quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

CORRE CORRE

Como sempre, venho aqui quando não tenho mais aonde recorrer. Eu poderia muito bem ir no @agostodenoventa, mas acho que tem mais olhos voltados pra lá do que pra cá.

Acabei de chegar do trabalho e resolvi largar um pouco o celular e ligar o computador. Tô me sentindo tão pressionado que nem sei por onde começar!

Então, no sábado fui pego de surpresa às 8h. Como sou acostumado a acordar nesse horário durante a semana, mesmo sabendo que no sábado poderia ficar dormindo até mais tarde, acordei e vi no grupo da faculdade a professora, ou melhor, orientadora, informando que teríamos aula (remota, claro!) de TCC II às 15h. Oi? Se já não bastasse a pressão da vida todos os dias pelo simples fato de querer viver, me vem essa. Eu já sabia que esse dia chegaria e uma pessoa principal da instituição me falou por telefone que esta aula seria dia 20. Repito: dia 20!

A minha ansiedade foi a mil na hora, mas me confortei ao me questionar: "Como vamos para a disciplina TCC II sendo que mal tivemos o projeto?" Deixei pra quando começasse a aula e tocassem no assunto. E assim foi! A orientadora questionou alguns alunos sobre como estava o nosso projeto e... "Que projeto? Nunca tivemos retorno, professora!", me questionei em pensamento quando alguém interrogou usando de outras palavras. E continuou... "Como posso dar o TCC II se vocês não têm o projeto?", perguntou a professora. Aí tive que quebrar toda barreira que tenho com câmera e áudio e me mostrei, literalmente, explicando todo o fato desde 2018. Sim, desde 2-0-1-8. Como é que pode, mermão?

Na linha de que somos futuros administradores e que não demos problemas, mas soluções a ele, a orientadora falou que iria corrigir e dar nota dando um prazo até fevereiro para esta entrega. Ela deu uma data, mas deixou bem claro que até esta data já é pra todos terem entregues a ela. O período até lá é somente para envio e feedback.

Rápido, busquei o que eu tinha na nuvem - tudo agora guardo lá, porque sei das tretas que causam - e enviei por e-mail pra ela ainda enquanto estávamos em aula. Horas depois ela me respondeu o e-mail em apenas uma linha, com uma resposta vaga, tipo "te vira", sabe? E foi assim que fiz, tentei me virar.

Essa semana ela deu um novo prazo de envio do projeto por e-mail: "Quero que me entreguem até sábado (12/12) até às 23h59. Quem não entregar, não recebo mais!" Ou seja, ela resolveu dar o prazo de uma semana para concluir. É, f***, papai!

Desde esse dia tenho batido cabeça pra começar. No mesmo dia, pedi uma sugestão a ela e fui prontamente atendido. Ela me deu umas dicas via áudio, mas ainda assim começar se torna um martírio. Toda hora eu fazia algo que achava sem sentido, queria trocar de tema, queria fazer de uma forma tão formal que nem eu mesmo entendia depois... O Filipe até que me ajudou, mas acabei ficando com a cabeça mais bagunçada ainda.

Ontem, passando por cima do meu orgulho, perguntei pra orientadora se ela tinha algum trabalho pronto que pudesse me enviar para eu me baseasse. Como ela é ótima em resposta, me enviou em seguida por e-mail. Pelo projeto de uma aluna que ela orientou, consegui fazer o máximo do projeto, embora encontrando alguns erros. Tô empacado nos referenciais teóricos porque simplesmente tenho muuuuuita dificuldade com citações. Na verdade, detesto!!!

Nesse aperreio, ansioso, todos os dias não consigo dormir bem. Essa semana, junto a essa pressão, meu emocional focou tanto em alguém que passei a madrugada chorando feito um abestado, porque nunca sei superar as coisas enquanto não ponho um ponto final.

Eu precisava vir aqui desabafar um pouco pra poder sair de dentro de mim essa sensação, e também porque sei que não serei julgado como seria caso contasse pessoalmente o que está acontecendo pra alguém. As pessoas sempre acham que sou inteligente o suficiente e que isso é só drama de novela pra chamar atenção.

