domingo, 12 de agosto de 2012

SEÇÃO SERIAL KILLER: "VAMPIRO DE NITERÓI" #6

Marcelo Costa de Andrade, o nome dele.

Anteriormente, falei que li sobre ele na passagem do meu aniversário, ou seja, do dia 04 para o dia 05 deste mês. O começo do capítulo já é muito triste, conta logo sobre o seu primeiro crime. Fiquei com muita pena das duas crianças que ele abordou na rua prometendo dinheiro. A autora sabe narrar muito bem os acontecimentos e faz com que o leitor fique pensando: "Como será que ela sabe de tudo isso em detalhes?". É como se ela estivesse vivido tudo, sabe?
O fato (o primeiro crime) aconteceu no começo dos anos 90. Eram dois irmãos, um de 11 e outro de 6 anos que costumavam sair de casa avisando para a mãe que iriam procurar ou tentar ganhar comida de alguém, visto que eram pobres e não tinham o que comer. Nisso, encontraram com um homem apresentado como Marcelo que lhes prometeu alguns cruzados. O caminho era longo e chegaram em um lugar deserto. Ele passou a ficar com os meninos durante a noite e matou o mais novo, após abusar do mais velho. Ele bateu a cabeça do menor em uma pedra e depois começou a sufocá-lo com as mãos. Vendo que o corpo estava imóvel, minutos depois o jogou em um esgoto - no livro isso está mais detalhado.

Criança vítima de "Jack" (outro apelido dado ao assassino)

No total, fez 13 vítimas, todas crianças entre 06 e 13 anos. Segundo ele, não poderia "ficar" com mais velhas pois "não iriam para o céu" caso morressem. Para ele, isso era uma favor que ele fazia. Teve diversos apelidos e um dos - que pegou - foi o "Vampiro de Niterói". Por quê? - vocês devem está se perguntando. Vampiro porque após matar as crianças, tomava o sangue delas, achando que aquilo fosse fazer com que ficasse bonito assim como eles. Niterói porque geralmente era pelas redondezas deste lugar onde fazia os seus crimes.

A autora o entrevistou em setembro de 2003, deixando tudo detalhado no livro com todos os diálogos. Há várias páginas com esses diálogos e está sendo dividido, pois a autora adverte às pessoas impressionáveis que não leia a segunda parte da entrevista que diz respeito aos crimes, portanto, para que se leia somente os assuntos gerais. Só lendo mesmo pra saber o quão a segunda parte pode realmente chocar, pois ele fala com frieza e sinceridade tudo que cometeu, em detalhes impressionáveis. Como mesmo há no livro: "A crueza dos detalhes pode impressionar".

O "vampiro" voltando ao local onde estava um corpo

Mais tarde, em 2007, após uma humilhação que a autora passou ao querer entrevistá-lo novamente, enfim, conseguiu. Ela percebeu o comportamento e mudanças com ele durante aqueles anos todos que se passaram internado em um manicômio.

Há uma passagem no livro que narra uma fala dele que resume praticamente quem eram suas vítimas e o que faziam com elas antes de matar:

"Eram garotos bonitos, de pernas bonitas, de rosto bonito, beijava na boca deles, alisava as pernas deles, bonitas, lisinhas, as nádegas deles também bonitinhas, lisinhas e tudo, metia meu pênis dentro das nádegas deles e como eles eram garotos virgens e bonitos, gozava dentro deles, das nádegas deles. Aí, depois, eles chupavam também o meu pênis, os garotos, até gozar o meu esperma dentro da boca deles. Aí eu sentia prazer sexual também de matar eles, beber o sangue deles todo também".

Por aí já dá pra tirar o quanto ele foi louco e o quanto eu não consigo entender o que se passa na cabeça de uma pessoa assim. Ele não comentou acima, mas matava suas vítimas deixando uma grande pedra cair em suas cabeças, virava-as de ponta cabeça, colhia o sangue, bebia, fazia sexo novamente com o corpo, e em algumas horas, levava suas bermudas para casa, para guardá-las dentro de uma caixa como se fosse um troféu.

Ao final, foi preso tendo prisão perpétua.

Quando foi preso

No final do capítulo, há em anexo uma carta que o então assassino escreveu no dia 19 de agosto de 2003 para um membro da área médica. Não pude deixar de observar os erros ortográficos que me fizeram lembrar que ele parou de estudar no ensino fundamental e a continuidade na diferença da letra, pois ora era manuscrita, ora era de máquina. Lá ele conta sobre o que está passando, sobre a sua religião e sobre a palavra de Deus. Em nenhum momento falou que se arrependeu do que fez, mas ao ver situações que observou no presídio, lembrou de fatos que ele fez e falou detalhes de que os presos no mínimo para estarem presos, teriam feito o mesmo que ele fez.

O capítulo foi bem extenso, como o anterior, mas, realmente, foi o que me deixou mais impressionado. Confesso que algumas madrugadas em que li, tive que rezar antes de dormir, pois não tenho sonhos ruins quando rezo.

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