segunda-feira, 27 de junho de 2022

UM FINDI NORMAL

Todas as vezes que é uma segunda-feira após eu ter passado um final de semana em Teresina, chego com a sensação de que acordei de um sonho. Eu não sei explicar muito bem, mas parece que tudo que vivi em poucos dias fez parte de um outro mundo, sabe. Eu não sei explicar de verdade essa sensação que só sinto aqui.

Na madrugada, não consegui dormir direito. O frio do ar condicionado me incomodava juntamente com o fato de ter que compartilhar a cama com alguém. Eu em um sono normal já me mexo, imagine quando estou ansioso... Havia colocado o despertador, como em todo domingo pra voltar, às 4h30. No intervalo de 22h até esse horário, fiquei acordando pra verificar o celular... O meu medo era do despertador tocar e acordar não só a gente, como a toda vizinhança. 🤯

Com a calma de sempre, consigo cronometrar o tempo certinho: acordar, tomar banho, colocar uma roupa, comer algo (quando tem fácil), mexer no celular um pouco e depois pedir Uber. O Uber é bem difícil nas madrugadas, mas até que nas ultimas três vezes, consegui com certa rapidez.

Cheguei em Timon e peguei o ônibus um pouquinho próximo de 6h, que é justamente o horário que ele parte para Coelho Neto. Nessas ultimas vezes também ele tem atrasado a sair, bem estranho, mas penso que tudo no tempo de Deus e é sempre Ele agindo.

Como em viagem não consigo dormir, meu pensamento vai a mil. Eu tenho muita gratidão e penso com carinho nas pessoas que me fazem bem. Geralmente tenho um flashback de como conheci as pessoas, como elas representam pra mim e nisso meus olhos vão enchendo de lágrimas. Me seguro e busco “curtir” a viagem. Ao mesmo tempo, penso nas pessoas que me sentia na obrigação de ficar perto pra não me sentir sozinho, mas é aí que a estupidez fala mais alto. Sou tão rancoroso e isso acaba passando por cima do bem, mesmo sendo quase raro, que as pessoas fizeram por mim. Amizade é uma troca, e não só de favores.

Ao chegar em casa, um pouco mais de 8h20, só tirei o calção e pus uma calça para trabalhar. Cheguei cansado, mas dei conta do que tinha que fazer. Ao chegar em casa, um pouquinho antes de meio-dia, coloquei o despertador para 14h30 e apaguei. O sono foi pesado mesmo, mas ainda assim acordei antes do despertador.

Ah, já ia esquecendo... Lá em Teresina vi os tios do Pedro que vieram de Portugal, Edivan e Fabricia. Percebi que Edivan continuava do mesmo jeito e Fabrícia estava mais ativa, conversadeira e carinhosa – não que ela não fosse, mas foi a primeira vez que a vi assim. O nosso encontro foi bem rápido. Nos encontramos às 22h do sábado e fomos embora um pouquinho mais de 23h. O shopping estava fechando, as barracas de comida também e o parque de diversões que eu queria tanto... Ainda assim, por sorte, comi um brownie e bebi água. Eu estava morrendo de fome!!! 

Foi basicamente isso. Tive uma folguinha aqui e resolvi registrar um pouco o meu final de semana. Nada de mais, mas tudo bem especial e fora da casinha, fora da casinhaaaaaa... 🎵

segunda-feira, 13 de junho de 2022

DIA DOS NAMORADError

Pra ser sincero, não tem como não romantizar o dia de ontem. Tentei focar em tudo, mas as redes sociais estavam ali para esfregar na cara a realidade do momento. Busquei ver vídeos à toa, a dormir para acelerar o dia... e nada. No final do dia, antes de dormir, chorei. 😢

Na idade que estou, acho que o peso é bem maior. A gente não quer mais ficar por ficar, por mais que em alguns casos ocorra. Ainda assim, mesmo ficando, um dos lados têm, com certeza, o interesse de continuar. E isso que tem me pegado nos últimos dias.

