Acho que vocês irão estranhar o horário deste post, mas é o seguinte, acabei de chegar no aeroporto de Brasília e nessa longa espera, resolvi ligar o notebook e continuar. Agora há pouco fiquei com o coração partido das despedidas, mas isso vocês só saberão no final desta longa história.
* * *
Enquanto estava me preparando para embarcar e, enfim, chegar em Gyn, fiquei conversando com o Augusto e Breno (que conheci há pouco tempo no Twitter) em um grupo que fiz para facilitar a nossa comunicação, já que ambos são da mesma cidade. Não lembro como encontrei o Breno no Twitter, muito menos qual foi o nosso assunto em comum, o fato é que antes mesmo de conhecê-lo, tinha comentado com Augusto que precisava de mais um amigo de Gyn. Deu certinho: conheci, apresentei pro Augusto e fim, já estávamos todos entrosados.
Lá se vai eu mudando de assunto, quando na verdade queria mesmo dizer que eles brincaram comigo, dizendo que de Gyn para Bsb era somente subir e descer. Duvidei, claro. Achei que o voo seria de pelo menos 40 minutos, mas não é que só foi subir e descer mesmo - rs. Foi tudo em menos de 25 minutos e já estava em solo goiano.
Eu já estava farto de tanta coisa perto de mim, de tanto frio, de tantas pessoas...
Quando desci em Gyn que vi aquele monte de gente em um lugar só, lembrei que tinha uma mala para pegar. Eu estava com o bilhete em mãos, com um comprovante de algo da mala e até então não lembrava, juro. Ainda bem que fiquei muito atento as pessoas.
Esse foi o momento mais tenso. Eu ali, com aquele monte de gente, com pessoas falando alto, se esbarrando, com carrinhos de bebê circulando e, claro, vários tipos de mala, fui à esteira que correspondia a vinda da minha. O primeiro carrinho que despacha as malas, rápido esvaziou. E minha mala, cadê? Alguns segundos depois, apareceu um segundo carrinho carregado de malas, onde, sem dó nem piedade, os funcionários jogavam nas esteiras. Mais uma vez, cadê minha mala? Como na minha vida sempre dou três chances antes de me desesperar, esperei vir o terceiro. E lá estava, mais uma vez, em câmera super lenta, a minha mala vindo, "emborcada", com meu nome e uma fitinha que o Ítalo me deu com uma frase, dizendo que caso eu sentisse medo, segurasse a mão de Mr. Job, amarrada no zíper, para marcar minha mala, não me confundindo na hora que ela aparecesse.
Mochila e mala em mãos, procurei para onde ir, ou melhor, sair dali. Eu não estava conseguindo ver nada, muitas pessoas bloqueavam a minha passagem e visão. A minha mala andava devagar e para não tomar muito espaço das pessoas que estavam atrás de mim, guiava ela pelo meu lado direito.
Foi quando, andando devagar e meio "atarentado", ouvi uma voz conhecida: "E aí, jovem!". Era o Augusto, sorrindo, feliz, me deixando muito mais feliz ainda - inclusive, digitando isso aqui, vivi o momento e sorri. Como foi bom encontrar com ele.
Naquela hora, estávamos bem íntimos, conversando como se estivesse ali, nos áudios do virtual e nas mensagens trocadas. Uma coisa que não vou esquecer é que, enquanto andávamos em direção ao carro dele, ele simplesmente mandou eu tomar no c*. Que massa!!! - rs.
Eu estava conversando com ele, rindo, sentindo aquele frio e reclamando ao mesmo tempo, enquanto ele nem aí para o clima. Eu conversava muito, prestava atenção no sotaque dele, mas não conseguia olhar fixamente na cara dele, e ele acabou percebendo isso. Falei que não sabia por que, mas estava com vergonha.
Entramos no carro e ainda ali a ficha não caía que eu estava, sim, em Gyn. Que todos os meus medos foram quebrados e, mais, que o virtual se tornou real. Era como se eu tivesse sido transportado pela tela do computador em outro mundo - o que não deixou de ser.
No percurso, me mostrou as ruas e fizemos comparações desnecessárias com Teresina. O impacto foi muito grande e, morrendo de fome, fomos almoçar em um lugar no qual não me recordo o nome.
O cheiro da comida era um pouco diferente, e foi aí que ele me explicou que as comidas são feitas com alho. Tinha um self service o lugar e a variedade que tinha ali me lembrava muito a comida nordestina. Senti falta demais de uma farofa, mas acabei nem comentando com ele.
Ainda tímido, enquanto ele comia, fiquei observando ele, vendo que estava ali, na minha frente, o Augusto. Foi algo tão fantástico que acho que as pessoas deveriam cultivar mesmo as amizades virtuais boas.
* * *
Droga! Não consigo mais me concentrar. Algumas pessoas estão próximas de mim, conversando besta. Que raiva!!! Procurei um lugar onde eu pudesse ficar tranquilo, longe de todos e com silêncio, mas... Vou ver se dou continuidade ao próximo post daqui a pouquinho.
CONTINUA...
CONTINUA...
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