguimos ao parque.

Mais uma vez, como disse no começo deste post, levei nas mãos uma camisa manga comprida, jurando que a qualquer hora poderia dar aquele vendo frio que sentia em Gyn. Mas quem disse? O calor estava de matar e continuei comparando por diversas vezes com o de Teresina. Compramos água logo na entrada do parque e seguimos adentro. Eu estava muito tímido ainda... Mas seguia firme.

De cara, fomos para a beira de um lago. O lago dos peixes mutantes coloridos, iguais o que mostrei nesse post aqui. As pessoas que estavam na beira, jogavam biscoito, pão e outras coisas para os peixes comerem, que não se intimidavam e faltavam pular, numa constante briga para abocanhar o pedaço de comida jogado. Desculpem quem gosta de peixe, mas me dava um nojo de ver eles abrindo a boca daquele jeito... Ixe!

Seguimos para outros lugares... O Igor, no caminho, comentava que tinha alergia a sol. Como assim "alergia a sol"? Até brinquei com ele dizendo que sendo assim jamais poderia ir ao nordeste. Como eu tinha guardado a minha camisa manga comprida da mochila da Tássya, ele abriu e pegou achando que era dela. Mesmo assim, deixei ele usar, avisando que era minha... Como ele estava de camiseta, qualquer coisinha ele já ficava empolado, vermelho, então senti que a minha camisa, mesmo no meio daquele calorão, foi útil.

Momento em que encontramos uma sombra:
Igor, amigo do Igor, Tássya e eu

A minha vontade ali era voltar à ponte que passamos no dia anterior, no final da tarde, como falei no post anterior, então seguimos para lá.

Augusto não quis passar com a gente, então deixei com ele a câmera para que fosse registrando o momento em que atravessávamos. A passagem foi bem rápida, tranquila e sem emoção por ser na luz do dia, tirando alguns momentos que tivemos que ficar como macaquinhos na árvore, quando algumas pessoa vinham na nossa frente querendo passar. Era o jeito desviar delas.


Andamos muito mais, nos hidratamos a cada cinco minutos e enchemos as garrafinhas de água nos bebedouros que tinha no caminho.

Quase meio-dia fomos ao zoológico com um pouco de pressa. Os animais estavam escondidos, quase não víamos eles. O rei da selva, nada... De longe, no lugar onde ele ficava, junto com uma leoa, dava somente para ver uma de suas patas dianteira. Parecia que ele estava dormindo, sei lá... No dia seguinte foi que Igor me avisou pelo whatsapp que o Leão estava morto, por isso o odor forte que sentíamos na hora. Talvez o leão tenha morrido na madrugada e o corpo já estava em mudança de estado...

Não lembro a hora exata em que saímos de lá, mas o que eu queria mesmo era ir almoçar. O meu humor estava querendo cair, mas eu tentava manter. Quem me conhece sabe que fico de mau humor quando estou com fome.

A despedida foi bem dolorosa internamente. Embora não demostrasse por fora, por dentro só Deus sabia o que eu sentia. Dei um abraço um demorado na Tássya, um no Igor - que nessas alturas já estava com o pescoço todo vermelho da "alergia do sol" -, já pedindo a minha camisa de volta e um no amigo deles que não me recordo o nome.

Cansados, Augusto e eu entramos no carro, ligamos o GPS novamente e fomos pegar a BR...

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

SCREAM QUEENS

Tive que correr aqui pra comentar sobre o primeiro episódio de Scream Queens que acabei de assistir.

Minha gente, que episódio MASSA!!!

Quando descobri que Ryan Murphy iria engajar em outra série, já fiquei louco. Além de American Crime Story - que será lançada em 2016 -, fiquei super curioso e ansioso por Scream Queens. Li muito a respeito da série e sempre fiquei acompanhando os teasers e algumas matérias que saíam a respeito.

A série foi lançada na terça, 22, deste mês, mas só hoje pude assistir, já que não tenho assinatura de tv para ver simultaneamente. O que falar dela? Parece meio clichê, mas sabe aquela frase que sempre dizem que "não sei o que falar, só senti...", pois foi isso.

