segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O DIA EM QUE VOEI DE PARAPENTE #5

(...)

Antes de colocarem todos os equipamentos, tive que preencher uma carta antes de morrer ficha de inscrição colocando todos meus dados pessoais e, ao final, assinar, concordando com o termo de responsabilidade.


Assinado. Já era! 😅

Foi quando a equipe começou a colocar um monte de coisa em mim. Eu não sabia e nem olhava eles colocando, apenas obedecia quando pedia pra eu levantar as pernas, confirmar se estava muito apertado...


Mesmo com tudo aquilo grudado e bem colocado em meu corpo, ainda dava tempo de desistir, pois tive tempo pra isso. Eles verificavam a biruta, a questão das nuvens e, claro, o vento por si só. Foi algo bem planejado. Enquanto não estivesse do jeito que eles achavam que seria melhor, eu não sairia dali.

Por ultimo, me colocaram o capacete e me deram a câmera.


Conversei um pouco com o instrutor, perguntei a ele se ele iria fazer manobras no ar e ele disse que só se eu quisesse. "Tu quer?", perguntou. Respondi que decidiria isso quando estivéssemos em pleno voo.


Fiquei no meio da rampa com tudo colocado em mim, inclusive a parte principal, aguardando o instrutor "alinhar" as finas cordas.





Por algumas vezes o vento foi falho, porém o instrutor persistia.
Nada ali teria que dar errado. Eu ficava tenso a cada segundo e fiquei muito mais quando ele ligou a câmera. Tive a certeza que iríamos sair:


Como podem ver, o voo foi super tranquilo e o meu medo acabou, embora não parecendo, no momento em tirei os pés do chão. O instrutor deveria ter me dado uns toques antes de sairmos do chão, motivo pelo qual fiquei meio desengonçado no começo do vídeo. Nos primeiros segundos que saímos do chão que ele pediu pra eu manter os braços atrás e arrumar o meu "assento".

Por algumas vezes, durante o voo, ele me perguntou se eu estava enjoado, se eu estava bem e tudo foi legal.

A sensação é de liberdade e, mesmo parecendo clichê, gratidão. É como se você voasse de avião, mas sem estar dentro da aeronave. É algo que certamente você lembrará de Deus e agradecerá por estar vivo e ter passado por essa experiência maravilhosa. Fora que é super legal ver tudo de cima: a estrada, as cidades vizinhas, os carros passando e a própria sombra do seu voo. É algo que certamente levarei para sempre. 😎

Se eu indico? Com certeza! Como disse, o medo passa depois que você está lá em cima, isso eu garanto. A felicidade é tamanha.

CONTINUA...

domingo, 27 de novembro de 2016

O DIA EM QUE VOEI DE PARAPENTE #4

A ficha começou a cair quando vi o comprovante de pagamento em mãos. Eu não tinha mais como voltar atrás e ter meu dinheiro de volta, mas não poderia "arregar" ao que realmente pretendia fazer.
Confesso, fiquei muito nervoso e minhas pernas começaram a tremer. A adrenalina começou dali, eu não acreditava e quando olhava o horizonte ficava imaginando um vídeo que havia visto dias atrás no youtube. Nessa hora tudo passa pela nossa cabeça.
Fiquei surpreso comigo mesmo, pois deixei a adrenalina tomar de conta. Por um instante nem sentia mais as pernas que tremiam demais e resolvi sentar. Meus amigos perceberam que era verdade, que eu estava tenso e acho que mudando de cor. Rápido, começaram a me encorajar e compraram até água de coco pra ver se dava uma acalmadinha.
Minutos depois, falando por diversas vezes que estava com medo e não queria desistir, fomos para a rampa de voo livre e sentamos em um banco que tinha por lá. Eu não sabia quem seria o meu instrutor, então esperei que me abordassem. E fui abordado:

- Quem de vocês vai fazer o voo?

Levantei a mão e ele pediu para que eu fosse me preparar.

CONTINUA...

O DIA EM QUE VOEI DE PARAPENTE #3

(...)

Mais uma vez, assim como no dia anterior, quando tudo ficou claro, acordei. Fiquei curtindo preguiça e frio ainda dentro da barraca. Na noite anterior coloquei meias para dormir, pois já sabia que o edredom também não iria dar jeito, ainda mais porque gosto de, às vezes,  manter os pés descobertos.

Minutos depois, Dalton levantou o zíper da barraca em que eu estava e invadiu. Já entrou animado me dando os parabéns e me abraçando. Mostrou e me deu um simples presente que nem precisava e ficamos todos em uma só barraca conversando um pouco. Pronto, agora formou!

Mesmo não estando no dia exato do meu aniversário, considerei aquele dia (06/08) como tal. Realmente, tudo que havia programado de fazer dia 05, fiz no dia 06. Isso se chama con-si-de-ra-ção.

Quase 8h, decidimos escovar os dentes, tomar banho e depois tomar café. A nossa cara estava super amassada, afinal, tínhamos acabado de acordar.



Antes de irmos ao café, quase 09h, ficamos na beira do bar de novo. Mesmo com sol bem aberto, ventava muito. Era um vento gostoso, gelado e a animação/zoeira tomou de conta naquela  hora.


Depois fomos fazer trilha do zoeira. Fizemos vídeos e tiramos fotos que JAMAIS eu publicaria aqui - rs.

No café, comi pouco já pensando que dali poderia já comprar meu "ingresso" para o voo. Como não sei se poderia passar mal ou enjoar, preferi não arriscar em encher muito a barriga.

