Nossa, fazia dias que não via CRA, mas a vi.
Assim que saí do trabalho, na sexta, após o pai ter saído de uma farmácia depois de utilizar o caixa, fiquei observando o carro dela de longe.
Eu tinha certeza que era o seu carro, pois estava muito bem estacionado em frente à casa de seu namorado. Depois de mais ou menos cinco minutos, ela entra pela porta do passageiro, pude concluir que seu namorado que iria dirigir. Parece besteira, mas aquilo fez com que eu ficasse com o olho cheio de água, porém não estava chorando de verdade, e sim por dentro unida com a raiva. Tentei disfarçara pro pai não perceber, mas, como já até disse, quando tento disfarçar, já estou me entregando.
Ela estava numa blusa azul claro, vestida, digamos assim, formalmente. Assim que ela entra no carro, o pai chega e começa a seguir nosso caminho para casa, indo pelo mesmo local onde ela estava vindo. Vou dizer que praticamente ficamos cara a cara, mas acho que ela não me viu - ou eu não olhei.
Fiquei pensando bastante nisso e fiquei muito arrependido, pois havia mandado uma mensagem em outra língua havia poucas horas, porque ela estava sumida. Aquilo me corroeu tanto que procurei rapidamente me centrar em qualquer outra coisa.
Não sei se vou continuar me alimentando (iludido seria a melhor palavra) com esse amor que nem sei explicar. Meu pensamento não para, eu sempre fica naquela de achar que ela é cúmplice de seu namorado.
Espero que esse dia chegue logo pra eu levar de vez um tapa na cara.
Fugindo um pouco desses assuntos que me deixam com dor de cabeça, na mesma sexta e no sábado teve festa de aniversário. Na sexta: festa de um amigo da Escola Magno junto de uma menina pela qual já a conhecia de vista e, no sábado: a festa da Taynara.
Na festa de sexta, não estava com saco de ir, mas fui. Na verdade, eu só precisava de um empurrãozinho e a Bárbara ajudou. Chegando lá, me senti, mesmo com muita gente ao redor, rodado. Aproveitei que estava próximo à mesa dos doces e salgados e ataquei todos - rs.
Passei, acredito que menos de uma hora por lá. A conversa com meus amigos estava boa, mas tinha que sair... Estava ansioso pra pegar o me "Beetsbook" (sim, esse é o apelido que dei ao meu notebook), mas ainda não estava pronto, o que me deixou mais apreensivo.
No dia seguinte, sábado, o Dalton já estava na cidade. Sem estar muito animado nesse dia também, resolvi arrastá-lo para a festa da Taynara. E assim fomos...
Antes, havíamos passado na casa da Nayenne, pois ela tinha me dito horas antes pelo telefone que não iria à festa, pois estava com alguns trabalhos pendentes e teria uma prova no dia seguinte, por isso tinha que estudar. Enfim, conversamos pouco, mas o suficiente.
De lá, seguimos caminho para a festa. Na porta do "prédio" estava tudo ótimo, podia até ver a animação do povo, mas ao receber um abraço (não direi de quem foi pra não dá confusão), tudo desmoronou. Sei que é besteira, mas eu me desanimei total e fui pra cadeira mais distante dos outros. Não queria que ninguém me perguntasse o motivo da minha desanimação e tampouco queria ser o motivo para desanimá-los. Então, conversando com o Dalton, disse que não iria mais ficar, mas também não o forcei a sair comigo. E então fui embora, o meu dia tinha acabado ali.
Esses dias estão sendo tão "deprê", não sei o que faço pra poder mudar isso. Me ajuda?
No domingo, à noite, em casa, mas precisamente sentando na minha cama com meu BeetsBook (sempre quis dizer isso - rs), peguei vários cds antigos com fotos diversas e comecei a dar uma conferida. Olhando de um por um, para a minha surpresa, me deparei com um cheio de fotos da ML. Lembram dela, né? Eu falava sobre ela no blog anterior. Pois bem, estava escutando umas músicas pelo fone de ouvido e, enquanto ouvia, me torturava vendo essas fotos. Vários ritmos de músicas estavam passando antes de eu começar a olhá-las, mas na bendita hora em que eu via, rolava uma música romântica. Aquela música fez meu coração se contrair e fez com que eu chorasse. O clima também favoreceu, pois o frio da noite e uma chuva fraca me fizeram voltar no tempo de quando íamos nos encontrar na madrugada de abril.
Não sou de salvar fotos de ninguém em algum cd. Mas lá ela estava. Fiquei muito triste. A tristeza se misturou com o medo, com a carência e principalmente com a saudade. Confesso, como já até disse, que ainda gosto dela. Apesar de seus defeitos e, sobretudo pelo fato de ela ter me feito sofrer muito, acho que ainda gosto dela. É inexplicável, ela tem algo que me chama, como se fossemos um imã.
Só assim vejo o quanto o tempo passa rápido. Não tenho vergonha de dizer, mas em abril fará um ano que estou sozinho, carente, mas sem desespero. É, ela foi a minha última. A meu ver, quando chegamos à idade em que estou, não queremos mais ficar - ou ficar por ficar. Pra mim já se foi o pensamento de querer pegar todas, agora eu só quero algo sério, algo que possa me tornar feliz, uma companhia agradável, enfim, alguém especial pra minha vida.
Depois o Homero apareceu em casa e ficamos conversando. Deu até pra eu esquecer ela mais um pouquinho, mas depois que ele foi embora, voltei para o mesmo lugar, coloquei algumas músicas que considero essenciais para essas lembranças e chorei, e num foi pouco não. Observando com mais atenção nas fotos: o gesto dela, suas mãos sobre alguma pessoa, sua cabeça baixa, lembrava ainda do que tinha passados e, fechando os olhos, imaginava que um dia ela foi minha, por pouco tempo, mas foi.
É uma grande briga entre o meu coração e o psicológico. O meu coração ainda bate quando a vê, mas a minha cabeça é orgulhosa, ou seja, não quer mais se submeter a voltar à paixão - e a sofrer. Espero me dar melhor nos próximos dias.
Leitores, eu quero ser feliz! ='(
Nenhum comentário:
Postar um comentário