Tô aqui muito besta com tudo. Me brota cada vez mais uma ansiedade absurda para que termine de baixar logo o episódio posterior ao piloto - que inclusive nesse momento falta somente 1 minutinho.

Gostei da fotografia meio anos 90, das músicas, dos sons de suspenses que lembram muito os filmes antigos, mas com uma modernidade que não sei explicar. A Emma Roberts, como sempre, maravilhosa e sempre fazendo a "menina indefesa", o que não foi tão diferente da sua personagem em American Horror Story - Coven. Somente elogios para essa série que estreou muito bem.


Mesmo vendo o primeiro, já quero saber: Quem é o Red Devil?

domingo, 13 de setembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #15


Eu já sabia que quando acabassem essas férias eu demoraria para atualizar aqui, mas aproveitando esses resquícios de coragem que me brotou agora, vou continuar...

* * *

Voltamos para casa para devoramos o lanche e, demorado mais um pouquinho, fomos tomar banho. Eu estava a caminho de mais um sonho: conhecer pessoalmente a @TassyaLoren do Twitter. Foram anos conversando pelo virtual, muitas arrobas trocadas - por grande parte sobre a Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha). Foi, sim, através da Raquel, que conheci a Tássya.

Após ter me arrumado, fomos à casa dela, mais uma vez, com a ajuda do GPS! Igor estava conosco, mas não sabia ao certo onde e como era a frente da casa dela, já que fazia muito tempo que não a via.

Quando estávamos na rua, mandei mensagem pra ela e ela apareceu na frente de sua casa. Ainda dentro do carro, olhei aqueles olhinhos, aquele corpinho e suas roupas bem estilosas, típico de sua personalidade. Então, desci do carro e fui abracá-la. Foi um abraço muito gostoso, dois magrinhos ali, se apertando. Adorei quando ela me viu e soltou um "oiêêê!". Isso jamais quero esquecer!

Sem moleza, peguei o celular e pedi para o Augusto tirar fotos, porque eu já sabia que nossa expressão naquela hora seria bem perceptiva na imagem.


Falamos sobre nossas aparências, comparando com as das fotos que até então só nos víamos por elas. Ela comentou que achava que eu era mais alto e mais magro - rs. Achei que ela fosse falar algo a mais, mas deixou pra lá. Dentre essas perguntas, ela me perguntou se eu achava que ela era mais "beiçuda" - rs - e o que eu achei de diferente/estranho nela. Comentei que os olhos, achei eles bem pequenininhos.

Augusto estava vendo tudo, todas as minhas etapas do virtual se tornando real. Apresentei ele para Tássya e seguimos caminho. Estava tudo certo para irmos à um parque que tem na cidade. Me empolguei bastante com isso e acredito que Augusto também.

Chegamos lá quando já estava anoitecendo, então, não tinha muito o que olhar naquela escuridão que se aproximava. As pessoas que estavam por lá, corriam ao redor do parque, andavam de patins e skate... Outras simplesmente bebiam nos quiosques ou namoravam.

Andamos muito por lá e por ser na beira de uns lagos, o mato fazia o clima ficar frio. Por ali também tinha um zoo, mas que não tinha como ir, nem ver nada. Inclusive, estávamos caminhando com a luz do celular ligada, porque, né...

Ainda ali, passamos por uma ponte feita de concreto. Era como se fosse um muro, mas um pouco mais largo, mais ou menos com dois palmos de largura. Não tinha apoio para as mãos, então, nos desfiamos a passar por lá se equilibrando e seguindo o outro. Na sequência de ida, foi: Tássya, Igor, eu e Augusto. Por alguns momentos, Tássya parava no meio do caminho e todos paravam também. Eu parava para olhar para trás e Augusto estava lá longe, andando bem devagarzinho, morrendo de medo - rs. Mesmo assim, fizemos uma selfie:


Foi tudo tranquilo! Chegamos no final do percurso, tomamos água em um bebedouro que tinha por lá, no meio do nada, e seguimos para sentarmos. As minhas pernas, ou melhor, as nossas pernas já doíam de tanto andarmos por ali. Andamos tanto, mas não foi nem na metade do que aquele parque tinha para ser explorado.

