terça-feira, 28 de setembro de 2010

NO CORREIO

Pela manhã, depois de acordar um pouco tarde, umas 7h e pouquinho, fiquei esperando o pai vir me buscar para irmos ao trabalho juntos. Fiquei fazendo hora, liguei o Beets pra ver se passava o tempo, e com mais demora, decidi ir à padaria e depois tomar meu café.

Já ciente de que ele não iria me buscar, decidi ir ao correio, pois já faz muitos dias que o meu chefe pediu pra eu abrir uma conta no banco, para depositar a minha grana. Então, aproveitando esse tempinho livre, peguei as cópias dos documentos, a grana para pagar e me mandei pra lá.

Na rua, fiquei observando a frente do correio de longe, queria ver se tinha muita moto e muita bicicleta na calçada, caso tivesse, acho que não teria possibilidade de eu esperar, pois só tinha o ônibus de 9h pra eu pegar e ir ao trabalho.

Ao chegar à calçada, umas 8h15, pensei em nem entrar, mas vi que tinha pouca gente e que achava que daria tempo pra eu abrir a conta e sair feliz – rs. Sentei em uma das cadeiras de espera e aguardei ser chamado. Enquanto a demora ao atender as pessoas rolava, eu ficava batendo o pé e observando tudo o que se passava ao meu redor. Além disso, não parava de olhar para o meu celular, de olhar a hora, pois o tempo estipulado para a minha saída, tendo feito a conta ou não, era 9h, ou minutos antes disso.

Como fiquei calado enquanto todos conversavam, fiquei observando, entre muitas pessoas, um cara que estava conversando com um funcionário de lá. Eu já havia visto esse cara muitas vezes, ele mora no mesmo bairro onde eu trabalho, aqui em Pimenteiras (o bairro que pode ser confundido com uma cidade, pois é um pouco distante da cidade). Ele é evangélico - pude perceber nas inúmeras camisas que ele usa da igreja –, tímido e com jeito de ser nerd. Além disso, ele é simples e sempre anda com sacolas em mãos, muitas vezes com carnes e legumes.

Enfim, ele perguntou ao funcionário se já tinha chegado uma carta pra ele. Deu o nome e endereço e o funcionário foi procurar. O funcionário chegou com a carta e o entregou. Não satisfeito, esse cara disse que havia perguntado para outro funcionário, que inclusive estava do lado, se tinha chegado essa mesma carta e ele havia dito que não. E foi aí que começou a confusão. Ele começou a mostrar, diante de todos que estavam esperando ser atendido, o que ele realmente é. A imagem de bonzinho, de tímido saiu naquele momento pra mim. Fiquei impressionado, ele se alterou como se fosse outra pessoa. Os dois discutiam ironicamente até que ele foi embora.

Já quebrei a cara muitas vezes nessa vida e, pelo visto, continuo quebrando. Eu sei que esse cara estava certo, pois se fosse eu, faria do mesmo jeito sairia murcho e nem iria atrás de fazer discussão - rs. Odeio ser besta!

Depois disso, fiquei pulando de cadeira em cadeira na medida em que o povo ia sendo atendido. Eu sei que é o certo, mas eu ficava com muita raiva quando mães chegavam com crianças no colo. Achava que pegavam a criancinha da vizinha para ser atendida mais rápida, atrasando mais a minha vida. Estou falando isso porque sei de amigas que já fizeram isso para serem atendidas com mais rapidez.

Uma dessas mães chegou com uma cara ruim, mal humorada, com dois filhos: um que estava no colo dela, cuja cabeça estava ferida, vermelha, sabe lá o que tinha acontecido com ele, e uma menininha, um pouco maior que o irmão e muito tímida, daquelas que só olham para o chão.