Depois do café, ainda indeciso se iria ou não para o meu objetivo, fui à recepção e perguntei sobre o voo. Eu já estava em mente que poderia conseguir o voo por R$ 150,00, jogando que "no dia anterior tinha sido meu aniversário" e que "tinha deixado pro dia seguinte por consideração ao meu amigo que não teve como estar presente no dia" e blá, blá, blá... mas o meu papinho não colocou.

Preparado, paguei e a partir daí comecei a ficar tenso.


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O DIA EM QUE VOEI DE PARAPENTE #2

(...)

Antes das 7h já estávamos acordados, embora com pouco tempo de descanso. Não lembro quem "acordou" quem, mas acredito que Pedro já estava acordado aguardando eu acordar, quando na verdade eu que já estava acordado aguardando ele acordar - rs.

Às 7h01 essa era a minha visão de dentro da barraca.

Fomos escovar os dentes na parte externa do banheiro e tomar banho para não perder o horário do café da manhã, que é até às 9h.

O restaurante estava praticamente vazio e tomamos o nosso café da manhã com a tranquilidade que eu esperava. Decidimos que dali iríamos dar uma pausa e ficar sentindo o lugar. 



Paramos na área de camping, com grama sintética, onde ainda não haviam tantas barracas instaladas por ainda ser cedo, e sentamos. Coloquei a playlist do celular no aleatório e começamos a conversar, enquanto visualizava a grande quantidade de fotos que consta na minha galeria. Logo a frente, tornando o lugar mais bonito, o cenário de um casamento estava tomando vida para a noite:


Ainda assim, onde estávamos, o sinal de wi-fi era fraco, mas não nos impediu de dar uma verificadinha básica no instagram. As fotos, que com dificuldade eram carregadas, nos traziam lembranças e, com isso, conversamos muito sobre a vida, amigos e coisas que temos em comum. E o tempo foi passando que nem vimos... Nem parecia que era meu aniversário.

Não lembro se almoçamos logo, mas fomos começar a sessão de fotos, afinal, eu teria que registrar tudo da melhor forma, já pensando em registrar aqui. Até agradeci pela felicidade do meu dia ter prevalecido não só na beleza do cenário das fotos, mas na criatividade e fotogenia da minha parte, onde, para minha surpresa, as primeira fotos tiradas ficaram boas - rs.




Fomos para um bar próximo das nossas barracas e sentamos em umas cadeiras que tinham por lá. Levamos elas para a beira, para que a nossa visão do horizonte ficasse mais privilegiada. Com receio de estar ali sentado apenas usando da cadeira do bar, resolvi consumir. Comprei uma água. Quem nunca? - rs.


Voltamos para, digamos assim, o restaurante principal, que fica próximo do portão de entrada do sítio. Tirei fotos próximo de um chalé que mais parecia um castelo e aproveitei para publicar as fotos do pulo no instagram.



Ficamos no restaurante principal para continuar usando do sinal de wifi e, claro, colocar o celular para carregar um pouquinho:

Selfie pros amigos do whatsapp ostentando o "castelo" - rs.


Preenchemos o pôr-do-sol com mais conversas e risos e, já sentindo que iria fazer frio, tomamos banho e preparamos o moletom.

À noite ventou muito, mais muito mesmo, ainda assim deu pra aproveitar. Descobrimos que no bar também tinha outro ponto de wifi e resolvemos ficar por ali mesmo. Não sei se por ser sexta-feira, mas eu não vi muito movimento de pessoas, até a hora do casamento começar, claro.

Ficou simples e linda a ornamentação do casamento.

Enquanto os convidados do casamento chegavam, com medo de sujarem as roupas; as meninas andando devagar por estarem de saltos e os homens super elegantes, fiquei ali, discretamente, observando tudo, até porque não sabia quem eram os noivos, muito menos fui convidado.

A minha ligação maior era com o mundo virtual, por isso fiquei maior parte do tempo concentrado e conectado na internet, assim mesmo, ó:


Quase 00h, decidimos ir para nossas respectivas barracas e dormimos. Só acordei umas 3h e pouquinho, pois ouvi passos. Era o Dalton que tinha acabado de chegar na madrugada para dar continuidade ao meu dia, já que não podia faltar no trabalho na sexta. Fiquei quieto, não disse nada até tudo silenciar. Ele dormiu. E também voltei a dormir...

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O DIA EM QUE VOEI DE PARAPENTE #1

Desde quando comecei a trabalhar, na ausência de amigos para celebrar a data do meu aniversário, procurei me dar algo para compensar essa tristeza. No ano passado, aproveitando que tirei férias em agosto, me dei de presente um desafio: sair do nordeste, sozinho e de avião. Tudo pela primeira vez - inclusive, já comecei contando aqui.

E este ano não foi diferente. Após economizar o máximo, mesmo sabendo que não iria gastar muito, resolvi que iria me dar um presente um tanto quanto radical.

Mais ou menos uma semana antes da data exata do meu aniversário, pedi folga para a minha chefe, que até brincou dizendo que "isso tudo é só pra não aparecer com o bolo", e me mandei no dia anterior, às 18h, para Teresina Timon. Como queria economizar, preferi ficar logo em Timon do que ir em Teresina e depois voltar, já que o ônibus para  Tianguá - CE sairia às 21h e pouquinho...