Eu sei que pra namorar tem que conhecer, ficar, rolar interesse... Estou ficando há quase 6 meses e ainda não sei o que vai ser. Por mais que nesses meses tenhamos ficado pouco, em média uma vez por mês, a nossa convivência tem se tornado algo frequente, juntamente com nosso bom humor e intimidade. 😅😁

Sempre tive na cabeça que após o quinto fica já é namoro, mas quando houve esse quinto encontro, me invoquei em um diálogo determinado e fiquei repensando se realmente valeria a pena um namoro a partir dali. Aí veio a afirmação de que, sim, ao contrário do que eu pensava, tem que haver um pedido de namoro.

Já o sexto encontro foi incrível, por mais que não tivéssemos saído de casa. Eu amo diálogo, saber um pouco mais da vida do outro sem perguntar e ter essa vibe amigos, sabe. Sempre preso pelo diálogo, pela sinceridade e pela verdade. Acho que isso faz com que o sofrimento (se houver!) seja amenizado.

Estou vivendo esse momento sem pressão, sem cobranças e com aquele medo e insegurança de mesmo assim estar fazendo tudo errado; fora o medo de estar sendo enganado novamente. Com tudo isso, ainda penso: “Será se tô parado demais?”.

Ontem fiquei me coçando pra mandar uma mensagem, mesmo que fosse fora de contexto, só pra saber se estava bem, dizer que sentia saudade, ou ter um diálogo rápido como sempre acontece. A minha vontade era de falar a verdade: que eu estou me apaixonando e que isso tem me feito um pouco mais feliz. Que coisa louca pensar assim e ser intenso, mesmo não tendo certeza das coisas, né? E a minha resposta, mesmo sem mandar mensagem, foi ver um story seu em uma balada rodeado de pessoas, muitas pessoas mesmo. Meu coração saltitou e fui do céu a terra. E esse foi o motivo do meu choro e pensamentos mirabolantes durante toda a madrugada. 💔😢

Já sei toda sua programação nesse mês e fico com receio de me oferecer a nos encontrarmos, depois do dia 20/06, para matarmos a saudade. O fato é que sinto que estou perdendo aos poucos e que isso pode ser prejudicial pra mim. No próximo encontro, vou tentar ter um diálogo em relação a isso. Sei que vou desabar, mas é preferível que seja assim logo, porque, mais uma vez, o tempo de encarrega de me curar e deixar eu seguir a vida novamente.

Não sei até quando as coisas acontecerão comigo assim. Preciso me entender e de ajuda pra me entender. Tudo jogo a culpa em mim, até mesmo por ficar em silencio algumas vezes. 😞
Ronny Oliveira

segunda-feira, 6 de junho de 2022

ACIDENTE

Na noite de sábado, L. me mandou mensagem me fazendo um convite. Disse que teria que ir em Teresina no domingo, pois na madrugada de segunda iria fazer algo e não queria voltar sozinho no carro. Por algumas razões, fiquei tentando rejeitar o convite. Cheguei até a pedir opinião pro Pedro sobre... Conversando com Pedro, me questionando se eu realmente queria ir, afirmei: “Ah, Pedro mas não vou fazer nada no domingo mesmo.” E sem dizer sim, aceitei o convite. 🙂

No domingo, um pouquinho mais de 15h, L. foi me pegar em casa. Eu já tinha colocado algumas mudas de roupas na mochila; carteira, celular e carregador em outra, pus o cinto e seguimos viagem. 🚗

Na estrada, enfrentamos sol, tempo nublado, chuva fraca e chuva muuuuito forte. E eu, embora indo na velocidade normal, sempre com calma falando: “L., não estamos com pressa, vai com calma, a gente vai chegar lá...” Além de, claro, fechar meus olhos por alguns segundos e conversar com Deus. Ultimamente faço muito isso quando saio de casa, do trabalho ou quando sinto que preciso. Ao chegar ao meu destino, agradeço, claro. Não é só sobre pedir, tenho que agradecer também.