Espero concluir logo e me livrar da faculdade. Quero me formar o quanto antes, não aguento mais! 🤯

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

VEM CÁ!

Nessa semana, Sandy fez um mistério com uns posts nas redes sociais e disse que ontem, às 18h, faria uma coletiva de imprensa via Zoom (que coisa de louca, né?). Como era só para a imprensa, esperei nos Twitter as informações saírem em tempo real. Foi aí que fomos (nós, fãs) surpreendidos com a notícia de que ela soltaria mais tarde, às 00h, um EP com três regravações intitulado "10:39" (soma do tempo das três músicas juntas). Fiquei ansioso - mas não tanto quanto ficaria se fosse ela com o Junior.

Foi aí que li em algum lugar o que ela disse:

“Quando comecei a ver que a pandemia ia durar, no meio da frustração por não poder realizar o que tinha programado, eu transferi o meu trabalho que ia fazer este ano para o ano que vem, mas queria dar um presente para os meus fãs e mostrar que estou trabalhando.”

 

E ainda completou:

"O EP foi criado durante a pandemia. E a ideia surgiu depois de escutar as músicas de maneira diferente, por conta da situação em que estamos vivendo."

 

Com essas palavras fiquei muito curioso, pois sei que ela entregaria algo com sentimento, mesmo sendo músicas regravadas com sua voz. De todas as três, só conhecia uma, Tempo, dela mesmo, gravada há mais de 10 anos. Imaginei que uma regravação dela no momento atual seria realmente válida, até porque em uma live rápida no Instagram ela cantou, não conseguiu conter a emoção e chorou. Já Piloto Automático eu já tinha ouvido o refrão por algumas vezes na minha vida e, não sei por que, me lembrou uma canção que fazia parte da trilha de Verdades Secretas. Lua Cheia, outra regravação, não conhecia de jeito nenhum e, pasme, foi a que mais me tocou.

Quando deu um pouco depois de 00h, dispensei uma chamada de vídeo e fui conferir o EP no Spotify, respeitando a sequência, pois ela disse que faria mais sentido se fossem ouvidas dessa forma.

A primeira, Piloto Automático, ficou perfeita na voz dela. A tranquilidade e o conforto que ela passa ao cantar me fez ficar relaxado, mas, realmente, me deu um gatilho. Digo que o refrão é um tapa da minha cara e que, sério, quando eu for fazer o contrário, pensarei nesse refrão.

A segunda, Lua Cheia, já me levou pra um outro mundo e, ali mesmo, sem forçar nada, percebi que já estava chorando. Foi um choro de "o que eu faço aqui?", "por que não faço isso?", "por quê?"... Por alguns momentos fechei os olhos e veio tantas imagens na minha cabeça, tanta vontade de retornar no tempo e tornar aquele abraço demorado mais demorado ainda...

A terceira, Tempo, me deu um tranquilizada e lembrei de tudo que já passei e o que estamos passando. A motivação que ela nos dá ao dizer "isso vai passar também" é confortante demais. É um forma de dizer que vai passar e que você vai aproveitar mais, dar mais valor e continuar da forma que achar que seja certo sem se prejudicar.

 

Além das músicas nas plataformas digitais, mais tarde, às 11h, sairiam os clipes no YouTube. Imagina, se só ouvir Lua Cheia já me fez chorar, ver a Sandy se emocionando e chorando foi o pior que eu pude ver hoje. Muito melhor do que ouvir foi ver ela sendo retratada.

Até agora estou impressionado com tudo isso e, mais cedo, ao dormir no horário do almoço, tive um sonho que não teve fim. Nele, recebia um bolo de aniversário atrasado e com ele havia um cartão. Eu já sabia quem estaria me mandando, mas, ao encontrar o cartão, despertei sem abrir os olhos. Juro que forcei demais pra que o sonho fosse continuado, mas não deu.

Até agora estou com esse sonho no meu coração e, poxa, queria tanto a continuação. 😢💔

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

TOTALMENTE PERDIDO

Sinto tanta falta de vir aqui só comentar coisas boas. Adorava comentar sobre minhas viagens, sobre as minhas primeiras vezes (esse plural foi conjugado certo?), os meus rolês aleatórios e minha vida um pouco mais íntima. Não quero usar a desculpa de que não tenho tempo, afinal, se eu realmente não tivesse - algo que não existe de qualquer forma - nem estaria por aqui.
 