Como cheguei em Timon um pouquinho antes das 20h, liguei para uma amiga que fazia muito tempo que não a via e fui ao encontro dela. Conversamos muito e até lanchamos por insistência dela, pois não queria que eu viajasse apenas a base de água que já estava visível no bolso externo da mochila.

Às 21h, muito aperreado, peguei o primeiro moto-táxi que vi e voltei para a rodoviária. Fiquei sentado próximo de onde os ônibus desembarcam e embarcam pessoas, mas... Deu 21h30, 22h, 23h e nada desse ônibus chegar. Já fiquei preocupando achando que ele poderia ter se adiantado, mas fiquei calmo quando chegou, quase 00h. O bom de tudo foi que li várias páginas de um livro que ganhei antecipado do Pedro, onde a leitura era bem instigante e fazia o tempo passar mais rápido. O chato era que do meu lado havia um casal de senhores brigando por bens de família e comparando filhos do casamento anterior. Como não consigo me concentrar em nada com barulho, tive que voltar vários parágrafos por conta disso.

Enfim, após minutos de espera para o motorista autorizar a entrada dos passageiros, mostrando a passagem e a identidade, claro, entrei no ônibus. Para a minha sorte (!?), tinha uma senhora sentada e dormindo na minha poltrona. Eu não sabia o que fazer! Pelo movimento de pessoas entrando e fazendo barulho colocando as bagagens na parte superior do ônibus ela acordou e me perguntou se minha poltrona era a que ela estava. Logo, saiu e sentei...

E foi aí que o meu dia, literalmente, começou. 😀

Já era cinco de agosto e os meus pensamentos fluíam naquela escuridão. Fiz muitas reflexões naquele pouco tempo de silêncio, enquanto tentava me livrar do frio com uma camisa grossa que minha amiga havia emprestado, ainda mostrando insistência e preocupação. Pensei no quanto amadureci, no quanto fui perdendo meus medos e me desafiando a ser uma pessoa melhor... Foi uma reflexão que me deixou bem emocionado.

A viagem estava sendo bem longa, bem longa mesmo. As paradas nas cidades duravam a eternidade. Como eu não podia ler, já que o ônibus mexia demais; não podia escutar música, já que os fones acabei esquecendo dentro da mochila, resolvi fechar os olhos e tentar dormir. Quem disse? Um senhor atrás de mim roncava tão alto que às vezes me assustava. Que raiva!

Umas 3h e pouco chegamos, enfim, na rodoviária de Tianguá - CE. Pedro já estava lá me aguardando de mochila nas costas e com os braços cruzados. Fiquei super feliz em ter visto ele, já sorrindo, me dando um abraço demorado e me desejando as melhores felicitações. Foi tão bom isso! Ele é um verdadeiro amigo que quero levar pra sempre. Após, pegamos um táxi sem dificuldade, pois sempre somos abordados por e fomos direto subir serra, no Sítio do Bosco.

No caminho, dentro do táxi, retirei o celular do modo avião que havia colocado para economizar bateria e chequei as mensagens do whatsapp. Vários áudios engraçados, vídeos e fotos feito montagem. Claro, enquanto podia, respondi cada um com o mesmo carinho que haviam enviado. A gente realmente sabe as pessoas que são sinceras com as palavras. Por conta disso, a cada mensagem de carinho que lia, eu ficava mais feliz.

Chegamos na entrada do sítio, pagamos o táxi, fizemos o check-in, escolhemos o lugar das nossas barracas - sempre próximas da pista de pouso, como na primeira vez que fui - e... apagamos! 💤

CONTINUA...

terça-feira, 22 de novembro de 2016

VIAJAR VS BENS MATERIAIS

Quem me conhece sabe que quando coloco alguma ideia na cabeça, ninguém tira. Pode demorar o tempo que for, mas um dia concretizo. Pode ser uma ideia simples, pode ser uma mais absurda e quase impossível... o fato é que sempre dou tempo ao tempo.

E foi nesta que consegui desfrutar de, ainda poucas, mas maravilhosas, viagens, no intuito, como já havia dito aqui no primeiro post sobre minha primeira viagem para fora do nordeste, de satisfazer o ego e ser feliz. Havia comentado também sobre a programação em relação ao tempo de folga, tempo de estadia e, claro, questão financeira, afinal, viajar sem dinheiro não é tão legal. Tudo sendo colocado na "ponta do lápis" fica bem mais fácil, garanto.

Na minha primeira viagem tive que juntar dinheiro desde o dia que comprei a passagem. Tive que parar de comprar roupas, já que nem preciso, pois sou bem caseiro; cortei lanches; parei de comprar acessórios pro celular; dvd e cd foram baixados pela internet; investi em uma renda extra vendendo alguns cosméticos... Enfim, não comprar nada que realmente não precise. Digamos que tendo um objetivo, não fico quieto enquanto não consigo concluir. No caso de comprar roupas, já se torna chato desde chegar a loja, passar horas e mais horas escolhendo e provando... Entre outras coisas, não preciso (ainda!) pagar aluguel, comprar comida e outras despesas, já que moro com meus pais.

Como não sou rico e não dá pra ter tudo - comprar qualquer coisa e, claro, viajar -, tenho que me controlar o máximo, mesmo sabendo que sou bem tranquilo quanto a isso. Como falei, quando me volto para o real objetivo dessa "mão de vaquice" toda, vejo que faz sentido. Viajar me deixa mais feliz do que roupas novas e outros bens materiais.