Andamos mais um pouquinho e resolvemos sentar em uma barraquinha de água de coco. Como o nosso propósito maior era sentar, ficamos mais de meia hora sentados lá, na mesa da barraca e não consumimos nada, nem sequer uma água de coco - rs.

Na entrada do parque, onde seria a nossa saída, já que o carro estava estacionado bem perto, conversei muito, mas muito com a Tássya. Aquele era o nosso momento! Igor se reservou em um canto do banco e Augusto se manteve calado enquanto Tássya e eu falávamos da Raquel. Era muita empolgação ao escutar de cada um como foi o encontro com a Bruna/Raquel. Na parte em que eu contava o meu encontro - que inclusive registrei aqui em várias partes - Tássya fumava um cigarro. É bem estranho ter visto ela fumando, mas não me surpreendi tanto quanto o Augusto, que não sabia ou nem lembrava que já tinha falado pra ele.

De lá, não me lembro a hora, fomos atrás de uma pizzaria, porque a fome estava matando a gente. Como era feriado em Uberlândia, a maioria dos estabelecimentos estava fechado, o que ocasionou horas e mais horas rodando de carro. Até que, enfim, encontramos uma. A pizza não demorou a chegar, mas não curti muito ela. Desculpem, amigos, mas achei ela bem molenga.


Após comermos, deixamos Tássya em casa e voltamos para casa. A gente tinha que ir dormir para acordar um pouco cedo, porque havíamos combinado de voltar ao parque às 9h, pois, Augusto e eu, tínhamos que pegar estrada de volta para Gyn depois do almoço.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #14


Chegamos em uma loja chamada "Havan" - na qual eu insistia em chamar "Ravan", como se fosse uma palavra inglesa. A loja era no segundo piso, onde subíamos por uma esteira. Nela tinha uma parede de vidro que ficava em frente a uma BR e, se não me engano, de um viaduto também. Ao lado, uma estátua da liberdade, onde, claro, usei como cenário para fotos de Mister Job, que nessas horas estava derretendo de calor - rs.


A amiga do Igor estava querendo comprar algumas roupas, então, a acompanhamos. Enquanto ela e Igor estavam escolhendo, vendo as seções, eu posava para algumas fotos com Mister Job. Aquele clima com ar condicionado na loja não tirava muito a agonia que aquele calor de Udi me proporcionava...

Alguém encontrou o Mister Job?

Ainda ali, após terem concluído a compra, resolvemos comprar algo para comer. Como nem tínhamos almoçado porque chegamos em Udi depois de meio-dia, resolvemos comprar um lanche rápido para alimentarmos as lombrigas...

* * *

DEPOIS CONTINUO...

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #13

(...)

Quando chegamos em Udi, meu melhor amigo não era mais o Mr. Job - que naquelas horas estava largado dentro do porta-luvas do carro -, mas sim o GPS do meu celular.

Augusto e eu não fazíamos ideia de onde estávamos e, graças a tecnologia da localização do whatsapp e do GPS que seguiu ela, conseguimos a viagem tranquila. Assim que chegamos, comunicamos ao Igor - que conheci há pouco tempo, após a morte de um amigo que eu iria conhecer pessoalmente... Não, espera, melhor eu começar toda a história para que seja bem entendida.

~

Há alguns anos, um cara chamado Weuller me adicionou no Facebook. A única amiga em comum era a Tassya, que já tinha um pouco mais de tempo que a conhecia virtualmente. Inclusive, nos conhecemos também através do Twitter. Quando esse cara me adicionou, antes que eu o aceitasse, perguntei para Tassya quem ele era e ela não sabia me dizer muito bem, somente que já tinha visto ele pelo trabalho dela. Mesmo assim, arriscando uma nova amizade, aceitei a sua solicitação de amizade. Passado alguns dias, começamos a conversar e a conversa acabou rendendo. O papo dele é muito bom. Ficamos muito amigos e fomos até alimentando essa minha viagem um dia para Udi.

