domingo, 26 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #10

(...)

Chegamos em Maceió por volta das 8h. Mal chegamos, ainda dentro do carro, já me sentia agoniado. A cidade não para. Muitos carros, muitas pessoas correndo na orla e muita demora em achar o apartamento que alugamos.

O GPS continuava na ativa - dessa vez no celular do Dalton -, a minha vontade era de sair de dentro daquele carro e tomar um banho logo. Eu estava morto!

Entre ligações ao cara que nos alugou o apartamento, em falhas do GPS e muito trânsito, chegamos na portaria do prédio. Entramos e estacionamos o carro lá dentro, em um estacionamento do próprio prédio. Dalton foi se apresentar e pegar a chave. Não demorou muito e subimos.

Que agonia estar em um prédio. Eu realmente não sei lidar com essa vida de caminhar por corredores estreitos, por subir e descer elevadores e sempre passar pelo estacionamento no subsolo.

O apartamento estava praticamente vazio, mas tinha cozinha com panelas, geladeira, torradeira, pia, embora sendo minuscula. Nas sala, um sofá enorme e bem confortável; uma poltrona preta de descanso; uma mesa que acredito para jantar, tomar café; uma TV e, amém, ar condicionado. Além disso, dois quartos e dois banheiros. O quarto que fiquei tinha uma cama de casal enorme e um guarda-roupa que nem usei. Ainda nele, uma janela de frente para outros prédios. Inclusive, me sentia muito vigiado quando ela estava aberta.

Joguei a mala no chão, separei a roupa que iria usar e fui tomar banho.


Me senti sem ar, sufocado, ali, principalmente no banheiro. O banheiro até que era enorme, com um espelho muito grande, uma pia grande e espaçosa e um chuveiro que valeu muito a pena, muito forte, contrário do da pousada de Penedo. Por mim, ficaria debaixo do chuveiro por horas, mas tempo era ouro naquele momento.

Quase 10h, subimos para a cobertura. A certeza era que a vista de lá era a melhor, e como era. A cobertura tinha uma piscina e era bem inspiradora para mim. Dá vontade de levar o computador pra lá e ficar usando internet à toa. O vento não para!

Tirei várias fotos dos meus amigos, mas as minhas, claro, não prestaram. A única que achei que ficou legalzinha foi uma selfie sem compromisso abaixo:


Descemos e fomos atravessar a avenida pra ir à praia.   

Enquanto andávamos, muitas pessoas nos observava tentando uma abordagem para vender pacotes, passeios e, na verdade, o primeiro que apareceu já fechamos uma passeio simples. Eu não sabia de fato para onde iríamos, mas estar dentro de um barco seria o máximo ali.

sábado, 11 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #9

(...)

Acordamos um pouco mais de 5h com aquele frio intenso do ar condicionado.

Com muita preguiça, fomos tomar banho. Resolvi ser o ultimo, porque sair da cama era o meu desafio naquele dia. As malas estavam reorganizadas e, dispensando o café da manhã que seria servido às 7h, entreguei a chave fazendo o check-out dessa forma. Agradeci muito a senhora dona da Pousada e ela nos desejou uma boa viagem.

O "nosso" carro estava com os vidros embaçados e o sol já começava a aparecer. Foi um momento triste para mim, mesmo na certeza que quilômetros depois poderia se tornar feliz. Me despedi mentalmente de Penedo e agradeci a Deus, claro. Afinal, uma semana antes eu estava destruído com a tal de chikungunya que me pegou de jeito e me deixou vários dias de molho.

Ligamos mais uma vez o GPS e pegamos estrada.

Mesmo sendo bem cedinho, quase 7h, o sol estava matando. Eu estava do lado esquerdo, atrás do Pedro que dirigia, então prendi a toalha no vidro do carro para tapar o sol.

E o nosso café? Viajamos com fome? NÃO!!! Lembra daqueles biscoitos que o Machado me apresentou no supermercado? Pois bem, abrimos eles. Comprei dois potes de biscoito: doce e salgado. Eu já sabia que iria curtir demais o doce, ainda mais por ter doce de goiaba. O salgado era de queijo e sabia que Dalton iria gostar.

Acabei comendo metade dos potes, principalmente o de goiaba porque era o melhor. O de queijo tinha gosto de anos 90, então alterava entre os dois.

Passando por algumas cidades, paramos, pois precisávamos de algum liquido, porque tomar café e ficar entalado com ele na garganta não é nada legal - rs. Num comércio bem simples, com um senhor carregado do sotaque, Dalton e Pedro compraram nescau de caixinha gelado e eu um suco de laranja porque não curto nescau gelado. Sem demora, seguimos viagem enquanto concluíamos o café em movimento.

Durante o percurso, nos surpreendíamos com a chuva repentina. Num momento, dei um grito de felicidade por saber que estava chovendo e Dalton até se espantou  achando que era outra coisa.