A mãe começou a reclamar com o menorzinho, falando que ele tirava a paciência dela. Daqui a pouco, acho que impaciente por ter outra mãe com um filho no colo na sua frente, começou a procurar algo que a irritasse. Eu estava sentado, bem ao lado dela, quando, ao olhar, vi um tapa seguro na boca da menininha. Nossa! Quando disse um tapa, foi um tapa de verdade, daqueles que estrala e que só se dá em cara de adulto. Fiquei procurando saber o motivo de a mãe ter feito aquilo com a pobre criança, mas não soube.

Depois que a mulher que estava na sua frente saiu, ela começou a dizer o que queria para o funcionário, que disse que não podia ajudá-la, já que ela não tinha levado os documentos necessários. Ela ficou enrolando e a criancinha que estava no seu colo, acabou sendo o saco de pancadas. Só porque o garotinho tinha tirado a chinela do seu pé, ela virou o diabo. Colocou a criança no chão, segurando só em um braço, jogou a chinela no chão e começou a arrastar a criança de um lado para o outro, tentando mirar o seu pé na chinelinha. Não conseguindo, ela largou a criança naquele chão sujo, e quando ele ia levantando, ela deu um tapa seguro na sua cabeça. Foi um tapa forte, posso dizer que mais forte do que ela deu na boca da menininha. A criança começou a “chorargritar” e isso fez com que ela ficasse com mais raiva ainda. Sabe aquele vermelho que tinha na cabeça da criança, agora eu já tinha explicação para aquilo.

Tudo bem, eu sei que não é todos os dias que nós acordamos bem humorados, pacientes, mas é preciso tratar mal uma criança daquele jeito? Fiquei besta com tal reação, com pena e com muita raiva dessa mulher, embora pudesse bater nela só pelo pensamento. O que me deixa com mais raiva ainda é o fato de ela ter batido nas crianças no meio de todos, sem vergonha e nem pudor. Falo isso porque já levei vários tapas, da minha mãe, na boca e na frente de todos.

Espero não tratar os meus filhos dessa maneira, até porque eu vou ser o pai e não um agressor. Desde sempre sei que bater não resolve nada, só faz piorar a situação. Eu sei que conversar também pode não dar muito jeito, mas isso não depende dos pais e, sim, dos filhos também. Isso depende da personalidade deles, do caráter, em especial. Falo isso por experiência própria. Quantas vezes eu num já apanhei dos meus pais, mais isso adiantou alguma coisa? Não! Estou do mesmo jeito, mas sabendo diferenciar o certo do errado.

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Depois do que ocorreu, fui para a parada de ônibus. Do outro lado da rua, tinha uma menina muito atraente para mim, que há tempos que a observo. A tenho em Orkut, mas nunca conversamos, infelizmente. Acho que ela nem curte muito internet e, pude perceber um dia desses, que um amigo nosso que atualiza as coisas pra ela. Enfim, ela ficou seguindo caminhando e me encarando. POHHA, fiquei impressionado comigo mesmo. Geralmente sou eu que tiro o olhar, mas fiquei demorando o tempo que deu. Fiquei mirando nos olhos dela e ela nos meus, até que ela não aguentou e me tirou a vista. Ôh lá em casa! – rs.

sábado, 25 de setembro de 2010

BRIGA DE POLÍTICA

Não gosto de política, mas achei interessante que vejam esse vídeo aqui. Foi uma pequena discussão em meio a todos, na praça. Não sei exatamente o que houve e nem quero saber; Confiram com seus próprios olhos e tirem suas conclusões.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INTRIGA

Quando pequeno, sempre tinha briga com os meus amigos. Eram brigas por motivos de apelidos (eu era muito invocado), até de besteiras que eu nem lembro agora. Eu sempre fui besta de me apegar a uma pessoa, me intrigar e depois querer voltar a se falar. Eu passava o tempo todinho querendo voltar ao normal, ficava adulando feito um abestado como se a amizade daquela pessoa realmente valesse a pena. Por conta disso, paguei até uns micos, o que me deixou mais envergonhado ainda.