Nessa tarde de calor forte, nesses poucos minutos de folga aqui no trabalho, com essa barriga que está cheia (!) e nessa disposição de vir aqui, vim. Me sinto tão perdido atualmente...

Por mais que eu esteja "bem" em algun$ quesito$, por outros nem tanto. Não consigo fugir mais da minha rotina e essa pandemia veio pra deixar mais ainda minha cabeça confusa. Ao mesmo tempo que fico confuso, me sinto mais orgulhoso e resistente, o que de fato não é bom. Isso sempre me prejudica em mais de 50% e com o passar do tempo só me lasco. Mas em relação a que estou falando? Sentimento.

Nunca poderia imaginar uma certa vontade de estar com alguém para curtir a vida, pra me completar, pra ser acima de tudo alguém que me faça bem. Pode ser que isso tenha vindo com a idade, por mais que falem que idade é só um número. A minha exigência ou vontade de que as coisas sempre deem certo acaba fazendo eu me distanciar por imaginar o amor a mim. Estou numa loucura que não sei mais nem o que fazer. Procuro pensar em mim sempre, mas só aquele instante ali, depois tudo vem a desabar - em raiva, em choro, em vontade nem de sobreviver mais. No últimos meses, tenho preenchido meu tempo aos finais de semana, mas até os finais de semana têm virado rotina. Preciso fugir de tudo que seja igual num período curto de tempo.

Andei pensando em comprar um tênis, fone de ouvido sem fio - porque nem quero levar celular correndo o risco de ser roubado -, arrumar uma roupa leve qualquer e sair por aí cedo da manhã, umas 5h, pra caminhar e quem sabe até correr. Só tenho um obstáculo: fazer isso sozinho. Isso pode fazer até bem para o meu corpo; mas e meu pensamentos quando estiver caminhando sozinho? Quando o aleatório da playlist tocar uma música que me lembre algo não agradável? Ok, essa parte eu posso até controlar, deixar só as músicas que me deixam mais pra cima ou que me trazem uma vontade viver, porém tenho certeza que uma hora a conta do sentimento de solidão vem. E é esse é meu maior medo, de parar ali, sentar e chorar. Que vergonha seria.

Preciso tomar um rumo na minha vida, espero muito pra dar o primeiro passo. Eu já dei tantos primeiros passos que nem deveria mais me resguardar, é tão difícil se sentir inútil, inseguro e medroso. Sei que comigo só basta a primeira vez, mas pra eu ter uma primeira vez preciso me dar um empurrãozinho. Tenho apanhado tanto de uns anos pra cá que o medo de me jogar é bem maior, portanto essa minha resistência que eu odeio e deixo com quem a vida ou o tempo se encarregue de fazer.

Espero vir aqui nas próximas vezes anunciar algo que me deixou feliz, me fez bem ou, quem sabe, até uma conquista. Estou trabalhando muito pra isso e sei que a estrada vai ser longa, mas vou conseguir. Ah, se vou! 😙

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

INFERNO PESSOAL

Apareci aqui porque eu sei que se eu for contar essa história pra qualquer pessoa, não acreditarão.  Vão dizer que estou vendo muita série, pensando demais no que não deveria pensar ou até mesmo ficando doido.

Hoje cheguei em casa e, cansado, pois fiquei a manhã toda fazendo algo que não costumo fazer tendo como foco maior, deitei na cama, fiquei um pouco no celular e dormi após colocar o despertador para às 14h. E foi aí que tudo começou...

No começo do sono eu fiquei pensando nas preocupações e em uma pessoa que amo muito e estou tentando ignorar. E, como dizem, mente vazia, oficina do capiroto, fiquei fantasiando e criando mil coisas na cabeça com detalhes, baseado no que vivi... E foi aí que próximo às 14h eu visitei meu inferno pessoal!