Por experiência própria, garanto que viajar traz mais felicidade do que bens materiais pelas experiências individuais que temos quando viajamos. Ou seja, fazer coisas ao invés de comprar coisas nos deixa mais felizes. Veja se você concorda:

1. É mais difícil comparar viagens do que bens materiais.

Você fica feliz quando compra um celular, mas a felicidade pode passar assim que você vê que o seu amigo comprou um melhor e mais avançado que o seu. Já numa viagem, sua experiência é tão única que chega a ser incomparável, fora que toda viagem, por mais que seja sempre para o mesmo lugar - no meu caso, quase sempre vou à Teresina -, não será chata e rotineira. Mesmo que o seu vizinho tenha passado as férias na Europa e você no litoral maranhense, piauiense ou cearense, não significa que ele estava realmente feliz e se divertindo tanto quanto você na praia ou em qualquer outro lugar simples.

2. Viajar nos aproxima mais das pessoas e isso nos deixa mais felizes.

Só me faz lembrar das viagens que fiz com meus melhores amigos e até aquela em que fui sozinho para Goiânia onde firmei mais amizades que antes eram apenas virtuais. Esse tipo de experiência tende a aproximar e conectar pessoas - no meu caso, do virtual para o real -, já que tudo é novidade, desde o sotaque, o clima e a cultura, enquanto comprar coisas nem tanto.

3. Coisas enjoam e viajar é uma experiência que fica para sempre na memória.

Lembra do celular que você comprou ou ganhou no fim do ano? Já enjoou e quer trocar por um novo, né? Mas aquela viagem que você fez nunca será esquecida ou trocada, pode ter certeza.

4. Contar sobre uma viagem deixa as pessoas mais felizes do que contar sobre um bem material que comprou.

Daqui cinco anos você vai contar sobre a sua viagem com a mesma empolgação e felicidade de sempre. Além disso, as pessoas também ficarão mais felizes ouvindo as histórias de uma viagem do que sobre a sua roupa, celular ou qual outra coisa que ficou pra trás.

A definição de tudo isso é que experiências mostram que você é muito melhor que qualquer outro bem que queira que um dia você comprou.

E durante uma viagem fica mais fácil se libertar para fazer coisas que você nunca fez como aprender e rir de novas gírias (como as que eu aprendi no encontro com os amigos de Penedo - AL), voar de parapente mesmo morrendo de medo de altura, fazer rapel, mergulhar fundo para tirar fotos com peixinhos coloridos mesmo não sabendo nadar, fazer trilhas e até passar horas com frio porque queria acampar durante a chuva na madrugada. Todas essas experiências vão formando a sua identidade de forma que depois de viajar você já não é a mesma pessoa. Eu mesmo, me tornei bem aventureiro e corajoso, o que me deixou bem surpreso comigo mesmo.

É como se durante e depois de uma viagem você sempre tivesse chance de recomeçar e, claro, mudar.

Quer uma dica minha? Junte dinheiro e VIAJE. ✈🌎 

CARTA PRA VOCÊ! #3

W...,

Em primeiro lugar, o que você está querendo, hein!? 😠

Eu sei que ninguém me pertence, mas por que, depois de ser rejeitado, você insiste em me infernizar mesmo que indiretamente? Não estou gostando de te ver no meio de quem não deveria estar. O pior é ter que imaginar que vocês têm, ou devem ter tido, algum lance.

Fico preocupado e com raiva, já que poderia ser qualquer pessoa, menos você. Analisando bem, não deveria ser ninguém!

Por favor, deixa como está!
Se toque!!!

A. Funnie
Werlleson Leal

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CARTA PRA VOCÊ! #2

J...,

Eu tento te esquecer, mas tudo que eu escrevo é sobre você. Eu não posso me enganar, fingir que estou bem, porque não estou. Preciso de você, preciso de você essa noite! E hoje estou aqui só pra te cobrar o que você disse que iria ser pra semp...  🎵

Não, você não disse que iria ser pra sempre, pelo contrário, me disse para que as coisas fossem fluindo conforme iríamos nos conhecendo. Não sei se ouvir isso foi bom ou ruim, já que a partir desta frase senti que você é uma pessoa sincera e madura, não querendo fazer alguém – no caso eu – sofrer. Mas sofri, sofri com aquele aperto no coração quando concluiu a frase e ainda sofro quando imagino que não estamos mais juntos. Isso dói, dói muito mais do que uma dor física.

Te ter apenas cinco vezes na vida me fez ser feliz, me fez acreditar e perceber tudo que eu estava somente me enganando. Você me trouxe paz, olhos brilhantes, sorrisos sinceros, ressuscitou uma emoção que não sabia que existia dentro de mim e muitos choros. Choros de felicidades e, agora, de tristeza e saudade. É difícil encarar que você está aí, mas não está mais aqui. É difícil te ver todos os dias e não poder te encontrar, te tocar e aceitar a felicidade contagiante que sentia há um tempo atrás. É ruim te ver sorrindo, mas não mais para mim. É difícil... é muito difícil imaginar tudo sem você.

Eu passo tanto tempo só te procurando em um outro alguém. Mas não posso me enganar, sinto sua falta e ninguém pode ver... 🎵

Meu coração já disparou ao ver vários rostos imaginando ser o seu. Ver pessoas por trás, com características parecidas com as suas, me causa dor passageira e decepcionante. Infelizmente, ninguém pode ver e perceber... Tudo é único seu e temo um dia estar certo de que lá será você.