No ensino fundamental eu continuava do mesmo jeito, só que quando me intrigava com alguém, não dava tanto continuava a dar o braço a torcer e sofria demais. Eu percebia que só precisava mais da pessoa quando eu estava intrigado, e isso foi um dos motivos do meu sofrimento psicológico. Além disso, a intriga me trazia lembranças boas, tudo de ruim que acontecia eu esquecia. Era como se a intriga viesse só pra fazer eu me tocar e perceber o quanto valia a pena ter um amigo.

Com o passar do tempo, fui amadurecendo e criando o meu caráter. Hoje, à respeito disso, mudei mais um pouquinho. Hoje em dia eu criei vergonha na minha cara. Se a pessoa chega, aponta o dedo na minha cara e diz “nunca mais fale comigo”, eu fico sendo obediente. Parece meio egoísta, mas num foi a pessoa que pediu isso? O que eu posso fazer se ela me proibiu de dar a minha palavra à ela!? Ela deu oportunidade pra eu me explicar?

Vou estar mentindo se eu disser que não sofro mais, ao contrário, sofro, sim. Mas eu procuro pensar no que a pessoa me fez, revejo a situação e procuro o culpado, mesmo podendo ser eu. A única coisa que eu queria era direito de explicação, pois pode ser que a pessoa, em determinada situação, pode ter interpretado mal, ou ter sido influenciada por outra pessoa. Infelizmente ainda existem pessoas que se importam com a vida alheia, que ficam felizes ao causar um inferno. Vivo pensando o que será que essa pessoa ganha com isso, hein!?

Enfim, estou falando isso porque estou passando por isso. Estou sofrendo bastante, ainda mais sabendo que é uma pessoa muito próxima, posso dizer que convivo todos os dias com ela. O clima está chato, tenso, mas por um lado está ótimo. Fica difícil de entender, né? Desculpa...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DESABAFO!

Queria desabafar total por aqui, mas o que acontece dentro de casa não é de sair se falando – muito menos divulgando em internet para qualquer um ler.

Pois bem, estou triste e muito decepcionado. Nunca imaginei que o que está acontecendo agora, poderia acontecer algum dia. Ainda mais por conta de besteira. Eu conheço todos da minha casa e sei muito bem como saber agrada-los e desagrada-los também. Confesso que me faço de coitadinho às vezes para conseguir alguma coisa. Quando essa coisa é besteira, pode demorar um pouquinho, mas eu consigo; mas quando a coisa é mais séria, digamos que mais cara, eu nunca consigo ganhar, só fico na vontade.

Desde que comecei a trabalhar, procurei administrar o meu dinheiro com cuidado, tão tal que quando recebo gasto tudo no mesmo dia, pois já tenho feito um controle de tudo que iria comprar, ou pagar, vendo no final o saldo, que muita das vezes acaba nem existindo.

Comprei o computador, coloquei internet, mas nunca imaginei que isso fosse causar um inferno na minha vida. Não sei se por inveja, infelicidade por ver o outro feliz, mas estou passando por isso desde que comprei. Estou feliz em poder estar realizando o meu sonho aos poucos, claro, mas nem todos estão assim como eu. Os finais de semanas dentro de casa estão sendo os piores, a minha paciência já está quase no limite, mas quando chega pra explodir, eu me controlo ou saiu de casa pra evitar de fazer besteira. Nesse ultimo dia, eu passei chorando, desabafando com um amigo e tentando-me calmar.

Algumas pessoas mais próximas já estão sabendo, não tive vergonha de contar, até porque pra quem eu contei, são as pessoas mais próximas, que posso contar sempre. Só de me lembrar disso já choro, mas vou ser orgulhoso, mas com limite.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CONSULTA COM O DELEGA

Agora à noite fiquei navegando por horas depois que cheguei do trabalho. Despreocupado, mas com os ouvidos ligados, ouvi da calçada a mãe falando alto, dizendo pra não sei quem que tinha um menino que queria muito o conhecer. Depois eu a ouvi falando o nome “Delega” e só assim fui me tocar que esse menino que queria muito conhecer ele era eu. Por quê? Porque há dias eu comentei com ela que queria muito ouvir o Delega falando, poder conversar com ele, embora sabendo da minha timidez besta.

