Na noite de sábado, L. me mandou mensagem me fazendo um convite. Disse que teria que ir em Teresina no domingo, pois na madrugada de segunda iria fazer algo e não queria voltar sozinho no carro. Por algumas razões, fiquei tentando rejeitar o convite. Cheguei até a pedir opinião pro Pedro sobre... Conversando com Pedro, me questionando se eu realmente queria ir, afirmei: “Ah, Pedro mas não vou fazer nada no domingo mesmo.” E sem dizer sim, aceitei o convite. 🙂
No domingo, um pouquinho mais de 15h, L. foi me pegar em casa. Eu já tinha colocado algumas mudas de roupas na mochila; carteira, celular e carregador em outra, pus o cinto e seguimos viagem. 🚗
Na estrada, enfrentamos sol, tempo nublado, chuva fraca e chuva muuuuito forte. E eu, embora indo na velocidade normal, sempre com calma falando: “L., não estamos com pressa, vai com calma, a gente vai chegar lá...” Além de, claro, fechar meus olhos por alguns segundos e conversar com Deus. Ultimamente faço muito isso quando saio de casa, do trabalho ou quando sinto que preciso. Ao chegar ao meu destino, agradeço, claro. Não é só sobre pedir, tenho que agradecer também.
Não lembro exatamente que horas chegamos em Teresina, só sei que foi no final da tarde. Fizemos o check-in no hotel, deitamos, dormimos e acordamos às 19h30 pra ir ao Shopping comprar algumas coisas que ele queria e também procurar algo pra comer. Resolvemos não comer no Shopping, fomos a uma pizzaria e voltamos pro hotel com chuva forte quando já se passavam das 22h.
L. dormiu primeiro e eu dormi um pouco depois de 00h30, pois estava em chamada de vídeo com Becky e Maurício (do grupo de American Horror Story). Se não fosse acordar às 4h, certeza que não teria dormido antes de 1h. 🥱
Às 4h em ponto o despertador tocou. Por mais que tenhamos colocado o despertador para essa hora, estávamos atrasados. Enquanto ele banhava, arrumava minha mochila o mais rápido que podia. Sem tanta demora, fizemos o check-out e seguimos com a ajuda do GPS até nosso destino pra de lá voltar a CN. Até aí, tudo ocorreu bem.
Um pouquinho para dar 5h, seguimos estrada pra voltar a CN. Ainda estava escuro e a partir de 5h30 que começou a clarear. A estrada estava tranquila, sem muitos carros grandes e sem muitas ultrapassagens. Saímos, enfim, da BR-316 e fomos para a MA-034. Vimos que a pista estava molhada e que às vezes serenava. Alguns trechos tinham buracos e por conta das poças de água poderiam até ser confundidos. A nossa velocidade estava normal, eu já tinha até conversado com Deus novamente.
Em um trecho, seguindo normalmente, até quando L. viu dois buracos quase em cima deles. Como qualquer motorista, tentou desviar levando a direção rapidamente a sua esquerda. Sem ver, atrás da gente havia um carro começando a fazer ultrapassagem. Não deu outra! A frente do carro de trás bateu na traseira do carro do L. fazendo com que ambos fizessem um “U” ao mesmo tempo. O carro da pessoa de trás foi parar do lado direito da estrada e o nosso do lado esquerdo. Na hora do desespero, olhei pro L. e não sei se foi meu pensamento falando alto ou mesmo a minha voz, gritei por Deus. O L. estava com o pé seguro no freio e, com aquele barulho de frenagem, certeza, se não fosse isso, teríamos capotado. Foi como em um filme de ação. Parece exagero, mas vi a morte ali.
Após o susto, carros parados em lados opostos da MA, o motorista do carro de trás desceu do carro com o olho arregalado e, aparentando tranquilidade, checou a sua frente. Ao mesmo tempo, descemos do carro e fomos ver o pneu traseiro esquerdo. Es-tra-ga-do! O pneu não serve mais pra p**** nenhuma. Calmo por fora, mas com o coração faltando sair pela boca, pedi pro L. conversar com o motorista do outro carro. E foi. De longe, vi ambos se cumprimentando. O motorista parecia nervoso, estava apressado e com os olhos arregalados. A única reação dele, que eu vi, foi pedir o contato do L. pra depois ajudar ele pelo estrago. Agora a pergunta: quem tem culpa? Não importa. 🤔
Ainda ali, L. perguntou para ele como faria pra trocar o pneu do carro, pois nem ele, nem eu (que não sei nem pra onde vai) sabia fazer. O motorista ensinou na prática, chegou até a colocar o macaco e depois, alegando que estava apressado para um atendimento, vazou. Achei estranho isso, hein. L. e eu trocamos o pneu com muita dificuldade. Na verdade, mais ele do que eu. E seguimos pra casa depois desse susto. Silenciosamente, agradeci a Deus pelo livramento e rimos de tudo que aconteceu. “Foi só um susto!” não parava de ser falado e foi a frase que mais deixou meu coração calmo.
Ao chegar em casa, aliviado, deitei, fechei os olhos, respirei fundo e segurei o choro. 🥹
Minutos depois, por mensagem, falei pro Pedralton tudo que aconteceu e Pedro disse que tudo tem um porquê. Isso me deixou pensativo... Deus talvez me mostrou e provou que tenho chance pra me manter vivo e fazer algo pra mim e por mim.
Que assim seja! 🙏🏻
Lucas Vaz
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