Ando pelas ruas tentando imaginar qual seria minha reação ao te reencontrar. Medo de rejeição. Medo de aproximação. Um reencontro mais triste do que pode ser ou mais feliz do que esperei. Talvez no nosso reencontro – se ainda houver – tudo vai acontecer da forma que não consegui estabelecer, tenho quase certeza disso. Espero te parar e te convencer a ficar ali, me aguardando mais um pouco, enquanto pego algo seguido de um pouco de coragem e pé no chão. No meu retorno, você tem que estar lá, por favor!

Tempo, seja fiel a mim e não deixe ser tarde demais.

Tenho saudade, J...! Preciso de você! 💔

A. Funnie
Joseantonio Ribeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

CARTA PRA VOCÊ! #1

D...,

Nos últimos dias, ou melhor, meses, estou bem triste por algo que não consigo enxergar. Talvez saiba o que fiz, mas não acho que seja tão sério a ponto de toda essa distância nos separar – além da própria física.

Não sei se está lendo aqui; talvez nem leia, mas queria que soubesse que sinto sua falta; Que, confesso, não me importei tanto com seus problemas, a fim de fazer esquecê-los e engatarmos em um papo agradável, mas fico feliz por ter feito rir na maior parte de nossas conversas. Era exatamente isso que queria!

Queria poder te chamar, poder saber como você está, saber como está sua relação com família, amigos, amores e me importar mais com seus problemas... O propósito maior foi, e é, trazer de todo o problema uma solução e uma lição. Sei que não tinha lidado com seu orgulho ou com conselhos que não seguia – isso me irritava internamente, admito, mas somente quem está na pele sabe o que se passa. Quero seu bem, mas devo entender que isso faz parte da sua personalidade. Às vezes as pessoas agem por impulso. Esse é você. Esse é quem eu devo me acostumar.

Mais uma vez, sinto sua falta! Por orgulho e medo de estragar tudo me precipitando, prefiro que o tempo responda as nossas questões e que voltemos da melhor forma.

Um grande abraço!

A. Funnie
David Abreu

CARTA PRA VOCÊ!

Hoje estive tão pensativo sobre aqui... Quase não apreço mais e me sinto culpado por isso.

Por conta disso, resolvi começar mais uma seção neste blog, onde "enviarei" cartas no intuito de desabafar, elogiar ou agradecer por algo à alguém especial (ou não!) na minha vida. Acredito que será algo curto e simples, como se estivesse escrevendo de próprio punho.

Espero que gostem e espero estar mais presente por aqui.

Para começar a leitura, clique aqui.

Obrigado! 😊

domingo, 21 de agosto de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #12

(...)

Naquele dia (22/05), o que eu mais queria era dormir. Eu não aguentava mais o cansaço.

Até que dormi, mas aquela adrenalina e curiosidade por estar em outro estado, lugar, não saía da cabeça e, por diversas vezes, comprometia o sono. Por vezes acordava na madrugada com aquela sensação de que a ficha ainda não havia caído. É bem estranho essas sensações que tenho.

Pedro foi ao meu quarto, que já estava, propositalmente, com a porta aberta e foi me acordando calmamente. Eu acordei de imediato, mas o corpo não queria desgrudar daquela cama de casal. Era mais ou menos umas 6h e eu ainda fiquei ali, olhando para o teto, pensando na vida.

Pedro voltou minutos depois e, um pouco irritado, falou: - Levanta logo, Anderson! Eu não vim pra Maceió pra ficar deitado, não!

Com essa frase, criei uma disposição e me levantei. Fui ao banheiro e, mais uma vez, fiquei me sentindo preso ali dentro. Por vários minutos debaixo daquele chuveiro forte, fiquei respirando com dificuldade. Incrível como eu me sentia sufocado ali dentro. Era uma energia ruim, uma falta de ar...

Mas, continuando...

Pegamos o elevador de serviço que dava para o estacionamento no subsolo às exatas 7h30:


A viagem foi bem tranquila. A playlist do carro tocava um aleatório bem diverso e não tinha como não cantar as músicas ali. Alguns momentos até ficamos calados curtindo algumas músicas mais bad

Chegamos em Maragogi umas 10h e fomos surpreendidos da pior forma com um passeio que já estava de saída. Mesmo assim, um rapaz meio gago, nos indicou outro e nos guiou até lá.

Era uma praia próxima de um restaurante, um pouco distante de onde paramos a primeira vez. Pronto, era ali mesmo que a gente ia ficar!

Colocamos nossas sungas e fomos ver se algum barco, lancha, ou qualquer outro transporte aquático sairia dali o mais rápido possível, sendo que a nossa passagem em Maragogi seria mesmo rápida.

Por sorte, uma espécie de lancha já estava saindo. Acertamos o valor e fomos.


A vista da lacha era maravilhosa e eu aproveitei pra sentir aquela água corrente nos pés:


Não me recordo o nome do lugar que encoramos, mas a água era muito limpa. Alguns lugares eram bem rasos e dava pra ver os peixinhos passando. Inclusive, os peixes eram lindos, amarelinhos e medrosinhos - rs. Na verdade quem estava com medo deles era eu, pois nunca gostei de sentir algo triscando em mim quando estou dentro da água.

Um rapaz estava com uma câmera especial lá e pedimos pra ele tirar algumas fotos nossas com nossos celulares, quando ele perguntou: - Vocês querem tirar fotos debaixo da água com os peixinhos? - apontando a câmera e pedindo máscaras de mergulho, nos instigando.