Decidi então sair da frente do computador e ir lá por minha própria vontade. Eu estava afim de verdade de conhecer ele. Cheguei perto dele, olhei, a mãe começou a falar de mim e, como não sou mal educado, o cumprimentei. A mãe me deixou com vergonha dizendo que eu assistia ao filme dele direto e que ficava o imitando em casa todo tempo.

Fiquei prestando atenção no jeito que ele falava, ele é o mesmo do filme. Ri demais quando, sem querer, ele imitava algumas partes do filme. Ele começou a contar um pouco da vida dele, de onde vinha, o que estava fazendo e o que iria fazer. Depois ele ficou emendando os papos e começou a falar de mim, mas sem eu saber. Só após ele ter apontado pra mim e ter me perguntado algo que fui perceber. Fiquei então vidrado no que ele falava.

Ele me contou como eu era – mesmo sem me conhecer. Falou que eu era nervoso, e outras coisas que, não sei se foi coincidência, bateu direitinho comigo. Falou também o que me deixou intrigado: disse que a minha vida está embaraçada e que vai ser muito difícil de desembaraçar; falou que eu tenho um problema muito sério e que não era difícil de encarar. Um problema com a “minha namorada”, que a mãe dela aceita o nosso namoro, mas o pai dele não. Mas como, se eu nem tenho namorada!? Nesse momento a mãe olhou pra mim e me perguntou se o que ele estava falando era verdade, mas eu não confirmei nada.

Ele mudou de assunto, mas depois voltou a falar de mim, me olhando. Disse que naquele momento eu estava pensando se acreditava ou não no que ele estava falando. VERDADE! Fiquei impressionado na capacidade de ele ter conseguido ler os meus pensamentos. Vendo que ele tinha conseguido fazer isso, sai de perto dele e voltei para o computador. Fiquei navegando, mas os meus pensamentos não saiam dele. Rápido, resumi no twitter o que me tinha acabado de acontecer e depois voltei pra onde ele.

Ele estava cismado comigo, era como se eu estivesse tentando bloquear alguma coisa dele e ele estava tentando descobrir, me incentivando a querer me rezar. Eu estava sem camisa e ele disse que só me rezaria se eu vestisse uma, mas eu não vesti. Fiquei com medo e só tive estrutura de dizer pra minha vó que não queria que ele fizesse isso. Bem na hora a Katllís apareceu e depois disso não vi mais ele.

Estou suspeitando de uma coisa... espero que não esteja acontecendo o que eu estou pensando agora.

TRABALHO

Nunca vivi um dia mais puxado do que esse. Estou cansado, exageradamente cansado. Se eu fecho meus olhos, já me vem números, cálculos e a maldita matemática. Estou louco. Hoje foi o dia mais puxado no trabalho. Eu nunca tinha visto tanta complicação, tanta desordem.

Fiquei a manhã e a tarde tentando arrumar, junto do meu patrão, a uns caixas. Não sabia o que fazer, era dinheiro faltando, era dinheiro sobrando, tinha que inventar umas planilhas... Imaginem quantas vezes eu cocei atrás da cabeça tentando decifrar o que estava escondido. E o pior que o caixa é a base de tudo, ele acaba levando a mais cálculos, mais trabalhos.

