terça-feira, 22 de novembro de 2016

VIAJAR VS BENS MATERIAIS

Quem me conhece sabe que quando coloco alguma ideia na cabeça, ninguém tira. Pode demorar o tempo que for, mas um dia concretizo. Pode ser uma ideia simples, pode ser uma mais absurda e quase impossível... o fato é que sempre dou tempo ao tempo.

E foi nesta que consegui desfrutar de, ainda poucas, mas maravilhosas, viagens, no intuito, como já havia dito aqui no primeiro post sobre minha primeira viagem para fora do nordeste, de satisfazer o ego e ser feliz. Havia comentado também sobre a programação em relação ao tempo de folga, tempo de estadia e, claro, questão financeira, afinal, viajar sem dinheiro não é tão legal. Tudo sendo colocado na "ponta do lápis" fica bem mais fácil, garanto.

Na minha primeira viagem tive que juntar dinheiro desde o dia que comprei a passagem. Tive que parar de comprar roupas, já que nem preciso, pois sou bem caseiro; cortei lanches; parei de comprar acessórios pro celular; dvd e cd foram baixados pela internet; investi em uma renda extra vendendo alguns cosméticos... Enfim, não comprar nada que realmente não precise. Digamos que tendo um objetivo, não fico quieto enquanto não consigo concluir. No caso de comprar roupas, já se torna chato desde chegar a loja, passar horas e mais horas escolhendo e provando... Entre outras coisas, não preciso (ainda!) pagar aluguel, comprar comida e outras despesas, já que moro com meus pais.

Como não sou rico e não dá pra ter tudo - comprar qualquer coisa e, claro, viajar -, tenho que me controlar o máximo, mesmo sabendo que sou bem tranquilo quanto a isso. Como falei, quando me volto para o real objetivo dessa "mão de vaquice" toda, vejo que faz sentido. Viajar me deixa mais feliz do que roupas novas e outros bens materiais.

Por experiência própria, garanto que viajar traz mais felicidade do que bens materiais pelas experiências individuais que temos quando viajamos. Ou seja, fazer coisas ao invés de comprar coisas nos deixa mais felizes. Veja se você concorda:

1. É mais difícil comparar viagens do que bens materiais.

Você fica feliz quando compra um celular, mas a felicidade pode passar assim que você vê que o seu amigo comprou um melhor e mais avançado que o seu. Já numa viagem, sua experiência é tão única que chega a ser incomparável, fora que toda viagem, por mais que seja sempre para o mesmo lugar - no meu caso, quase sempre vou à Teresina -, não será chata e rotineira. Mesmo que o seu vizinho tenha passado as férias na Europa e você no litoral maranhense, piauiense ou cearense, não significa que ele estava realmente feliz e se divertindo tanto quanto você na praia ou em qualquer outro lugar simples.

2. Viajar nos aproxima mais das pessoas e isso nos deixa mais felizes.

Só me faz lembrar das viagens que fiz com meus melhores amigos e até aquela em que fui sozinho para Goiânia onde firmei mais amizades que antes eram apenas virtuais. Esse tipo de experiência tende a aproximar e conectar pessoas - no meu caso, do virtual para o real -, já que tudo é novidade, desde o sotaque, o clima e a cultura, enquanto comprar coisas nem tanto.

3. Coisas enjoam e viajar é uma experiência que fica para sempre na memória.

Lembra do celular que você comprou ou ganhou no fim do ano? Já enjoou e quer trocar por um novo, né? Mas aquela viagem que você fez nunca será esquecida ou trocada, pode ter certeza.

4. Contar sobre uma viagem deixa as pessoas mais felizes do que contar sobre um bem material que comprou.

Daqui cinco anos você vai contar sobre a sua viagem com a mesma empolgação e felicidade de sempre. Além disso, as pessoas também ficarão mais felizes ouvindo as histórias de uma viagem do que sobre a sua roupa, celular ou qual outra coisa que ficou pra trás.

A definição de tudo isso é que experiências mostram que você é muito melhor que qualquer outro bem que queira que um dia você comprou.

E durante uma viagem fica mais fácil se libertar para fazer coisas que você nunca fez como aprender e rir de novas gírias (como as que eu aprendi no encontro com os amigos de Penedo - AL), voar de parapente mesmo morrendo de medo de altura, fazer rapel, mergulhar fundo para tirar fotos com peixinhos coloridos mesmo não sabendo nadar, fazer trilhas e até passar horas com frio porque queria acampar durante a chuva na madrugada. Todas essas experiências vão formando a sua identidade de forma que depois de viajar você já não é a mesma pessoa. Eu mesmo, me tornei bem aventureiro e corajoso, o que me deixou bem surpreso comigo mesmo.

É como se durante e depois de uma viagem você sempre tivesse chance de recomeçar e, claro, mudar.

Quer uma dica minha? Junte dinheiro e VIAJE. ✈🌎 

2 comentários:

  1. Opa Ande!
    Mais um ótimo texto, como sempre, e melhor ainda, super alegre...
    Parabéns por ser tão focado nos seus objetivos. Continue assim que tu vais longe.
    Posso dizer que já viajei mais do que atualmente (viagem a trabalho não conta), no momento os objetivos são diferentes mais com algumas semelhanças, menos roupas, menos festas, tirando o necessário, para um sonho maior poder se concretizar....
    Não vejo a hora que poder voltar a viajar como antes...

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    1. - Muito obrigado, Paul! Viajar é sempre bom. Espero um dia ir pro sul também. valeu!!!

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