Perguntamos o preço - no caso ele fez por R$ 60,00 -, vimos que dividido sairia mais barato e começamos a sessão. Vejam as comparações:

Foto do meu celular

Fotos da câmera dele:



 



Lógico que para todas essas fotos saírem bonitas, tinha toda uma produção, digamos assim. Ele tinha algo que jogava para os peixes comerem, acho que pão, para que eles se aproximassem da gente e assim pudesse tirar as fotos com eles aparecendo. E, o que mais dificultou as fotos, por incrível que pareça, foi eu mesmo. Eu não sei nadar conseguia ficar muito tempo debaixo d'água, sendo assim nem dava tempo de conseguir boas fotos. Pouca fotos minhas ficaram legais, as outras eu estou fazendo cara de aperreado, se batendo, querendo respirar - rs.

CONTINUA AQUI...

domingo, 14 de agosto de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #11


Eu sei, eu nunca consigo terminar um post que já comecei, então nem vou mais prometer continuar dividindo as viagens. Meses depois, resolvi encerrar aqui.

Nos anteriores, contei da minha ida à Alagoas. Na verdade, falei mais de Penedo que de fato marcou mais a viagem.

Em resumo:

Maceió foi bem normal, legal, mas preferia mesmo passar todos os dias em Penedo. Eu tenho certeza que seria mais feliz lá. Maceió é legal? É legal! Mas eu não consigo gostar tanto de praia e cidade juntas. Eu prefiro mesmo tudo longe, no mato, na calmaria. Não gostei tanto da experiência de atravessar a rua pra ir à praia. Enfim, gostei, mas sou "povão" mesmo.

Embora tenha sido dois dias lá, foi bem rápido e bem cansativo.

Logo que chegamos, após descansarmos um pouco da viagem, fomos à praia. Pagamos um pouco caro pra ir pra um pouco mais dentro do mar. E lá... Nada de mais.

Fomos de barco até mais distante da praia. Eu não lembro o que ele disseram que tinha lá, mas fomos mesmo assim.


Quando chegamos lá, não gostei do ambiente. Muita gente, muito barulho e o cheiro de peixe estava ali. Eu entrei na água, claro, mas dei graças que as ondas começaram a aumentar pra todos saírem. Tentamos até tirar fotos debaixo d'água, mas quem disse? A água não estava transparente e nem dava pra ver. Além do mais, um vendedor chegou dentro da água boiando na tampa de isopor um peixe e uma lagosta. Quem me conhece sabe que odeio frutos e afins do mar, então tive que virar as costas pra ele e sair como mal educado. Pedro até chamou a minha atenção por isso, mas não resisti quando vi que o vendedor pegou o peixe pela mão nos mostrando e oferecendo. Foi a deixa pra eu sair logo dali.

Quase 16h, fomos dar uma voltinha pra comer alguma coisa e comprar água no supermercado. Geralmente quando viajo não lembro de tomar água e só depois arco com a consequência disso. Como na foto abaixo, paramos para apreciar o mar. O sol não estava matando como aqui, mas o clima era bem agradável. Paramos até pra comer um hambúrguer (ou foi misto?).


Um pouco antes de sair, procurei meu sapato e não encontrei. Lembro que em Penedo, na Pousada em que ficamos, falei pro Dalton colocar na mala dele, mas... Não! Na mesma hora liguei pro James e combinei para ele ir lá pegar na Pousada e me mandar pelos Correios, já que era a única forma. Lógico, liguei pra Pousada pra informar tudo isso, claro. Enfim, tudo foi resolvido e hoje estou com ele de volta, graças ao Machado. 

Quase 20h, nos arrumamos para ir ao Shopping.


Já tínhamos passado por esse Shopping, o Parque Shopping Maceió, mas o GPS, como sempre, nos ajudou a chegar lá. Demoramos muito a chegar, entramos em ruas erradas, demoramos a encontrar estacionamento e assim foi. Estava havendo um show do Renato Russo lá, se não me engano, o que fez lotar mais ainda.

Admirados com o tamanho do Shopping e comprando com os de Teresina e Fortaleza (nesse caso meus amigos compararam com o de Fortaleza, porque eu mesmo nunca fui lá), sentamos na praça de alimentação, tiramos algumas fotos e decidimos o que comer. Em mil opções, escolhemos a que seria a primeira e que única de cabeça: pizza.


Não lembro o lugar que pedimos a pizza, mas ela estava muito boa. O atendimento, nem se fala. Já disse isso, mas devo repetir que as pessoas de Alagoas são bem felizes.

Chegamos em casa quase 23h30 e eu estava des-tru-í-do!

Sem filtro pra ser pior.

No dia seguinte tínhamos que pegar estrada novamente para Maragogi... E, para não ficar mais extenso aqui, farei outro post, é o jeito.

domingo, 26 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #10

(...)

Chegamos em Maceió por volta das 8h. Mal chegamos, ainda dentro do carro, já me sentia agoniado. A cidade não para. Muitos carros, muitas pessoas correndo na orla e muita demora em achar o apartamento que alugamos.

O GPS continuava na ativa - dessa vez no celular do Dalton -, a minha vontade era de sair de dentro daquele carro e tomar um banho logo. Eu estava morto!

Entre ligações ao cara que nos alugou o apartamento, em falhas do GPS e muito trânsito, chegamos na portaria do prédio. Entramos e estacionamos o carro lá dentro, em um estacionamento do próprio prédio. Dalton foi se apresentar e pegar a chave. Não demorou muito e subimos.