Eu estava estudando em Teresina, com aquele calor da tarde, no IFPI, quando já estava no horário de saída das aulas. Tudo de valioso que eu tinha ali além da vida era meu celular e tentei seguir o caminho para, pela primeira vez, pegar o ônibus e voltar pra casa. Aquela agonia de muita gente se esbarrando... Aquele bafo quente mesmo aparentando ser final da tarde... Aqueles vendedores ambulantes na porta... Os malas também... Querendo fugir daquela parada de ônibus lotada, decidi subir uma ladeira que levava a outra parada, na rua de trás, em outra saída do Instituto. Nisso, me vi sendo observado por vários malas, com aquela tensão e aquele medo do celular tocar ou vibrar. Num vacilo de pressionar o celular ao meu corpo, ele caiu no chão e com o impacto, dobrou no meio. Meu coração que já estava a mil, faltou sair da boca. Com uma dor no coração e querendo chorar, apanhei ele do chão, tentei desdobrar ele com cuidado e segui caminho, querendo desistir de tudo. Antes mesmo de virem me assaltar, pensei em ligar pro Dalton ir me buscar (o que seria impossível, como sempre acontece na vida real) e, na aproximação dos assaltantes, acordei com um suspiro forte como se estivesse voltando com toda a força de um mundo.

Mas por que digo que isso é meu Inferno Pessoal? Porque realmente é. Tenho medo de muita gente junta, do(e) desconhecido, o calor me faz ficar mais aperreado, os assaltantes me causam um horror extremo e o celular é algo que sempre sou apegado. Perder um celular nas circunstâncias que estou é o meu fim, literalmente.

Esse termo Inferno Pessoal tirei de American Horror Story - Coven, onde as bruxas para tirar a prova de quem será a suprema, devem ir e voltar em seu Inferno Pessoal. Se voltar, as chances de ser a suprema são as maiores. Agora comigo não sei o que quis dizer.

Ainda estou meio atordoado, por isso vim aqui rapidão registrar isso. Espero em breve não depender de remédios, nem continuar voltando lá porque foi horrível. 😓😭

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

CARTA PRA... MIM #14

WhatsApp, 04 de AGO de 2020 - 08h20.

Menino, 

Isso mesmo, pra mim você tem a pureza de um menino. Apesar de as vezes não ser tão puritano rsrs. Eu não tenho uma foto contigo para fazer uma postagem nos stories (kkkkk), mas vou tentar falar um pouquinho do que você representa pra mim. 

Eu não sei explicar o grau de afinidade que tenho contigo. Sei lá, parece que eu esqueço todos os problemas quando arranjamos um jeito de se encontrar. Seja presencialmente, seja virtual. 

Não sei explicar como confio em você! Você sabe de coisas sobre mim que somente eu sei, mais ninguém. Parece que pra você eu consigo ser transparente, coisa que tenho dificuldade de fazer aos demais. E isso é uma coisa que não sei como surgiu e nem sei por que foi assim. Pra você escancaro minhas loucuras, meu desejos, meus pensamentos e minhas histórias de amores, nem sei se as tenho. Mas você conhece bem o enredo delas. Você é um amor que não sei posicionar no lado certo do coração. Talvez seja o irmão homem que faltou pra mim. E depois de muito tempo fui encontrar do nada em uma cidade do Maranhão. 

Eu tenho uma conexão forte contigo. Consigo sentir quando você não tá bem e, principalmente quando você não quer nem responder minhas perguntas, por vezes sem sentido para aquele momento. Nossa conexão é uma coisa que não sabemos explicar um para o outro. 

Eu queria poder ser teu amigo, assim como as demais pessoas são. Mas parece que tudo fica complicado quando a gente não é a gente pra todo mundo. A gente escolhe ser nossa essência para alguns, e isso atrapalha ser o que a gente de fato é, sem censura. 

Enfim, sei que hoje você vai ter um bilhão de bad e tá tudo bem. Essa nova fase que você tá começando eu já estou nela e senti tanta coisa quando estava exatamente nesse mesmo lugar que você. Parece que o nosso cérebro cobra mais da gente. É como se a gente não tivesse plenamente pronto para uma maturidade. Eu espero que você celebre no fundo do seu íntimo a graça de tá bem. A graça de estar vivendo, talvez não como você esperava quando chegasse até aqui. Independente das tuas conquistas, das tuas aspirações e do lugar que você se encontra, estar aqui bem é uma dádiva. 