Acho que através de mim, mencionando sempre os dois juntos, Tassya e ele se tornaram mais próximos. Acho que iam às baladas juntos e se divertiam bastante, coisas que eu só podia ver por foto. Por algumas vezes, como qualquer amigo normal faz, nos ligávamos, conversávamos sobre a vida e ríamos sempre do nosso sotaque. Ele sempre me zoava me chamando de "bichinho", já que essa é uma expressão de piedade que usamos por aqui no final das frases.

Algumas vezes, ríamos demais dos nossos áudios, e conversávamos quando sobrava tempo, pelo Skype. Lembro que ele sempre me mostrava as coisas que conseguia e os objetivos futuros. Uma vez ele me disse que estava querendo trocar de emprego e que iria tentar trabalhar em algo maior e que na semana seguinte já faria uma entrevista. Desejei boa sorte e fiquei torcendo para que tudo desse certo, como se ele fosse um amigo de perto mesmo. E deu certo!

Na semana seguinte ele me disse que já estava tudo certo e que iria começar no emprego novo em um Banco. Alegre, demonstrei a minha animação por saber que ele tinha conseguido. Nas semanas seguintes, ele já me exibiu um iphone, mostrando sua grande satisfação por ter conseguido.

Nos dias seguintes, o horário que ele poderia se comunicar comigo era somente depois das 00h, mas nesse horário ficaria um pouco complicado para mim, pois eu tinha sempre que acordar no dia seguinte cedo para ir trabalhar. Por algumas vezes, conversava, pois aqueles momentos de conversa com ele, nem o cansaço pagaria.

Ele me disse um dia que tinha conseguido outro emprego, para que lhe desse uma renda extra. Era um emprego simples, mas para ele já estava de bom tamanho. Pela manhã e tarde ele tinha uma função - que não me recordo muito bem - no Banco do Bradesco e pela noite ele vendia cachorro quente em um lugar chamado "Au Au Lanches" da cidade dele. Só lembro do nome do lugar, porque uma vez ele me mandou uma foto usando o uniforme de lá.

Admirava muito aquilo dele e ficava sempre feliz por ele servir como exemplo para muitas pessoas que pensam pequeno.

Foram as ultimas vezes que conversamos...

Por um dia, sentindo falta das nossas conversas, ele não me respondia mais. Eu fiquei preocupado e por vezes até achei que ele tivesse me bloqueado. Nisso, chamei Tassya para conversar e perguntei por ele. Eu queria saber o que estava acontecendo. Ela então me disse que ele havia sofrido um acidente andando de patins uns dias atrás e que tudo ficaria bem, mas que ele estava em recuperação.

Sem informações precisas da Tassya e com desconfiança de algo a mais, resolvi adicionar o melhor amigo do Weuller, o Igor, para que eu pudesse saber de detalhes. Foi então que ele me contou a mesma história e acrescentou que ele estava em coma, esperando ser acordado para ver a questão de outros procedimentos. Detalhando mais, o acidente foi ocorrido por uma queda e batida da cabeça no chão - ele não estava usando o capacete.

No sábado, quase uma semana depois do acidente, Tássya me mandou uma mensagem mais ou menos assim no whatsapp:

Tássya: Anderson, não tenho notícias boas.
Eu: O que aconteceu?
Tássya: Weuller não conseguiu acordar...
Eu: Mas vai ficar tudo bem , né? - nessa hora achei que ele fosse ficar com alguma sequela.
Tássya: Não, Anderson. Infelizmente tiveram que desligar os aparelhos...
Eu: Weuller morreu?
Tássya: Sim, Anderson!

Nessa hora, comecei a chorar sozinho ali no meu quarto. Não estava acreditando que fazendo pouco tempo que poderia ver ele, aquilo me aconteceria. Sem forças e com a cabeça inchando ali, por tentar segurar o choro sem fazer barulho, cobri meu rosto com o lençol. Ainda sem forças, queria ter dividido aquilo com alguém.