Que agonia estar em um prédio. Eu realmente não sei lidar com essa vida de caminhar por corredores estreitos, por subir e descer elevadores e sempre passar pelo estacionamento no subsolo.

O apartamento estava praticamente vazio, mas tinha cozinha com panelas, geladeira, torradeira, pia, embora sendo minuscula. Nas sala, um sofá enorme e bem confortável; uma poltrona preta de descanso; uma mesa que acredito para jantar, tomar café; uma TV e, amém, ar condicionado. Além disso, dois quartos e dois banheiros. O quarto que fiquei tinha uma cama de casal enorme e um guarda-roupa que nem usei. Ainda nele, uma janela de frente para outros prédios. Inclusive, me sentia muito vigiado quando ela estava aberta.

Joguei a mala no chão, separei a roupa que iria usar e fui tomar banho.


Me senti sem ar, sufocado, ali, principalmente no banheiro. O banheiro até que era enorme, com um espelho muito grande, uma pia grande e espaçosa e um chuveiro que valeu muito a pena, muito forte, contrário do da pousada de Penedo. Por mim, ficaria debaixo do chuveiro por horas, mas tempo era ouro naquele momento.

Quase 10h, subimos para a cobertura. A certeza era que a vista de lá era a melhor, e como era. A cobertura tinha uma piscina e era bem inspiradora para mim. Dá vontade de levar o computador pra lá e ficar usando internet à toa. O vento não para!

Tirei várias fotos dos meus amigos, mas as minhas, claro, não prestaram. A única que achei que ficou legalzinha foi uma selfie sem compromisso abaixo:


Descemos e fomos atravessar a avenida pra ir à praia.   

Enquanto andávamos, muitas pessoas nos observava tentando uma abordagem para vender pacotes, passeios e, na verdade, o primeiro que apareceu já fechamos uma passeio simples. Eu não sabia de fato para onde iríamos, mas estar dentro de um barco seria o máximo ali.

sábado, 11 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #9

(...)

Acordamos um pouco mais de 5h com aquele frio intenso do ar condicionado.

Com muita preguiça, fomos tomar banho. Resolvi ser o ultimo, porque sair da cama era o meu desafio naquele dia. As malas estavam reorganizadas e, dispensando o café da manhã que seria servido às 7h, entreguei a chave fazendo o check-out dessa forma. Agradeci muito a senhora dona da Pousada e ela nos desejou uma boa viagem.

O "nosso" carro estava com os vidros embaçados e o sol já começava a aparecer. Foi um momento triste para mim, mesmo na certeza que quilômetros depois poderia se tornar feliz. Me despedi mentalmente de Penedo e agradeci a Deus, claro. Afinal, uma semana antes eu estava destruído com a tal de chikungunya que me pegou de jeito e me deixou vários dias de molho.

Ligamos mais uma vez o GPS e pegamos estrada.

Mesmo sendo bem cedinho, quase 7h, o sol estava matando. Eu estava do lado esquerdo, atrás do Pedro que dirigia, então prendi a toalha no vidro do carro para tapar o sol.

E o nosso café? Viajamos com fome? NÃO!!! Lembra daqueles biscoitos que o Machado me apresentou no supermercado? Pois bem, abrimos eles. Comprei dois potes de biscoito: doce e salgado. Eu já sabia que iria curtir demais o doce, ainda mais por ter doce de goiaba. O salgado era de queijo e sabia que Dalton iria gostar.

Acabei comendo metade dos potes, principalmente o de goiaba porque era o melhor. O de queijo tinha gosto de anos 90, então alterava entre os dois.

Passando por algumas cidades, paramos, pois precisávamos de algum liquido, porque tomar café e ficar entalado com ele na garganta não é nada legal - rs. Num comércio bem simples, com um senhor carregado do sotaque, Dalton e Pedro compraram nescau de caixinha gelado e eu um suco de laranja porque não curto nescau gelado. Sem demora, seguimos viagem enquanto concluíamos o café em movimento.

Durante o percurso, nos surpreendíamos com a chuva repentina. Num momento, dei um grito de felicidade por saber que estava chovendo e Dalton até se espantou  achando que era outra coisa.

Assim como na ida a Penedo, na volta o cenário também é espetacular. Nos surpreendemos com um lindo arco-íris enquanto passávamos por uma ponte. A gente tinha que registrar aquele momento de qualquer forma:



No final da ponte deixamos o carro e fomos tentar tirar umas fotos mostrando o arco-íris. As fotos que tirei dos meus amigos, claro, ficaram ótimas, mas as minhas... A única que ainda salvou foi essa abaixo, no qual estou de costas:


Foi tudo bem rápido, em menos de cinco minutos tiramos a foto e retornamos ao carro. 

No mais, a viagem foi super tranquila...

domingo, 5 de junho de 2016

CN → THE → REC → MCZ → PND #8

(...)

Cheguei na A Ribeirinha Tapiocaria um pouco antes do horário combinado.

Ficamos alguns minutinhos aguardando o povo chegar. Enquanto isso, observávamos as poucas pessoas que estavam lá. Ainda dentro dela, conversamos um pouquinho olhando a placa informando que tinha "UAI-FAI" - como nela mesmo estava escrito.

Resolvemos ir para a calçada por conta do calor.

Minutos depois, Maurício chegou com um amigo chamado Gustavo. Nos cumprimentamos rapidinho e ele sentou na outra ponta da mesa, sendo que haviam três mesas juntas. Ele estava um pouco distante e isso causou uma certa dificuldade em conversar. Ora ou outra perguntávamos algo, mas ambos com os celulares em mãos concentrados. Me surpreendi com ele um pouco, pois não sabia que ele tinha várias tatuagens. Fora isso, idêntico as fotos. 