Seja muito feliz todo dia! Não vou desejar felicidade apenas hoje. Felicidade é uma coisa tão difícil de mensurar que espero que as pequenas coisas da vida pra você respire sempre felicidade. Esteja feliz consigo mesmo! Sorrindo pelo coração, mesmo que as expressões faciais não demostre isso. Você é um menino do bem. Aproveite cada momento e cada coisa boa que a vida te oferece. 

Eu espero que a gente um dia possa comemorar, juntos, uma amizade que não sabemos explicar um para o outro e que o mundo nunca entenderia porque somos tão próximos, mesmo nunca estando juntos. 

Fe-li-ci-da-de
Separado assim em sílabas, pra você entender que ela está no caminho e não em um lugar específico. Que ela está nos detalhes do caminho. Então aproveite o caminho. Aprecie o caminho. Não espere chegar em um ponto específico pra achar que vai ser feliz ali. Isso seria muito pouco, perante o muito que é a vida. Felicidade todo dia! Sempre! 

Amo você

Com carinho,
Aécio Martins
Resposta: WhatsApp, 05 de AGO de 2020 - 00h05

Deixei pra ler isso no dia mesmo do meu aniversário porque eu tinha certeza que tu seria um amor. Confesso que o dia todo fiquei pensando em ler, mas, não, queria que meu dia começasse bem, ainda mais vindo de ti, mesmo eu ficando triste com a falha da data. Eu sou de detalhes e isso implicou um pouquinho, mas tudo bem, eu supero. HAHA

Tu sabe da grande importância que tu tem na minha vida, né, e quando eu digo que te amo, eu te amo mesmo, do fundo do meu coração, com todas as minhas forças. De verdade, não são só palavras. Eu amo tuas atitudes, amo o fato de tu sempre agregar e de ser simples, mesmo tendo tudo pra não ser. Eu amo tu do jeito que tu é, e isso às vezes me faz sofrer. Mas essa parte eu sempre pulo!

Obrigado por existir, por estar comigo estando longe, por ter paciência e por tentar me entender, mesmo eu sabendo que é difícil, afinal, nem eu mesmo me entendo e sinto que sou um eterno doente mental.

Tua mensagem é muito válida e me acrescenta sempre. E estar contigo também.

Obrigado! Não só hoje tu é meu presente, mas todos os dias. ♥

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

É... 30 ANOS!

Não sei se agradeço por chegar até aqui ou lamento profundamente... Enfim, trintei! – isso não foi escrito totalmente no tom de felicidade que eu gostaria de ter.

Importante: Estou escrevendo isso muito antes dessa publicação e, certamente, programarei o post para ser publicado no meu dia, ou seja, hoje, cinco de agosto, exatamente na hora que eu nasci em 1990, às 22h30. Mas por quê? No dia com certeza eu estarei na tristeza, eu sempre fico.

Nem estou acreditando que cheguei a mais uma década e que não consigo ter nada material para chamar de meu. ~ Tá, eu sei que quando a gente morre não leva nada, né? ~ Em contrapartida, tenho ótimas lembranças trazidas desde 2015 quando me desafiei a conhecer o mundo sozinho. Falo o “mundo” no sentido de sair de fora da minha caixinha, não o mundo em si... Quem me dera! - rs. Nesses últimos cinco anos vivi momentos maravilhosos, não posso reclamar. Conheci pessoas que me fizeram feliz em menos de cinco minutos, em um só abraço, acredita? Me tornei alguém mais aberto a algumas questões, mesmo me sentindo inseguro em falar determinadas coisas e falhar.

Mas quem disse que nesses últimos anos vivi só momentos felizes? Lá pro começo de 2018 fiquei muito triste e tenho certeza de que isso me despertou algo ruim que tenho em mim até hoje. Eu digo que é um luto sem morte que ainda habita, mas um dia vou superar, porque só o tempo pode fazer com que isso aconteça. Foram meses de choro diário, de vontade de desistir da vida ou de sumir pra um lugar bem longe. Acredito que meu nível de estresse, ansiedade e vários outros sentimentos ruins aumentaram. Foi f*da... Aliás, ainda é f*da. Não me considero cem por cento atualmente, só penso que a vida segue. Também não considero esses momentos como só de decepção, exclusão ou algo do tipo, considero como algo que teria que acontecer e que até hoje ainda não descobri o porquê. Mais uma vez: só o tempo responde a tudo.

