segunda-feira, 22 de novembro de 2010

SINAL DE VIDA

Desde o dia que cancelei a internet em casa, nem tive mais gosto para atualizar aqui. Senti preguiça, fiquei indisposto e também não me apareciam fatos para arquivar. No entanto, direi aqui o que se passou nesses dias em que estive distante.

Nos primeiros dias após o cancelamento da internet, nem liguei mais para o meu Beetsbook, não tive mais ânimo para iniciá-lo e explorá-lo, como havia falado. Ficou totalmente sem graça abrir o navegador de internet e ler “Esta página da web não está disponível.”. Ele ficou totalmente inútil para mim. Instalei um jogo que há tempos não jogava. Tentei passar das fases, mas acabei, dias depois, desinstalando ele.

Após a perda do trabalho, minha vida ficou a pior. Eu fiquei totalmente na fossa, não tinha como não sair dela. Eu sentia falta do trabalho, da rotina, dos meus amigos, da internet e da minha fase de independência. Confiei bastante em mim e sei que o fato de terem me tirado o emprego não foi por culpa minha. Enfim, não vou nem comentar mais sobre esse assunto, pois já me sobe uma raiva tão grande... Ia em busca de diversão, ia na casa de uma amiga, tentava sair à noite e sair da solidão, mas sabe quando estamos em grupo e ao mesmo tempo estamos só, pois é!

Por um período, fui rejeitado. Nunca tinha acontecido isso comigo, mas tive de encarar tamanha decepção. Não sei se realmente fui o errado, mas precisava fazer isso? Eu sei que não sou santo, que também falo de algumas pessoas, algumas besteiras, mas foi preciso todos se rebelar contra mim? Foram dias tristes, mas continuei me massacrando. Não criando vergonha na cara, acabei sofrendo, desabafando e chorando pelos cantos. Embora não pareça, eu também tenho sentimento. Com essa distância, percebi quem realmente são meus amigos e até ganhei amigos que nem imaginava que se importavam comigo. O pior que toda essa revolta chegou ao momento em que eu estava mais carente, aumentando mais o meu sofrimento.

Tentei esquecer esse fato e coloquei na minha cabeça que tinha de estudar. Queria mesmo era conseguir alguma coisa, seja ela estudo ou trabalho. E então percebi que a prova do ENEM estava chegando. Se não fosse um empurrãozinho da Nayenne, nem teria me importado tanto. Ela me ligou e perguntou se eu queria estudar com ela, pois ela não só faria o ENEM, e tinha que estudar desde já. Combinamos o estudo para o dia seguinte e, empolgado, fui a casa dela. Estudamos português e tentamos nos virar respondendo as questões. Na verdade eu pensei que não iríamos estudar, mas o interesse veio de nós dois. Ela até me levou ao pré-vestibular dela. Assisti somente a uma aula de física. Foi legal aquele clima de sala de aula.

A prova do ENEM, então, chegou e veio à tensão – principalmente por querer saber o
tema da redação. O tema foi legal, mas não garanto que a minha redação ficou tão legal assim. As provas em si foram boas, principalmente a de português. Só vacilei nas questões das matérias estrangeiras, pois, quando fui passar para o gabarito, marquei a matéria que eu não havia escolhido: inglês. A minha sorte foi que algumas das questões coincidiram com as respostas de espanhol.

Viajei pra Teresina no dia seguinte, queria esquecer pelo menos um pouco o que estava acontecendo aqui. Peguei o ônibus no final da tarde e me mandei com o Jordan para lá. A viagem foi tranquila, graças a Deus. Conversei muito com o Jordan e o tempo acabou passando rapidinho. Eu tinha planos lá. Queria sair, me divertir, curtir meus melhores amigos, mas não foi tão bom quanto eu pensava. Não fui ao shopping, não me diverti o tanto que pensava que iria me divertir, mas, enfim, fez com que eu esquecesse um pouco a minha vida de vagabundo. Acabei ficando uma semana por lá, e os melhores momentos foram as conversas na madrugada e, no penúltimo dia, o que eu e o Jordan aprontamos. Segredo!

Ao voltar para minha cidade, a alegria foi compensada. Consegui estar mais próximo de amigos e acabamos formando o “Clube do Bolinha”. Sempre conversava com meus amigos, mas sempre tinha uma menina no meio. Dessa vez foi diferente. Juntos, podíamos falar o que viesse à tona, sem algum tipo de receio, de ser grosso ou mal educado para o outro. Sem nenhuma válvula de incentivo, ríamos, brincávamos e curtíamos o momento. Foram poucos dias que passaram tão rápidos, mas que acabei ficando apegado. Está como se fôssemos quatro melhores amigos. Eu continuo nessa, mesmo individualmente. Fico feliz por isso. Obrigado!

Foto do dia 15, segunda-feira, à tarde, banhando na chuva. Clube do Bolinha: @andersonfunnie, @thalys_ribeiro, Vitor Crateús e @Patriccn

Obs: Hoje é o aniversário do Patric. Parabééns, gobilla!