Pra quem reclamava de não ter muito trabalho para ser feito, agora eu tenho, e de sobra. Tudo vai mudar, vai ser outro esquema e eu vou ser mais responsável ainda pelo que fizer. Estou me sentindo – mesmo não estando – totalmente pressionado. Aliás, pressionado por mim mesmo. Isso me faz lembrar o quanto eu era tranquilo, feliz na escola; agora eu sou responsável, responsável não só pelo trabalho, mas por mim mesmo. Que medo! Eu quero deixar de brincar de ser “gente grande” – rs.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ACIDENTE

Já faz alguns minutos que cheguei do trabalho. Eu estava dentro do ônibus quando, no meio do caminho, ele para. Em nossa direção vinha um caminhão carregado de cana de açúcar e ele estacionou do lado. Na nossa frente estava outro ônibus e na frente deste outro ônibus estava uma caminhonete. Tudo parou! O motorista do meu ônibus estendeu as mãos demostrando duvida e todos começaram a se levantar. Por um momento eu pensei que poderia ser assalto e agarrei o que eu tinha de mais precioso, o meu Beets. Pelo para-brisa eu vi o motorista do caminhão descendo, sem camisa, desesperado e discando no celular, percebi que ele estava, ou chamando a polícia, ou a ambulância.

Seguindo mais um pouco, vi um homem, senhor, sentado no chão com o pescoço cheio de sangue. Eu vi que ele estava suado e que as costas, mesmo estando com camisa, tinha sangue também. Ele parecia estar consciente, falava, mas eu não conseguia ouvir devido o motor do ônibus fazer muito barulho. Olhei para os passageiros atrás e todos estavam com a cabeça para fora da janela. Eu não tive sequer estrutura de me levantar e ver o homem mais de perto. Eu não gosto de sangue, mas mesmo assim fiquei com a boca cheia de água – já comentei várias vezes aqui que quando vejo sangue fico assim viro vampiro rs.

Não sei mais de nada sobre o que houve, como aconteceu, mas acho que esse senhor estava de moto, ou talvez de bicicleta. Fiquei me tremendo enquanto não chegava em casa, mas estou bem melhor.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

MENTIRA

Quando eu era pequeno, pra me livrar de umas boas lapadas, mentia. Não só mentia pra isso, mas mentia mesmo pra não me sentir inferior, do tipo quando me perguntavam: “O que tu tomou de café da manhã hoje?”. Eu lembro também que, na 4ª série, eu dizia pra um amigo que tinha uns patins e um skate, que deixava sempre guardado debaixo da cama. Eu mentia exageradamente, dizia que ficava na madrugada pelas ruas descendo umas ladeiras; dizia que fazia pirueta e tal, mas tudo isso não passava de um sonho meu, pois sequer sabia como me equilibrar naquilo.

Dias se passaram e esse meu amigo foi em minha casa. Chegando lá, ele foi direto ao meu quarto, olhando por debaixo da cama (que na época era beliche). Ao olhar, ele viu vários bagulhos, mas queria encontrar os benditos patins. Eu, sacando o que ele queria, disse que minha prima deveria ter pegado ele antes, que já tinha me pedido há vários dias, mas eu nunca deixei, daí eu achava que ela tinha pegado escondido. Fiquei fazendo a maior ceninha dizendo pra ele que quando a encontrasse iria brigar muito com ela, pois ela tinha pegado nas minhas coisas sem permissão.

Desse dia em diante, esse meu amigo ficou me chamando de mentiroso, que eu não tinha patins coisa nenhuma e que estava desdobrando. Mesmo eu sempre afirmando, dizendo que tinha sim, ele sempre duvidava, e acabei com fama de mentiroso por conta disso. Tive que aguentar por uns meses esse rótulo, mas passou rápido.

Ao crescer, percebi que a verdade, mesmo que prejudique, magoe, é sempre boa. Aprendi que mentir em besteira – e em coisa séria também – nem sempre é favorável. Até que trás uma autoestima, uma superioridade, mas e quando é descoberta? Parece uma frase besta, mas ela sempre me faz refletir: mentira tem perna curta. E pior que tem. Podem ver, qual a mentira que nunca foi descoberta? Pode demorar semanas, meses, anos, décadas, séculos, ou, até mesmo, a vida toda, mas é descoberta.

Agora vou chegar onde eu queria:

Ontem aconteceu um caso inédito pra mim. Algo que me deixou sem graça, mas ao mesmo tempo com raiva. EU DESCOBRI UMA MENTIRA! – sem querer.