Das coisas boas que pude viver, viajar pra conhecer pessoas da internet foi o que mais me moveu, além de, claro, os DOIS shows de Sandy e Junior que fui em julho (em Fortaleza) e novembro (Rio de Janeiro) de 2019 - que nem registrei aqui. Aquele choque de cultura, diferença de sotaques e toda a atenção que não recebo na vida toda, recebi nos poucos dias que convivi com alguém diferente de mim. Foram amizades confirmadas pessoalmente e que levarei eternamente comigo. Que experiência doida, mermão! A saudade é tanta, mas tanta, que mal posso esperar para poder viver isso de novo. Espero que o mais breve possível os encontros se tornem reencontros.  Eu tenho orgulho de mim por isso e, ao comentar essas coisas encorajando amigos a fazer o mesmo, uso a mesma palavra: DESAFIO. Sim, eu considero isso um desafio na minha vida, uma evolução, pois só eu sei o quanto evolui minha timidez através disso, afinal, viajar sozinho sou eu e eu mesmo. 🙃

...

E do nada lembrei da minha avó que perdi e foi uma dor tão profunda que ontem mesmo (20/07) acordei de um sonho que tive com ela, onde ela pedia discretamente para morrer deitada numa rede e eu tentando abraçá-la enquanto chorava. Por mais que tenha sido um sonho triste, eu gosto de ter, pois sinto que é um contato “físico” que tenho com ela. No mesmo dia à noite, enquanto lavava louça, olhei pro canto onde ela ficava costurando na sua máquina e comecei a chorar. O choro foi instantâneo, eu nunca consigo segurar. É uma falta tão grande que ela me faz. 💔

...

Não sei mais nem o que escrever aqui. Espero que essa década que se inicia agora eu possa ter mais coragem pra viver e encorajar aqueles que um dia foram iguais a mim. Eu quero contribuir de alguma forma, sei que não sou totalmente bom e ruim, só preciso trabalhar a minha insegurança, medo e me jogar mais. Pra isso terei que começar uma terapia, já que todo esse meu jeito está atrelado ao passado. Esse maldito passado não me deixa viver totalmente o futuro.

No mais, tenho planos pra essa década e nas últimas semanas tenho planejado muito isso na cabeça. Sei que vai ser uma luta árdua, uma grande jornada se iniciará e sei que vou ter que renunciar de muitas coisas. O principal eu tenho, que é foco, e sei que, mesmo demorando anos, vou conseguir. E quando conseguir, vou ser feliz.

E é isso! Espero ler isso no futuro com felicidade nos olhos e com orgulho de mim. A quem está lendo isso, obrigado, isso prova que você também se importa comigo. Aproveita e comenta, vai – rs – é tão bom ler comentários.

Obrigado, Deus! 🎈

domingo, 2 de agosto de 2020

quarta-feira, 18 de março de 2020

NADA VEZES NADA

Só me deu vontade de vir aqui e digitar aleatoriamente...

Não sei ainda o que há de fato comigo, não consegui descobrir e nem vou buscar ajuda. Só preciso de um abraço demorado, de um amigo ou de sorrir à toa... Talvez até não fazer nada. É sério, é algo que pesa, muuuuuito estranho e inexplicável. Talvez estando aqui agora é porque tenho esse tempo livre e fico agoniado com isso porque parece que não passa. Que agonia não controlar o relógio, não parar de vez e nem acelerar quando eu mais preciso...

~ Acabei de levar um susto. Acabaram de chegar aqui gritando "courona vairus" e meu coração foi a mil, me perdi ~

Que saudade eu tenho, de verdade. A gente só se dá conta das coisas quando perde ou realmente se afasta. Eu fico me questionando se eu pudesse voltar no tempo... Será se faria diferente? Ao mesmo tempo penso que não, porque nunca poderia prever e o destino poderia pender pra outro lado. Realmente, evitaria muitas situações ruins mas também deixaria as boas serem bem mais duradouras. Que feliz que eu era.

