sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SEÇÃO SERIAL KILLER: "MONSTRO DO MORUMBI" #5

Retrato falado do Monstro do Morumbi
José Paz Bezerra, o nome dele.

A tensão já está no começo do capítulo. Demorei pra organizar as personagens, mas lendo e relendo comecei a entender que ele possuiu alguns nomes. Por aí tirei que o capítulo requer muita a atenção do leitor, pois na medida em que se passa a leitura, os nomes dele acaba sendo diferenciado.

Diferente dos outros, sua mulher acabou sabendo de tudo. Não o entregava para a polícia logo, pois ele ameaça de matar ela e sua filha caso contasse para alguém. Fiquei com dó da mulher dele, pois era obrigada a fazer o que ele pediu e muitas vezes se privar de falar sobre o assunto. Ela o ajudava a fugir, mas ele voltava.

Ele sempre lia as matérias de seus crimes nos jornais e também os via nos noticiários da TV. Ele ria, chorava e se aperreava quando se sentia pressionado pelo que estava vendo. Às vezes até questionava com quem apresentava o telejornal sobre os seus crimes, vendo que estavam falando de uma forma que não era o que exatamente ocorreu, que ele fez. Os pertences de suas vítimas eram dados a sua mulher, que ficava impressionada quando recebia, ouvindo que tinha sido tudo comprado de um amigo dele.

Ele sempre mentia para suas vítimas, dizia que trabalhava de caixa em um banco e as seduzia até levá-las ao local onde assassinara. Ele usava as peças íntimas das vítimas para amarrá-las. E era sempre no mesmo local, ou a metros dali.

Não aguentando mais, sua mulher o entregou para a polícia, mas com o coração na mão. Ela não queria, mas viu que tudo estava indo longe demais. Sendo assim, os familiares das vítimas reconheceram os pertencem dados pelo marido assassino à mulher dele. E ele fugiu.

Esperto como era, acabou se mudando para Belém do Pará. E lá, usando de sua simpatia, educação e "emprego", fez 5 vítimas. Mal ele sabia, mas estava sendo observado pela ex-cunhada de sua namorada. Sim, ele conseguiu uma namorada e descobriu o amor. Ele tentou até matá-la, mais sentiu pena. Sendo assim, através dela, e de sua ex-cunhada, levaram a suspeita para a delegacia, ligando para um responsável que atualmente é delegado da cidade de Belém.

Illana Casoy, autora deste livro, conseguiu entrevistar esse atual delegado em 2003, que deixou bem claro às suas perguntas. Nessa entrevista ele explicou como conseguiu prender o "Mostro". Percebi que esse delegado é muito persistente, pois por duas vezes adentrou escondido na casa do assassino, sendo que a segunda vez foi com êxito. O assassino estava dormindo, pelado, debaixo da cama quando foi preso. Ele também disse que com o passar dos anos na prisão, o "Monstro" acabou tendo bom comportamento, porém, quando começou a trabalhar em uma sapataria, enfiava pregos em seu braço e pescoço. Com isso, acabou se infeccionando e foi parar no hospital.

No hospital, ele estava sendo escoltado por presidiários de bom comportamento que serviam como guardas, mas que vacilaram, pois acabaram sendo desatentos e o assassino, como uma pessoa normal, saiu dali. Ele foi encontrado na calçada, por sorte, pelo atual delegado que o perguntou se queria ser preso novamente.

Ao final do capítulo sobre ele, há uma parte que conta sobre sua infância, a questão de ver sua mãe sendo prostituta para conseguir dinheiro para sustentá-lo junto de seu pai que sofria de uma doença nada fácil de ser cuidada: a hanseníase. Após a morte de seu pai, por sua mãe era castigado por, sem querer, ver relações sexuais dela com seus "clientes". Até que a mãe dele havia conseguido um companheiro mais tarde, mas ele sofria de pederastia (acabei de pesquisar no dicionário e diz que é homem adulto que sente atração por adolescentes em fase de puberdade) e que muitas vezes pedia para que ela introduzisse o dedo no ânus dele em suas relações sexuais. Além do mais, ainda transava com outros homens. Isso tudo, com mais ou menos 7 anos de idade, já começou a se masturbar direto.

Há também cartas onde sua mulher, Mariana, mandava para ele na prisão. Ela sempre lamentando por não estar como ele deixou fisicamente, pois se achava já velha, mas por dentro o amor ainda continuava.

Um frase dita no final de seu capítulo, onde declarou em um programa de TV: "Mães, cuidem de seus filhos!".

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SSK #6: O Vampiro de Niteroi

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