Eu estava conversando com um amigo na calçada de casa quando ele soltou uma mentira besta, sobre outro amigo meu. Eu acreditei, claro, pois como era besteira, não poderia passar despercebido e nem imaginaria que poderia ser inventada. Continuamos a conversar e esse outro amigo chegou e conversamos os três. Então, olhei pra esse meu amigo e disse o que o outro tinha acabado de me passar, mas sem dizer que foi ele que tinha me dito. Esse meu amigo negou, disse que essa pessoa que tinha me contado estava muito mal informada e tal... Sem graça, olhei para a cara do meu amigo que tinha me soltado essa mentirinha e falei meio sarcástico “pois é!”. Depois que vim perceber que enquanto o meu amigo estava falando ele ficou com uma cara meio aperreada, pensando que eu ia falar o nome dele, mas eu fiquei só na minha quando percebi que tudo que ele tinha me falado era mentira.

Vou melhorar a situação pra ser entendida melhor:

Eu estava conversando com o AA na calçada de casa quando ele soltou uma mentira besta sobre outro amigo meu, o AB. Eu acreditei, claro, pois como era besteira, não poderia passar despercebido e nem imaginaria que pudesse ser inventada. Continuei a conversar com o AA quando o AB chegou e nós três continuamos o papo. Então, olhei pro AB e disse o que o AA tinha acabado de me dizer, mas sem dizer que ele que tinha me dito. O AB negou a história, disse que a pessoa que tinha me contado a história (no caso o AA) estava muito mal informada. Sem graça, olhei pra cara do AA e falei meio sarcástico “pois é!”. Só depois que fui perceber que enquanto o AB estava falando, desmentindo a mentira, o AA ficou com uma cara meio aperreada, pensando que eu ia falar o nome dele, mas fiquei só na minha quando percebi que tudo que ele tinha acabado de me contar era mentira.

Continuei a agir normal conversando com ambos, mas o meu pensamento não parava de pensar no por que ele tinha falado uma mentirinha besta daquelas, quando ele poderia muito bem ter falado a verdade ou ter se calado. Me subiu uma raiva, um desgosto, sei lá. Acho que quando a pessoa não tem assunto em uma roda de amigo, é melhor ficar calado mesmo ou esperar puxarem assunto, e não mentir pra poder começar um diálogo.

Fiquei com isso na minha cabeça o resto da noite. Isso me trás desconfiança, faz com que eu fique com um pé atrás em relação à confiança dele. Vou aprendendo com o caráter das pessoas.

domingo, 12 de setembro de 2010

CHICO XAVIER – FILME

Desde que vi passando o trailer passando na tv, fiquei com vontade de ver esse filme. Há anos, eu assisti no programa Linha Direta, um especial sobre ele. Na época, ainda pequeno, eu não entendia muito bem o que ele era, o que fazia, mas gostava de sentir medo dele, era como se tudo que eu assistisse sobre ele fosse um filme de terror. A voz dele, a mão dele, e o seu jeito me fazia sentir um arrepio na espinha, ainda mais sabendo que ele mexia com espíritos.

No dia 10, sexta-feira, tive a oportunidade de conhecê-lo através do filme. Eu nunca tinha lido ou prestado muita atenção no que eu via na tv, mas hoje fiquei instigado pela sua história.

Fiquei todos esses dias pedindo pra que o Junior fizesse o download na internet, mas sempre me dizia que nunca tinha saído para baixar. Até que, depois que eu tinha esquecido, ele me aparece com ele. Ansioso, deixei para assistí-lo na parte mais chata e vaga do dia, à tarde, por ser o horário mais calmo no trabalho. Consegui assisti-lo com muita paciência e medo – juro que fiquei tenso ao ver quando ele psicografava as cartas.