Não sei quanto tempo me resta mais.

💔

domingo, 1 de março de 2020

CONFLITOS OU APRENDIZADOS?

Há dias que é pra eu voltar aqui, mas a preguiça, meu Pai... 😓

Tenho tanta coisa pra dizer que nem sei por onde começar e como narrar sem expor de verdade a situação ou minha conclusão. O fato é que nos últimos anos tenho aprendido muito e, embora o meu jeito "estranho" continue, vejo que penso certo, pelo menos a meu ver. Determinadas situações vêm à tona e meu pensamento é imediato: "sim, é isso mesmo!", "eu sabia que isso ia acontecer, foi bom eu ter sido evitado", "bem feito, eu avisei!", "viu como a vida mostra mesmo como são as pessoas?"... Não quero pensar que tudo acerto, mas sinto que estou na linha da sabedoria, não descartando meus defeitos e aprendizados. O meu “não”, embora sendo muitas vezes de orgulho, me livra de tantas situações, sabe!? Eu nem sei explicar isso muito bem, mas me faz bem.

A internet se tornou algo meio tóxico hoje em dia pra mim – logo eu que vivia conectado, postando diariamente e stalkeando tudo e todos. Demorei pra desapegar e sinto que ainda não aprendi totalmente, mas vejo que uso as ferramentas certas a meu favor, sobretudo à minha saúde mental. Atualmente, sinto receio de bloquear alguém, mas prefiro silenciar. Antigamente já cheguei a bloquear várias pessoas, mas a imagem da gente acaba ficando feia, e no futuro sempre precisamos dessa pessoa. O silêncio sempre foi a maior resposta, sim.

Hoje, se não quero ver, deixo de seguir. Se esse deixar de seguir for se tornar polêmico – igual quando a gente resolve sair de um grupo de whatsapp – simplesmente silencio. Ninguém é obrigado a ler o que não quer, mesmo sabendo que não mandamos em nossos próprios olhos. O que acontece é que de repente, foi, lemos algo e nos irritamos. Essa semana mesmo, com algo que foi falho por várias vezes na rede social de uma pessoa que erra e pede desculpa, erra de novo e pede desculpas novamente e erra mais uma vez e continua nesse looping, não dá. Tudo bem errar, mas nunca aprender com o erro... Por favor, né?

Continuo sem acreditar nas pessoas e sei que ainda sofro por elas. Queria realmente entender essa dependência que temos e teremos sempre. Tento fazer tudo sozinho, ser sozinho, mas em tudo preciso de uma palavra, de um favor, até de um amor. É chato entender que a vida é cheia de segredos e não vem pronta. Hoje eu digo uma coisa, amanhã pago pela língua. Hoje digo não, amanhã, sim. Se eu digo não querendo dizer sim, sofro do mesmo jeito. Até quando?

Ainda assim, vejo que esse ano está muito confuso e não quero culpar a idade por isso, por dizer que seja crise dos 30, pois já me alertaram que isso é o que a mídia impõe. Realmente, e se eu não soubesse a minha idade? Não me vejo mentalmente com 30 anos, só quando me olho no espelho, acordo todos os dias, aparentemente, sinto que tenho muito mais.

Não sei se fico triste ou feliz pelo que está acontecendo e por eu estar vivo... Vou seguindo a minha maneira. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

DECLARAÇÃO

Estou cada vez mais difícil aqui e meus posts andam diminuindo a cada ano, eu já sei. Não vou deixar de cumprir minha promessa de só deixar de publicar quando eu morrer, pode ter certeza. Paciência, Anderson!

Então, resolvi aparecer pra linkar um textinho que fiz e que espero nunca me arrepender de ter feito. Eu amo o momento atual e espero que seja assim por muito tempo - mesmo morrendo de medo. Eu fico tão triste em saber que a vida é incerta, mas Deus sabe de tudo e sabe por que tudo acontece e tem que acontecer. Preciso sempre me conformar.

* CLIQUE AQUI!

O melhor de tudo é que ele foi visto e fiquei mais feliz ainda. 💖

Obrigado e até qualquer dia!

* Se não conseguiu ler, lamento, um dia, quem sabe, você vai saber.
Aécio Martins