James e Machado chegaram de moto em seguida. Estacionaram, nos cumprimentaram e ficamos ali conversando, enquanto esperávamos o Juninho.

O lugar era super confortável de se estar, embora do lado de fora. O atendimento, assim como as pessoas de Alagoas são bem entrosadas, foi o melhor. Uma moça nos atendeu de uma forma que parecia já estar inserida ali no grupo. Mesmo sendo amiga de alguns, acredito pela frequência que eles frequentam o lugar, nos tratou da mesma forma.

O cardápio (digo, o menu) era super nordestino, bem personalizado e com vários nomes diferentes nas tapiocas - o que deixou o Dalton super encantado por ele. Não tinha como relacionar o sabor ou recheio com o nome descrito ali, mas a ideia foi bem criativa. Alguns nomes dados eram personagens de novela, outros de personagens da literatura brasileira e por aí vai. Melhor do que os nomes, eram as misturas. Nunca esquecerei que quando pedi ajuda para escolher, Maurício me disse que a preferida dele era sardinha com coco. "Quê!?", pensei.

Juninho chegou um pouco tarde e ficou ali, um pouco calado, enquanto bebia cerveja oferecida por Maurício.

Algo que lembrei aqui do nada e que achei engraçado era que, por algumas vezes durante a conversa, James chamava Maurício de "Bad" ou "BadBad" e eu não entendia... Muito tempo depois que vim entender a associação ao inglês: "Mau", "MauMau", "Mau-rício" - rs.

Conversamos muito por lá e a hora não passava. Por alguns momentos a ficha caía e eu me perdia ali. Pensava: "Poxa, olha o Machado ali conversando. O James aqui do meu lado. Tô em Penedo! PORRA!!!". Era algo meio estranho, já que tudo se passava somente por fotos e áudios e de repente você estava ali. Sempre é uma sensação "estranha-boa".

Em alguns intervalos de tempo, tiramos algumas selfies que saíram bem escuras:

Foto: James Dantas (@kbcao17)

Foto: James Dantas (@kbcao17)

Não lembro quais as tapiocas que pediram, mas pedi uma de carne de sol (ou outro tipo de nome de carne) com purê de macaxeira. Eu não sabia comer direito, a minha vontade era dispensar o garfo e a faca e pegar com a mão. Nem preciso dizer que estava muito boa, né?

James do meu lado comeu super rápido a dele, depois pediu açaí. Ali come, viu!? - rs.

Um pouco mais de 23h, acho que umas 23h30, resolvemos ir embora. Desde cedo a rua estava tranquila e deserta. Se eu fosse dar uma hora para aquele momento, seria depois das 2h. Parecia mesmo de madrugada, sem movimento de quase nada.

Antes de irmos, tiramos algumas fotos e selfies dentro da Tapiocaria. Inclusive, alguém resolveu arrancar a placa que estava na porta do estabelecimento pra fazer o merchan - rs. Caiu muita molecagem nessa hora, foi muito massa!

Foto: James Dantas (@kbcao17)

James, Maurício, Gustavo, Machado Jr., Dalton, EU, Pedro e Juninho 

Após as fotos, resolvi pegar o meu diário caderno de registro de viagens, onde, na página do dia, dei para todos escreverem algo pra mim. Eu queria não só registrar aquele momento único em fotos, mas em escritas também:


Se o nosso encontro foi estranho (no melhor significado e sentido da palavra), nossa despedida foi mais ainda. Não sei como descrever aquela sensação, era tipo uma estágio pra morte, sei lá. Nos despedimos após eu entregar o Guaraná Jesus do Juninho e Maurício - que dispensou por um dia publicar a foto de uma latinha de cerveja pra poder dar lugar a Jesus - e eles assinarem o caderno.

Nos abraçamos e ouvi palavras bem legais de se ouvir no final de um dia bem produtivo e cansativo. Ter ouvido que eu fui uma "satisfação", que "foi um prazer", nem tem como descrever. Nos vimos pela ultima vez naquela noite, mas na esperança de nos vermos novamente, dessa vez aqui na nossa região.

Entrei no carro e agradeci aos meus melhores amigos que me proporcionaram a ida a Penedo. Ambos confirmaram que eles são muito gente boa e que realmente sabem a história da cidade. Com o carro em movimento em direção a Pousada, li e analisei atentamente o que tinham escrito pra mim.

A minha felicidade, embora não demonstrada pessoalmente, estava extrema dentro de mim. No quarto da Pousada demorei muito a dormir pensando em tudo. Antes disso, tiramos algumas fotos para mandar no grupo, mostrando que chegamos vivos - rs.


Pelo nosso sorriso na foto acima dá pra perceber o tamanho da felicidade.

Nesse dia fui dormir bem tarde, sendo que iriamos acordar às 5h pra pegar estrada de volta a Maceió. Como estava na parte de cima da beliche, o ar condicionado estava direto em mim. Eu estava morrendo de frio, mas não queria usar o edredom, nem trocar de cama.

No dia seguinte até comentei com meus amigos que não parava de sonhar com o povo, que era a continuação do dia seguinte. Infelizmente não lembro agora pra poder contar.

Para mim, se a viagem tivesse acabado ali, já estaria feliz. Conclui que se não tivesse ido em Penedo, não seria tão legal, tão 100%...