Assim como na ida a Penedo, na volta o cenário também é espetacular. Nos surpreendemos com um lindo arco-íris enquanto passávamos por uma ponte. A gente tinha que registrar aquele momento de qualquer forma:



No final da ponte deixamos o carro e fomos tentar tirar umas fotos mostrando o arco-íris. As fotos que tirei dos meus amigos, claro, ficaram ótimas, mas as minhas... A única que ainda salvou foi essa abaixo, no qual estou de costas:


Foi tudo bem rápido, em menos de cinco minutos tiramos a foto e retornamos ao carro. 

No mais, a viagem foi super tranquila...

domingo, 5 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #8

(...)

Cheguei na A Ribeirinha Tapiocaria um pouco antes do horário combinado.

Ficamos alguns minutinhos aguardando o povo chegar. Enquanto isso, observávamos as poucas pessoas que estavam lá. Ainda dentro dela, conversamos um pouquinho olhando a placa informando que tinha "UAI-FAI" - como nela mesmo estava escrito.

Resolvemos ir para a calçada por conta do calor.

Minutos depois, Maurício chegou com um amigo chamado Gustavo. Nos cumprimentamos rapidinho e ele sentou na outra ponta da mesa, sendo que haviam três mesas juntas. Ele estava um pouco distante e isso causou uma certa dificuldade em conversar. Ora ou outra perguntávamos algo, mas ambos com os celulares em mãos concentrados. Me surpreendi com ele um pouco, pois não sabia que ele tinha várias tatuagens. Fora isso, idêntico as fotos. 

James e Machado chegaram de moto em seguida. Estacionaram, nos cumprimentaram e ficamos ali conversando, enquanto esperávamos o Juninho.

O lugar era super confortável de se estar, embora do lado de fora. O atendimento, assim como as pessoas de Alagoas são bem entrosadas, foi o melhor. Uma moça nos atendeu de uma forma que parecia já estar inserida ali no grupo. Mesmo sendo amiga de alguns, acredito pela frequência que eles frequentam o lugar, nos tratou da mesma forma.

O cardápio (digo, o menu) era super nordestino, bem personalizado e com vários nomes diferentes nas tapiocas - o que deixou o Dalton super encantado por ele. Não tinha como relacionar o sabor ou recheio com o nome descrito ali, mas a ideia foi bem criativa. Alguns nomes dados eram personagens de novela, outros de personagens da literatura brasileira e por aí vai. Melhor do que os nomes, eram as misturas. Nunca esquecerei que quando pedi ajuda para escolher, Maurício me disse que a preferida dele era sardinha com coco. "Quê!?", pensei.

Juninho chegou um pouco tarde e ficou ali, um pouco calado, enquanto bebia cerveja oferecida por Maurício.

Algo que lembrei aqui do nada e que achei engraçado era que, por algumas vezes durante a conversa, James chamava Maurício de "Bad" ou "BadBad" e eu não entendia... Muito tempo depois que vim entender a associação ao inglês: "Mau", "MauMau", "Mau-rício" - rs.

Conversamos muito por lá e a hora não passava. Por alguns momentos a ficha caía e eu me perdia ali. Pensava: "Poxa, olha o Machado ali conversando. O James aqui do meu lado. Tô em Penedo! PORRA!!!". Era algo meio estranho, já que tudo se passava somente por fotos e áudios e de repente você estava ali. Sempre é uma sensação "estranha-boa".

Em alguns intervalos de tempo, tiramos algumas selfies que saíram bem escuras:

Foto: James Dantas (@kbcao17)

Foto: James Dantas (@kbcao17)

Não lembro quais as tapiocas que pediram, mas pedi uma de carne de sol (ou outro tipo de nome de carne) com purê de macaxeira. Eu não sabia comer direito, a minha vontade era dispensar o garfo e a faca e pegar com a mão. Nem preciso dizer que estava muito boa, né?

James do meu lado comeu super rápido a dele, depois pediu açaí. Ali come, viu!? - rs.

Um pouco mais de 23h, acho que umas 23h30, resolvemos ir embora. Desde cedo a rua estava tranquila e deserta. Se eu fosse dar uma hora para aquele momento, seria depois das 2h. Parecia mesmo de madrugada, sem movimento de quase nada.

Antes de irmos, tiramos algumas fotos e selfies dentro da Tapiocaria. Inclusive, alguém resolveu arrancar a placa que estava na porta do estabelecimento pra fazer o merchan - rs. Caiu muita molecagem nessa hora, foi muito massa!

Foto: James Dantas (@kbcao17)

James, Maurício, Gustavo, Machado Jr., Dalton, EU, Pedro e Juninho 

Após as fotos, resolvi pegar o meu diário caderno de registro de viagens, onde, na página do dia, dei para todos escreverem algo pra mim. Eu queria não só registrar aquele momento único em fotos, mas em escritas também:


Se o nosso encontro foi estranho (no melhor significado e sentido da palavra), nossa despedida foi mais ainda. Não sei como descrever aquela sensação, era tipo uma estágio pra morte, sei lá. Nos despedimos após eu entregar o Guaraná Jesus do Juninho e Maurício - que dispensou por um dia publicar a foto de uma latinha de cerveja pra poder dar lugar a Jesus - e eles assinarem o caderno.

