Há alguns dias, emprestei para a mãe de uma amigo meu, uma camisa minha, manga comprida, pelo qual ainda nem tinha usado. Foi, por sinal, caríssima. Ela queria pra poder mandar para costureira tirar somente a medida pra pode confeccionar outra pro meu amigo. E eu, mesmo alertando com o cuidado, pois conheço a costureira e sei que ela é "rodada" e, às vezes, não sabe o que faz, e com o coração na mão, emprestei.
Estava ciente que não aconteceria nenhum problema - só estava. Fui há pouco na casa da mãe do meu amigo e ela me disse que aconteceu um tragédia. Pensei que pudesse ter sido com o filho dela, meu amigo, mas não foi. Ela complementou a frase falando da minha camisa.
Arregalei os olhos, deixei subir a raiva, mas não deixei ela vencer. Quando ela falou que tinham cortado a manga da minha camisa, só virei as costas e fui para o quintal. Ela percebeu o que já era de se esperar e foi atrás de mim. Foi no quarto dela e pegou a camisa, que mostrando, foi como se eu tivesse sendo torturado. A raiva aumentou mais, peguei na camisa, olhei a mau costura e chorei. A raiva foi tanta que eu não pude segurar meu olhos.
Ela disse pra eu ver se tinha da mesma camisa na loja em que eu comprei, perguntou o preço e ficou impressionada. Disse que era pra eu ir escolher e deixar na "pendencia", pois pagaria uma nova. Mas não é a mesma coisa! - fiquei com vontade de dizer isso.
Fiquei com vontade de rasgar a camisa, de jogar no lixo. Não se pode mais fazer nada.
O que pode parecer besteira para você, leitor, isso, experimente emprestar e depois ver que o que você emprestou não veio do mesmo jeito. NUNCA gostei de emprestar as minhas coisas e agora, não quero nem saber, ao me pedirem, não vou fazer doce, vou dizer logo um NÃO curto e grosso.
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