Meu irmão estava do meu lado, quando virei pra ele. Ele viu minha cara vermelha de tanto chorar, baixou a cabeça e não me perguntou nada, mas demostrando com aquele olhar confuso e indireto interesse em saber.

Tentando deixar as palavras saírem da minha boca bloqueada pelo choro, falei pausadamente o que tinha acontecido:

- Dayson... Tu sabe que vou pra Uberlândia daqui uns dias, né? Sabe o cara... O cara que eu ia conhecer lá...? Ele acabou de morrer!

Sem saber muito o que falar, ele soltou apenas um "é foda!" com tom triste de "sinto muito", lamentando o que estava passando ali.

Aquilo ainda não tinha me bastado. Eu sentia como se alguém de perto tivesse morrido. Eu queria também ficar só, pensar nas coisas boas. Ouvi novamente os últimos áudios nos quais ele dizia que não via a hora de me conhecer, que iria me pegar na rodoviária e que prepararia uma janta bem gostosa, além de me presentear com algo bem legal - que jamais saberei o que é. E aquilo me fraquejava, causando mais choro ainda.

Lembro que tudo isso foi num sábado e nesse mesmo dia teria que ir em um encontro bíblico, onde Fabrícia e Adriano sempre me incentivaram a frequentar. Eu não estava bem para ir, estava com o rosto inchado de tanto chorar e com olhos e nariz vermelhos, mas algo dentro de mim dizia que seria melhor ouvir ali o que Deus tinha pra me dizer através deles. No final do estudo, contei o que estava acontecendo e, emocionado, voltei a chorar. Os dias seguintes fiquei remoendo aqui, chorando ainda que pouco, mas ouvindo os áudios que me deixavam mais triste ainda.

Após algum tempo depois desse ocorrido triste, me tornei amigo do Igor e conversamos muito. Eu expliquei que já tinha programado a minha ida a Udi e que não sabia onde ficar, muito menos para onde ir. Igor, sendo super gente boa, disse que já que eu era amigo do Weuller e Weuller falava sempre bem de mim, se tornaria meu amigo também e, claro, me ajudaria no que fosse ao alcance dele.

E foi nessa que tudo deu certo.

~

Igor mandou sua localização e fomos bater em frente ao prédio dele com a ajuda do GPS. Udi naquele dia estava com um calor sem fim e o que eu mais queria ali era tomar um banho de água fria. Mesmo assim, ainda demorei um pouco a ir ao banheiro, pois começamos a conversar sobre Weuller e outras coisas da cidade... Ficamos mais ou menos uma hora ali, sentados, conversando.

Após, tomei banho, troquei de roupa e esperei a ida do Augusto ao banheiro também. Enquanto isso, sozinho, ficava olhando ali o quarto que eu estava, era o quarto do Weuller, com uma cama, um colchão encostado na parede, um guarda-roupa e algo do lado que não me recordo o que, mas que parecia uma mesa com sapatos, notebook e outros trecos. Andando por ali e observando tudo, fui ao guarda-roupa, que estava com a porta entre aperta. Curioso, abri um pouquinho e vi um crachá de funcionário do Bradesco. Era do Weuller. Além do mais, tinha ali a caixa do iphone dele, que ele tanto gostava de mexer e me exibir. Foi triste ver tudo aquilo, mas não consegui chorar.

Augusto saiu do banheiro minutos depois e, após alguns minutos, esperamos a amiga do Igor, que também morava lá, se arrumar e Igor também. A gente ia em uma loja, onde ela queria comprar umas roupas. A loja era perto, poderíamos ter ido a pé, mas com aquele calor, Augusto ofereceu a ida de carro.

CONTINUA...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #12

(...)

Antes mesmo de conhecer o Augusto pessoalmente, perguntei pra ele se teria possibilidade de irmos em Udi (Uberlândia), já que era bem pertinho de Gyn. Ele acabou dando a resposta positiva há meses atrás. Combinamos a questão do combustível e marcamos a data e o horário de saída, para deixar logo tudo muito bem esquematizado, considerando um final de semana que ficaria em Gyn, claro.