Não lembro exatamente que horas chegamos em Teresina, só sei que foi no final da tarde. Fizemos o check-in no hotel, deitamos, dormimos e acordamos às 19h30 pra ir ao Shopping comprar algumas coisas que ele queria e também procurar algo pra comer. Resolvemos não comer no Shopping, fomos a uma pizzaria e voltamos pro hotel com chuva forte quando já se passavam das 22h.

L. dormiu primeiro e eu dormi um pouco depois de 00h30, pois estava em chamada de vídeo com Becky e Maurício (do grupo de American Horror Story). Se não fosse acordar às 4h, certeza que não teria dormido antes de 1h. 🥱

Às 4h em ponto o despertador tocou. Por mais que tenhamos colocado o despertador para essa hora, estávamos atrasados. Enquanto ele banhava, arrumava minha mochila o mais rápido que podia. Sem tanta demora, fizemos o check-out e seguimos com a ajuda do GPS até nosso destino pra de lá voltar a CN. Até aí, tudo ocorreu bem.

Um pouquinho para dar 5h, seguimos estrada pra voltar a CN. Ainda estava escuro e a partir de 5h30 que começou a clarear. A estrada estava tranquila, sem muitos carros grandes e sem muitas ultrapassagens. Saímos, enfim, da BR-316 e fomos para a MA-034. Vimos que a pista estava molhada e que às vezes serenava. Alguns trechos tinham buracos e por conta das poças de água poderiam até ser confundidos. A nossa velocidade estava normal, eu já tinha até conversado com Deus novamente.

Em um trecho, seguindo normalmente, até quando L. viu dois buracos quase em cima deles. Como qualquer motorista, tentou desviar levando a direção rapidamente a sua esquerda. Sem ver, atrás da gente havia um carro começando a fazer ultrapassagem. Não deu outra! A frente do carro de trás bateu na traseira do carro do L. fazendo com que ambos fizessem um “U” ao mesmo tempo. O carro da pessoa de trás foi parar do lado direito da estrada e o nosso do lado esquerdo. Na hora do desespero, olhei pro L. e não sei se foi meu pensamento falando alto ou mesmo a minha voz, gritei por Deus. O L. estava com o pé seguro no freio e, com aquele barulho de frenagem, certeza, se não fosse isso, teríamos capotado. Foi como em um filme de ação. Parece exagero, mas vi a morte ali.

Após o susto, carros parados em lados opostos da MA, o motorista do carro de trás desceu do carro com o olho arregalado e, aparentando tranquilidade, checou a sua frente. Ao mesmo tempo, descemos do carro e fomos ver o pneu traseiro esquerdo. Es-tra-ga-do! O pneu não serve mais pra p**** nenhuma. Calmo por fora, mas com o coração faltando sair pela boca, pedi pro L. conversar com o motorista do outro carro. E foi. De longe, vi ambos se cumprimentando. O motorista parecia nervoso, estava apressado e com os olhos arregalados. A única reação dele, que eu vi, foi pedir o contato do L. pra depois ajudar ele pelo estrago. Agora a pergunta: quem tem culpa? Não importa. 🤔

Ainda ali, L. perguntou para ele como faria pra trocar o pneu do carro, pois nem ele, nem eu (que não sei nem pra onde vai) sabia fazer. O motorista ensinou na prática, chegou até a colocar o macaco e depois, alegando que estava apressado para um atendimento, vazou. Achei estranho isso, hein. L. e eu trocamos o pneu com muita dificuldade. Na verdade, mais ele do que eu. E seguimos pra casa depois desse susto. Silenciosamente, agradeci a Deus pelo livramento e rimos de tudo que aconteceu. “Foi só um susto!” não parava de ser falado e foi a frase que mais deixou meu coração calmo.

Ao chegar em casa, aliviado, deitei, fechei os olhos, respirei fundo e segurei o choro. 🥹

Minutos depois, por mensagem, falei pro Pedralton tudo que aconteceu e Pedro disse que tudo tem um porquê. Isso me deixou pensativo... Deus talvez me mostrou e provou que tenho chance pra me manter vivo e fazer algo pra mim e por mim. 

Que assim seja! 🙏🏻
Lucas Vaz