Imaginei que o filme seria toda sua trajetória, mas não aconteceu a morte dele – como eu esperava. Fiquei esperando pela morte, pois queria ver se iria ao menos comentar quando ele estava no quarto, naquele dia, 30 de junho de 2002 (peguei essa data no filme), quando apareceu uma luz em direção ao seu quarto. Mas depois vi que isso não tinha nada a ver. Não sei se foi um simples reflexo de luz, mas até hoje, não pesquisei sobre isso. Ainda hoje não sei se foi uma simples coincidência ou algum espirito, luz de espirito, sei lá. O que mais gostei foi saber que ele “morreu quando todos estavam felizes”, como havia dito antes no filme. Coincidência ou não, ele morreu dez horas depois de o Brasil ter conseguido o pentacampeonato na copa do mundo. \o/

Que Deus o tenha, Chico!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BRINCO

Há uns dias atrás me deu à louca e tive a ideia de mudar. Nunca tive tanto medo da minha idade como estou tendo agora, por isso, vou procurar andar sempre na linha e não deixar de aparentar ser mais novo, não que seja só isso, mas pelo menos ficar parado por alguns anos em uma só idade – já que isso não vai durar pra sempre. Não sei com quem vi, de onde veio essa ideia, mas fiquei impressionado e fiquei com muita vontade de furar a minha orelha.

Passei todos esses dias preparando o psicológico, imaginando como seria a reação das pessoas, dos meus amigos e, principalmente da minha família quando soubesse, pois, claro, eles só iam saber e não ver – pelo menos dentro de casa e no trabalho. Às vezes eu fazia uma bolinha de papel e colava na minha orelha pra ver como ficava. Eu me agradava com aquilo, achava o máximo aquela simples bolinha presa ali. Eu podia imaginar que se a bolinha de papel estava boa, o brinco de verdade ficaria melhor ainda.

Ontem à noite, um pouco antes de descer para o Corredor da Folia Alegria (o prefeito resolveu trocar o nome não sei por que), fui à casa de uma amiga e na hora, como havíamos combinado dias antes, criei coragem de furar. Eu tinha levado o brinco, já estava tudo pronto, eu já estava ali. Confesso que minutos antes eu já estava querendo desistir, estava com medo de sentir dor, das consequências que poderiam me trazer caso infeccionasse, da reação das pessoas... mas eu não desisti. Mesmo com o coração na mão, ela disse que não ia doer e pediu para que eu ficasse calmo. Meu coração pulou nessa hora. Por um segundo, pensei em desistir definitivo, mas quando vi, já estava na primeira entrada, já estava furando, atravessando por completo. Eu não sentia nada a não ser menos de uma picada de mosquito.

Eu pedi um espelho e fui me olhar. Na hora eu achei estranho me ver com aquilo pendurado, mas depois fui me acostumando à dormência e até esquecendo que eu estava usando. Só achei esquisito porque o brinco não foi furado no centro do meu glóbulo, ele ficou meio descido, pra trás, sei lá, mas quase não dava pra perceber. Só algumas pessoas conseguiram perceber esse pequeno defeito.

Pensei que ao chega no Corredor, ficariam surpresos a me ver com uma coisa que, para uns, não tinha nada a ver comigo. Mas, não, o meu brinco foi bem vindo. Todos gostaram e perguntaram por que eu não o adotaria de vez. Pensei bastante sobre isso, mas achei melhor não adotar, pelo menos por enquanto. Eu sei a família que eu tenho e o preconceito dentro de casa seria grande, além de no trabalho. Eu não consigo me ver usando brinco do lado do meu pai. Sei lá, vai que de repente o nosso chefe aparece por aqui e... phudeu!

domingo, 5 de setembro de 2010

NASSAU

Cheguei agora há pouco do Nassau e senti vontade de atualizar aqui, dá um sinal de vida. Hoje nem aconteceu algo de importante pra contar aqui, mas me fez esquecer lembrar mais da Monique. Estou morrendo de saudades dela, e olha que a última vez que ela me deu um sinal de vida foi ontem à noite.

Enfim, no Nassau, ficamos somente papeando e de molho na piscina. Só!