Lembrei aqui que no começo da madrugada do dia do meu voo, quando ainda não tínhamos nos conhecido pessoalmente, claro, e eu estava muito tento pensando ainda que pegaria um avião, que viajaria sozinho, que estaria em outro clima, estado, etc... Augusto me surpreendeu cancelando tudo. Me mandou mensagem dizendo que achava que não daria para ir para Udi e tal, tal tal... Lógico que me chateei e até tratei ele um pouco mal diferente. Mas como a única certeza que tínhamos ali era conversar tudo novamente e ver os prós e contras, com um pouco de dificuldade, mas com soluções, firmamos a viagem. Amém!

Na manhã de sábado, 15, acordamos cedo, arrumei a mochila em cima da hora, entramos no carro, fomos abastecer e nos mandando pela BR. No caminho, Augusto ainda me mostrava algumas coisas da cidade e eu tentava prestar atenção, sendo que a minha ansiedade maior era conhecer Minas Gerais e quem sabe até comer um pão de queijo por lá.

Lembro que ele me mostrou também o lugar exato onde o cantor Cristiano Araújo sofreu o acidente e morreu. Nessa hora, assim como no começo da viagem, lembrei de Deus e pedi para que ele estivesse ali conosco, nos guiando naquela ida e que fossemos na fé de Cristo.

Em meio as músicas sertanejas e meus gostos estranhos - pelo menos pro Augusto - seguimos a viagem. Ainda estava muito recente ali, então, o vídeo abaixo - com a música da playlist do meu celular, claro - mostra o quão estávamos animados em viajar na companhia um do outro.


A viagem era de mais ou menos quatro horas, então, tinha muito tempo pra gente conversar mais das coisas que só conversávamos no virtual.

Por algumas vezes, ríamos de besteiras, de coisas que nem sei como explicar agora.

No meio do caminho, paramos em um posto para nos esticarmos e comermos algo - aproveitando, Augusto ligava para os pais informando onde estávamos. Lá nem parecia um posto, era um lugar que na frente tinha uma espécie de lago, aquário, sei lá como chama aquilo. Tinha uns peixes coloridos e grandes indo para lá e para cá. Os peixes pareciam frutas podres que nadavam ali, inclusive Augusto até falou que um parecia muito uma manga ficando podre. E parecia mesmo. Confirmem isso no vídeo que filmei abaixo. Ele aparece no 0:08, na parte superior do vídeo:


Confesso que fiquei com um pouco de nojo deles: grandes, feios, com aquelas bocas de peixe enormes que mais pareciam mutantes.

Depois de ter filmado, pegamos a ficha na catraca do posto, passamos por ela e fizemos o nosso pedido. Com medo de pedir algo pesado que pudesse me fazer mal durante a continuação do percurso a Udi, pedi um bolo de chocolate que parecia estar uma delícia e Augusto pediu acho que um salgado de pizza, sei lá. De bebida, acho que Augusto pediu uma coca-cola lata e eu pedi um suco de uva em lata, que nunca tinha tomado na minha vida e que não me impressionou de tão normal como o suco de caixinha mesmo.

Terminamos o lanche e nos mandamos para, enfim, chegar à Uberlândia! \o/

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #11

(...)

Nem demoramos muito no lugar onde lanchamos e, ali mesmo, perguntamos no grupo do whatsapp onde o Breno estava.

Ele nos disse que iria em tal lugar, um lugar parecido com um shopping, mas bem menor. Não foi tão difícil encontrar ele ali em um local especifico, pois como ele sempre dizia que adorava beber, de longe vimos ele na seção de bebidas - rs.

Na medida em que Augusto e eu se aproximava da seção, questionávamos se era ou não era o Breno. Mas era. Ao chegar perto, encostei do lado dele como se estivesse vendo uma bebida também. Ele logo olhou para mim, me reconheceu e nos cumprimentou. Foi bem engraçado esse "tweetencontro", ainda mais porque ele é uma pessoa muito cheia de expressão e comunicativa. A amizade que se formou ali, parecia já de anos, assim como aconteceu com Augusto. Eram risos de besteiras e conversas que eu acabava ficando por fora, por não ser da mesma cidade.