Nos abraçamos e ouvi palavras bem legais de se ouvir no final de um dia bem produtivo e cansativo. Ter ouvido que eu fui uma "satisfação", que "foi um prazer", nem tem como descrever. Nos vimos pela ultima vez naquela noite, mas na esperança de nos vermos novamente, dessa vez aqui na nossa região.

Entrei no carro e agradeci aos meus melhores amigos que me proporcionaram a ida a Penedo. Ambos confirmaram que eles são muito gente boa e que realmente sabem a história da cidade. Com o carro em movimento em direção a Pousada, li e analisei atentamente o que tinham escrito pra mim.

A minha felicidade, embora não demonstrada pessoalmente, estava extrema dentro de mim. No quarto da Pousada demorei muito a dormir pensando em tudo. Antes disso, tiramos algumas fotos para mandar no grupo, mostrando que chegamos vivos - rs.


Pelo nosso sorriso na foto acima dá pra perceber o tamanho da felicidade.

Nesse dia fui dormir bem tarde, sendo que iriamos acordar às 5h pra pegar estrada de volta a Maceió. Como estava na parte de cima da beliche, o ar condicionado estava direto em mim. Eu estava morrendo de frio, mas não queria usar o edredom, nem trocar de cama.

No dia seguinte até comentei com meus amigos que não parava de sonhar com o povo, que era a continuação do dia seguinte. Infelizmente não lembro agora pra poder contar.

Para mim, se a viagem tivesse acabado ali, já estaria feliz. Conclui que se não tivesse ido em Penedo, não seria tão legal, tão 100%...

sexta-feira, 3 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #7

(...)

Descemos as escadas da Casa da Aposentaria para descermos mais escadas em seguida. Estávamos ao lado do Rio São Francisco e aquela vista sempre era bem vista e bem-vinda aos meus olhos. Os corredores que descemos eram bem estreitos e as ladeiras também.

Foto: James Dantas (@kbcao17)

Fizemos uma pequena pausa pra registrar em fotos e fazer outro Glide:


Já estava anoitecendo, mas tudo bem tranquilo por ali. No momento em que eu estava admirando o Rio São Francisco, uma canoa (acho que é canoa, né!) passava e pedi rapidão pro James tirar uma foto. Mesmo eu estando de costas, ri vendo aquilo, o que ainda d eu pra perceber na foto abaixo:


Andamos muito pela orla do rio, enquanto Machado e James explicavam algumas histórias aos meus amigos. Eu não sou muito de história, mas ver eles explicando e mostrando realmente saber das suas origens, deixa a viagem ainda mais interessante.

Paramos em ponto e fizemos, sem propósito, uma rodinha de conversa. Conversamos muito e chegamos no assunto que eu queria: choque de cultura.

Comentamos muito sobre as nossas gírias e principalmente o nosso sotaque. Curioso, perguntei ao Machado se ele percebia algum sotaque em mim, mesmo sendo uma pergunta bem óbvia. Ele respondeu o esperado, que tínhamos, sim e que nosso sotaque era agradável de se ouvir, diferente do sul que exige muita atenção.

Resolvemos, após, ir ao supermercado. Pedro precisava comprar algumas coisinhas que tinha esquecido, ou melhor, que não tinha dado tempo comprar antes. Machado me mostrou uns biscoitos que tinha por lá, uns doces e salgados fabricados na região. Fiquei um pouco na dúvida em pegar, mas na garantia que ele me deu que eu não iria me arrepender, peguei um doce e um salgado.

Estava conversando com David - amigo ainda virtual de São Luis, aqui no MA - pelo whatsapp e, no aperreio, enviei uma selfie do tempo real. Inclusive, já estava destruído de cansado de tanto andar:


Dali, combinamos que mais tarde iríamos a um barzinho. Não me sentiria muito confortável em um barzinho, mas toparia qualquer lugar ainda naquela noite. No final das contas, pelo grupo do whatsapp, combinaram que seria melhor em uma Tapiocaria. Tapiocaria soou estranho, mas se era diferente e aparentemente gostoso, não hesitei em aceitar.

Antes de me despedir de James e Machado, já que Juninho já tinha ido embora pra fazer não lembro o quê, fomos em direção ao "nosso" carro pegar os presente e o "bônus" que havia levado pra eles. Acho que nem falei aqui, mas levei uma caixa com seis Guaraná Jesus pra distribuir. Levei também o bônus" que era uma pequena lembrança do Piauí, um chaveiro de peixeira - inclusive dei também pro Augusto quando fui em Goiânia. Essa peixeirinha tem um grande significado e é bem característico quando converso com eles pelo whatsapp. Eles, ali mesmo, puxaram o Jesus de dentro da sacola e admiraram se mostrando já ansiosos pra beber.

Mais tarde até postaram no instagram:



O Machado também publicou no facebook dele.