Em uma pequena praça de alimentação, resolvemos sentar para conversarmos melhor. E foi ali que ficamos mais ou menos meia hora papeando...

Só de olhar pro Breno dava vontade de rir, porque ele é muito engraçado, mesmo sem querer. Como falei, cheio de expressões. No meio da conversa, a foto, claro:

Breno tirando selfie é um pouco sério, mas pessoalmente... - rs

E assim foi o dia 14/08, meu primeiro dia em Gyn. O dia foi super cansativo. Saímos e rodamos tanto de carro em alguns lugares que parecia que já estava ali há semanas.

Após nos despedirmos do Breno, combinamos de nos ver nos próximos dias para que eu entregasse seu presente (um Guaraná Jesus que havia prometido) e conhecer outros pontos de Gyn.

Voltamos para casa quando já eram mais de 21h30. Tínhamos que dormir cedo, porque no dia seguinte, ainda pela manhã, bem cedinho, tínhamos que ir à Uberlândia para outro "tweetencontro" com uma amiga que conheci há anos no Twitter. Aproveitando a oportunidade, já que Gyn é bem perto de Udi, queria conhecer ela pessoalmente.

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #10

(...)

Não lembro muito bem, eu estava com os pensamentos fracos, querendo mesmo tomar banho e dormir. Assim que chegamos na casa do Augusto, a mãe dele que abriu o portão e me deu as boas vindas. Disse pra eu ficar à vontade, me mostrou o quarto onde eu iria ficar e me apresentou os dois banheiros, caso precisasse quando algum estivesse ocupado.

Sem timidez, me livrei de toda a minha roupa, peguei a toalha que estava já fácil na parte de cima da mala e me mandei para o banheiro. Sentir a água quente (me arrependi!) daquele banheiro foi torturante, mas aliviante ao mesmo tempo. Me joguei mesmo ali debaixo daquele chuveiro, fechando os olhos e agradecendo a Deus por estar ali, vivo e com muitas coisas ainda para aproveitar. Eu sentia todo o meu cansaço ir pelo ralo literalmente e estava me renovando aos poucos a partir daquele banho.

Ao sair, coloquei uma bermuda e uma camisa simples e me abracei a cama, sem travesseiro, lençol, nem nada. O que eu queria mesmo naquela hora era me esticar e dormir até não querer mais.

Acabei acordando no final da tarde, estranhando tudo, vendo que o sonho ainda não tinha terminado, nem acordado dele, embora tendo acordado fisicamente naquela hora - rs. Deu pra entender?

Ao acordar, Augusto apareceu na porta do quarto falando com o sotaque bem massa dele, após ter chegado do trabalho:

- E aí!? "Baum"?

Como eu gostava de escutar aquilo de todas as pessoas que sempre se comunicavam, inclusive nos inícios de conversas no telefone, onde sempre se cumprimentam.

Como tudo estava sendo novo, Augusto encostou na cama dele, deitou e ficamos conversando. Foi aí que lembrei da selfie, mesmo com cara de quem tinha acabado de acordar. O que importava ali era o registro do momento.


Como falei em um dos posts anteriores, sempre ficávamos ligados no grupo do whatsapp onde o Breno também estava incluso. Falei do frio e de outras besteiras e então, naquela folga e noite, resolvemos sair para lanchar e, em seguida, conhecer Breno pessoalmente.

Lanchamos em uma avenida super movimentada, em um lugar que não lembro o nome, mas que tem um super hambúrguer. Juro, eu tenho a boca grande, mas aquele hambúrguer... Precisa de duas bocas pra comer. Não consegui comer todo, muito menos tomar todo aquele suco delicioso de abacaxi. Estavam divinamente gostosos, não sei se pelo tamanho da minha fome aquela hora. Mas me surpreendi por não ter conseguido comer tudo. Inclusive, todos os dias em que fiquei em Gyn, Augusto jogou isso na minha cara, dizendo que eu só tinha foba, que quando chegasse eu ia comer muito, mas não consegui. Que decepção! Desculpa, mermão.

domingo, 23 de agosto de 2015

FÉRIAS: CN → THE → GYN → UDI #9

(...)

Eu sabia que depois que eu chegasse aqui em Teresina seria muito mais difícil e demorado pra eu publicar. Em Gyn, os pássaros me inspiravam, mantidos pelo silêncio. Agora aqui, além de muito calor, tudo ao contrário... Mas, vamos lá, tentaremos agora.

* * *

Depois que almoçamos, ficamos por ali ainda, conversando.

Já estava dando quase 14h e Augusto tinha que voltar ao trabalho. Eu achava que ele iria me deixar na casa dele pra descansar, dormir, mas... Quem disse? Ele me levou até seu trabalho, até porque o que ele mais queria que eu conhecesse era a rotina dele.

Demorou muito pra chegar no prédio onde ele trabalha, mas eu não percebi, porque as ruas e as pessoas que estavam nelas, me fascinavam. Era tudo diferente, e eu não conseguia prestar atenção no tempo.

Ele foi estacionar o carro e segui ele até o prédio, que até então eu só havia visto por foto. Um prédio lindo, com vidros bem diferentes e com muita correria. Logo assim que entramos, percebi isso. As pessoas andavam correndo, aquela agonia, aqueles cumprimentos rápidos para não perder o horário de bater o ponto. Eram três elevadores ali, um ao lado do outro, mas somente um funcionava. Era uma espera tensa, cheia de conversas misturadas. Eu me distanciava de tudo e das pessoas que estavam ali de terno, de roupas bem fechadas e diferentes. Por vezes, ia em direção à janela fechada, observando tudo dali, do sexto andar - era mesmo o sexto, Augusto?. A minha esperança falha era de sentir ar puro ali.

Augusto pediu para que eu o esperasse um pouco, pois logo em seguida iria sair para resolver umas coisas fora. Esperei, mas torcendo para que tudo passasse logo, porque não me senti bem no trabalho dele. Um desconhecido ali, feio, magro, sujo, barbudo e nordestino, onde todos me olhavam de uma forma estranha, quando na verdade tudo isso era ilusão da minha cabeça.

Sentei no sofá da recepção por alguns segundos, quando ele me chamou para um corredor, me mostrando sua sala e o que fazia. Enquanto ele me mostrava o banheiro - que não usei -, fiquei de longe ainda olhando por outra janela que apareceu ali, me sentindo preso em uma gaiola de estranhos.

Acho que passei uns 30 minutos ali dentro, mas parecia já que estava de noite. Eu queria sair, gritar, mas tinha que esperar. Eu ainda me sentia sujo, precisava de um bom banho e de uma boa cama.

Enfim, lá se vem Augusto me sinalizando que iriamos sair. Amém!

Descemos o único elevador que funcionava, quase lotado, e seguimos ao carro de outra pessoa - que fazia parte do trabalho dele.

Eu achando que, enfim, iria para a casa dele descansar... Quem disse? Meu senhor!!! - pensei. Ele tinha que resolver um pagamento e o único lugar que seria perto e viável para ele seria o Santander da faculdade dele. OMG!!!

Um pouco agoniado, me sentindo como se fosse um celular descarregando, disse a ele que não iria com ele e que ficaria ali mesmo, dentro do carro, descansando um pouco.

Dentro do carro, usei a jaqueta de frio como travesseiro, coloquei do meu lado direito, encostei a cabeça e, sem nem perceber, cai no sono. O clima já estava começando a esquentar, eu não conseguia mais escutar ninguém ali e só acordei quando ouvi o Augusto abrindo a porta do carro. Inclusive, tomei um susto e ele riu de mim.

Ele até que queria voltar ao trabalho, fazer eu esperar mais mil anos, mas eu não aguentava mais. Dali, disse para que me levasse pra casa dele, que eu estava mal, muito mal e precisava de um banho e uma cama, pelo menos por alguns minutos. Com pena de mim, sem nem dizer nada, me levou as pressas.